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Cidade Antiga

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Por:   •  13/9/2013  •  1.346 Palavras (6 Páginas)  •  752 Visualizações

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A FAMÍLIA

A família era um grupo de pessoas que a religião permitia invocar os mesmos manes e oferecer o banquete fúnebre aos mesmos antepassados.Toda manhã, a família se unia para praticar os cultos ao fogo sagrado, pois tinha o dever de cultuá-lo e protegê-lo, o fogo era de estrema importância, tanto que a família Grega era chamada de epístion que significava aquilo que está junto ao fogo.

O princípio da família antiga não esta apenas na geração, pois dentro de uma família a irmã não tem os mesmos direitos dos irmãos ou do filho emancipado e a filha casada deixava de fazer parte da família do pai. As leis gregas e romanas não levavam em conta os sentimentos.

“Sem dúvida, não foi a religião que criou a família, mas foi seguramente esta que fixou suas regras e como resultado o ter a família antiga recebido uma constituição muito diferente do que teria tido se tivesse sido baseada nos sentimentos naturais apenas”. (p. 46)

II – CASAMENTO

O casamento foi a primeira instituição doméstica. Quando a filha é criança ela adora os deuses do pai a partir do momento que ela se casa, a mesma deixa de lado os deuses da infância, e passa a adorar os deuses do marido, pois uma pessoa não pode adorar dois lares.

A cerimônia de casamento era realizada em três partes: primeiro

na casa do pai, enghyesis o pai na presença do pretendente e da família dava a declaração desligando a filha do lar paterno. A segunda parte era a passagem de um lar para o outro pompé. A jovem era levada até a casa do marido pelo mesmo ou por sacerdotes chamados arautos ela seguia de carro com o rosto coberto por um véu e com uma coroa na cabeça depois disso havia toda uma preparação. Na terceira parte era no lar do marido télos, a esposa era apresentada ao fogo sagrado da casa do marido, era aspergida com água lustral e tocava o fogo sagrado, depois os esposos comiam um pedaço de pão e algumas frutas daí então se concretizava o casamento.

A religião doméstica não admitia a poligamia, e o divórcio era quase impossível de acontecer, pois a união também era quase indissolúvel, mas caso a dissolução ocorresse esta era através de uma cerimônia religiosa onde a mulher renunciava os deuses do marido na presença de um sacerdote e de testemunhas.

III – DA CONTINUIDADE DA FAMILIA. CELIBATO PROIBIDO. DIVÓRCIO EM CASO DE ESTERILIDADE. DESIGUALDADE ENTRE O FILHO E A FILHA.

A preocupação dos povos antigos era que a família nunca se extinguisse, sempre teria que nascer um homem pra fazer os banquetes fúnebres aos mortos, evitando assim o fim da família. “O grande interesse da vida humana está em continuar a descendência para com esta se continuar o culto”. (p.54)

O celibato era proibido, pois os jovens colocavam em risco a felicidade dos manes, pois se não tivessem filhos ele não receberia nenhum culto depois da morte, então seria para ele e para os antepassados uma espécie de maldição, com isso os jovens eram obrigados a se casarem, pois existia uma lei. O celibato era tão sério que quando deixou de ser proibido por lei ele passou a ser proibido através dos costumes.

O filho bastardo não podia fazer parte do culto e nem receber herança, apenas os filhos legítimos, pois o casamento não tinha por fim o prazer, a afinidade de dois seres e sim a perpetuação da família com seres do mesmo culto doméstico, fazendo nascer um terceiro apto a continuar a família.

Tendo esta finalidade o casamento poderia acabar em caso de esterilidade, tornando o divórcio um direito até mesmo uma obrigação. No caso da esterilidade do marido, um irmão ou um parente do marido deveria substituí-lo, e a mulher era obrigada a se deitar com ele e a criança nascida deste ato era considerada do marido e continuaria o culto se fosse homem. Quando a mulher era viúva e não tivesse filho do marido ela se casava com um parente mais próximo do marido, e a criança era considerada do defunto.

A filha não poderia continuar o culto, pois quando se casasse ela renunciaria os deuses da família e passaria a adorar os deuses do marido, por isso só os varões poderiam continuar com os cultos.

No nono, décimo ou duodécimo dia após o nascimento, a criança era apresentada aos deuses domésticos na presença de testemunhas, e só a partir deste momento a criança era aceita na família e começaria a participar dos ritos, cultos, etc.

IV – DA ADOÇÃO E DA EMANCIPAÇÃO.

Como a extinção da família era tão temida pelos antigos, aqueles que por algum motivo não tiveram filhos homens para perpetuar a família e se encarregar dos ritos fúnebres poderia adotar um filho. Em Atenas no tempo de Cícero só era permitida a adoção em caso do casal não terem filhos naturais.

A adoção se realizava por meio de cerimônia sagrada,

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