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Condições Que Possibilitaram A Acumulação De Capital No século XVI E XVII

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Por:   •  18/10/2014  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  324 Visualizações

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Condições que possibilitaram a acumulação de capital no século XVI e XVII

Destacar: desenvolvimento do comércio e das cidades, formação dos estados nacionais; mercantilismo; monopólios e colonialismo/pilhagem colonial.

Ao surgir os comerciantes burgueses, esses eram muitas vezes cavaleiros que voltavam de suas cruzadas e ao conhecer outras culturas, não voltavam a morar nas terras de seus senhores feudais indo para as terras comunais. Se formaram a burguesia como classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio de cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta de uma moeda padrão dificultava o cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias.

Para que o rei tivesse maiores poderes, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. O rei deveria ter autoridade para criar leis, formar exércitos e declarar impostos. As monarquias foram se estabelecendo com a ajuda tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.

Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as milícias urbanas e as primeiras infantarias.

A primeira etapa é marcada pela conquista e pela pilhagem da América no séc. XVI, a segunda pela ascensão e afirmação das burguesias séc. XVII.

Vão se intensificar a pilhagem e a exploração das colônias, a produção de ouro na América espanhola e no Brasil, a produção de açúcar também é uma fonte considerável de enriquecimento a partir do trabalho de escravos negros.

Acentua-se o protecionismo através do aumento das exportações e controle das importações e monopólio das mercadorias produzidas, pois acreditavam que a riqueza de uma nação estava em sua quantidade de metais preciosos.

Carlos I distribuem privilégios e monopólios, regulamentam e organizam o controle das fabricações, proíbem as exportações de lã, elevam taxas as taxas sobre importações de tecidos holandeses e franceses. O Estado administrava a economia, multiplicava os monopólios, contrariava as inovações agrícolas.

As mercadorias europeias só poderiam ser transportadas em navios ingleses ou em navios de seu pais de origem, os produtos da África, da Ásia e da América só podem ser importados em navios ingleses ou da suas colônias.

A produção da cana, para o açúcar, rum e melaço, o comércio dos escravos negros, a pilhagem e a extração dos metais preciosos da América constituem, ao longo de todo século, considerável fontes de riqueza para a Espanha.

As cruzadas possibilitaram a constituição de grandes tesouros.

A reforma da igreja ajuda a ampliar a autonomia do estado em relação ao papado. A moral da idade média que pregava o preço justo e proibia o empréstimo a juros fica abalada.

O inicio do séc. XVI é mercado pela utilização dos primeiros canhões de fogo, melhoramento da construção das caravelas e das técnicas de navegação, permite a abertura de novas rotas marítimas.

As navegações e as “grandes descobertas”, possibilita uma imensa caça às riquezas, comércio e pilhagem.

O comercio exterior inglês aumenta consideravelmente entre 1620 e 1640. Desenvolve-se a produção, algumas hulheiras produzem de dez a vinte mil toneladas por ano. Altos fornos e fundições com grandes martelos d’agua, fábricas de alúmem e de papel empregavam várias centenas de operários, mercadores e fabricantes de têxteis.

Já em 1621, Thomas Mun salienta a importância do comércio exterior: não se trata tanto de acumular metais preciosos, porém de fazê-los circular para extrair saldo positivo.

No século XVII se inicia o desenvolvimento da manufatura e início de um novo modo de produção.

Sob o impulso de uma ativa burguesia mercantil e bancária, aberta a novas ideias e acolhedora aos homens de iniciativa, o capitalismo mercantil e manufatureiro, vai conhecer um grande desenvolvimento na Holanda.

2) Os pilares que impulsionaram o capitalismo holandês. (p.34)

O desenvolvimento na Holanda se desenvolve em três grandes pilares.

Primeiro pilar: a Companhia (holandesa) das índias Orientais.

A Companhia usufruía o monopólio do comércio com as índias. Praticava nas colônias o mare clausum, pretendia interditar as índias aos ingleses, portugueses e franceses.

Exercia direitos realengos, guerra, paz, tratados com os pagãos (mulçumanos), nomeação de Governadores e de conselhos exercendo a justiça civil e criminal nos entre postos da Companhia.

Segundo pilar: o banco de Amsterdã; como os cambistas haviam sido acusados de serem responsáveis pela desordem monetária, a cidade de Amsterdã suprime-os, cria o banco e lhe concedo o monopólio do câmbio. Recebe todos os depósitos em moedas, a segurança faz com que tenha influência até no exterior. Também tem a função de banco de pagamento. Enfim, o banco de Amsterdã se torna progressivamente um banco de crédito. Começa por adiantamentos à cidade em caso de guerra.

Terceiro pilar: a frota. Construíram os fluitschip, embarcações leves, mas capazes de transportar cargas pesadas e volumosas. Os holandeses empregavam estrangeiros a um salário inferior, pois, nessa época os marinheiros haviam se tornado a escória dos trabalhadores.

3) A Revolução Gloriosa (formação da monarquia parlamentarista) e a acumulação de capital inglês.

A revolução gloriosa foi um movimento pacífico inglês de conteúdo religioso que resultou no triunfo do Parlamento e na consolidação do protestantismo, ou seja, ela estabeleceu na Inglaterra a Declaração dos Direitos que permitiu a supremacia do parlamento sobre a monarquia, surgindo, portanto, o parlamentarismo. Isso significou o fim do absolutismo que permitiu à burguesia uma maior participação nas decisões do governo e na vida política do país. Dessa maneira, a economia do país passou a se organizar de maneira a atender aos anseios da burguesia.

O novo rei aceitou a Declaração de Direitos (Bill of Rights) e em 1689 assumiu a Coroa, marcando o fim do choque entre rei e Parlamento. Essa declaração eliminava a censura política e reafirmava o direito exclusivo do Parlamento em estabelecer impostos, e o direito de livre apresentação

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