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A Racionalidade Da fé Moderna, Um Giro Pelos séculos XVI, XVII, XVIII E XiX

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Por:   •  1/3/2015  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  372 Visualizações

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A racionalidade da fé moderna, um giro pelos séculos XVI, XVII, XVIII e XiX

Augusto Aluizio Dos Reis Santos

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo discutir algumas ideias de como se deu as mudanças no modo da população ver e de viver a religião logo após o desencantamento do mundo. Como ficou configurada a renovação da concepção de religião no ocidente. Procuraremos mostrar como a igreja católica busca uma nova forma de implantação de métodos para, como ela fazia na idade media, “voltar a dominar o cenário mundial”.

Palavras-chaves: modernidade - racionalidade – fé

O rompimento da razão com a fé surge na modernidade e, marca a caminhada da humanidade rumo ao desencantamento do mundo. Esta ruptura promoveu grandes acontecimentos revolucionários para o mundo moderno, podemos citar aqui o renascimento, situado entre os fins do século XII e meados do século XVII, que como diz Jacob Burckhardt, no livro A cultura do Renascimento na Itália (1867), foi uma época de “descoberta do mundo e do homem ”, o século XV foi marcado por um movimento de reformas cristãs iniciado por Martinho Lutero na Alemanha depois estendeu-se por outros países como a Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e alguns países do leste Europeu, chamado de reforma protestante, o qual como o próprio nome sugere foi uma reforma feita na igreja por seus inquisidores, O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo. Em meados dos séculos XV e XVII ocorreu o que os historiadores costumam chamar de Grandes Navegações, período este onde os europeus exploraram intensamente os mares em busca de novas rotas de comercio que, com a ascensão do capitalismo, países como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, por estarem em crise econômica precisavam voltar ao cenário das grandes potencias da Europa e viam nas navegações uma grande abertura para ganhar novos consumidores e novas meterias primas e mão de obra barata, este período ficou conhecido como a “era dos descobrimentos” entre estas grandes descobertas está a descoberta da américa e consequentemente a chegada dos portugueses e espanhóis ao que ficou conhecido posteriormente como Brasil. Com os descobrimentos e o aumento das longas viagens para todo o planeta a economia mundial foi estimulada e começou a se ter no cenário mundial uma tímida globalização de mercadorias. Começou a haver um aumento dos investimentos, pois os produtos preciosos vendiam-se a preços altos no Oriente, o que dava grandes lucros aos europeus. Por vezes havia grandes riscos. Na Idade Média a economia não se pode desenvolver muito, pois a Igreja Católica proibia os empréstimos a juros, proibição apenas levantada no século XV. O Renascimento deixou seu rastro e nos fins do século XVI surge o iluminismo que foi um movimento intelectual que defendia o uso da razão em detrimento da superstição, ao contrario do pregava a igreja católica. Tinha como lema, também, a substituição da tirania e injustiça por tolerância e igualdade por parte da burguesia e dos senhores feudais já que o rei não possuía autoridade naquele período. A modernidade influiu, como já mostramos, na economia, quando desde o fim da idade media nos mostrou que se anunciara no novo mundo o capitalismo que viera a firma-se nos séculos XVII e XVIII com a revolução industrial. A revolução francesa foi uma revolução visivelmente burguesa, revelou que o mundo vivera e ansiava por politicas democráticas que se traduziram com a tríade: liberdade, igualdade e fraternidade. Mas que na pratica não pôde ser colocada em pratica, pois, se fosse seria uma contradição da burguesia.

Todas estas transformações pelas quais o mundo moderno passou causou uma crise ao cristianismo exigiu-se que fosse repensado e que seria necessário se fazer uma releitura do papel da igreja na modernidade. Mas, a igreja católica ao ver que estava perdendo sua autoridade sob o mundo começou a resistir à modernidade e cercou-se de duplos cuidados como: a contrarreforma e a antimordenização, que como os próprios nomes sugerem a contrarreforma foi um movimento que era contra os reformistas e o mecanismo mais utilizado contra os reformistas foi o concilio de Trento que julgava e condenava os opositores da igreja católica, e a antimordinazação foi um movimento que lutava contra descoberta do mundo e do homem e também contra a sua subjetividade, pois, com os movimentos iluministas e humanistas colocou-se o homem como sendo o centro do universo e nesse novo mundo o que importa é o que penso e como penso não me interessa mais saber como a igreja pensa ou o que diz a bíblia e, a igreja era sabedora que quanto mais fosse sua subjetividade que importasse no homem este iria causar uma crise na igreja como acabou ocorrendo nos séculos decorrentes da modernidade o que provocou a morte de Deus, segundo Nietsche: “Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste ato não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu ato mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje! ” .

Entendemos por modernidade essa nova forma de se pensar o mundo, de forma racional, e essa racionalidade têm suas bases filosóficas e politicas com os pensamentos empiristas, racionalistas e iluministas dos séculos XVII e XVIII. E claro quem detém o monopólio desse novo modo de pensar são as elites, que acabam por caracterizar aquele momento em que a igreja dominava o cenário politico e cultural, de forma pejorativa, como idade media, segundo essa própria elite um momento de atraso cultural. Mas, há o rompimento com este atraso de forma definitiva quando esta nova civilização alcança seu ápice e no inicio do século com o iluminismo e a revolução francesa que trouxe a modernização, um despertar para o mundo e desencantamento com o mundo religioso. Este movimento trouxe de forma definitiva e clara uma dinâmica de subjetividade e racionalidade onde o mundo passou a perceber sua autonomia sobre a natureza e a sociedade foi o momento em que este sujeito descobre a sua liberdade e abraça o seu desencantamento do mundo

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