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Consequencias da 2º guerra para a alemanha

Por:   •  4/12/2015  •  Dissertação  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  130 Visualizações

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OS EFEITOS DAS GUERRAS MUNDIAIS PARA A ALEMANHA E SEU PROCESSO DE REUNIFICAÇÃO

Após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha sofreu os efeitos do Tratado de Versalhes, acordo proposto somente pelas nações vencedoras e que foi imposto aos países derrotados para estabelecer novas condições políticas, econômicas e indiretamente sociais.

Como efeitos imediatos do Tratado de Versalhes a Alemanha perdeu o território da Alsácia-Lorena para a França e outras regiões para a Bélgica, a Tchecoslováquia e a Polônia. Além disso, foi criada uma estreita faixa de terra ligando a Polônia ao mar Báltico. Denominada “corredor polonês”, essa faixa atravessava o norte da Alemanha, cortando o país em duas partes.

O tratado tinha também uma cláusula econômico-financeira que obrigava a Alemanha a pagar pesada indenização em dinheiro, a título de “reparações de guerra” e a entregar parte de sua frota mercante, de suas locomotivas e de suas reservas de ouro às nações vencedoras. Uma cláusula militar proibia que o governo alemão tivesse marinha de guerra, tanques e artilharia pesada, fixando seu exército em 100 mil soldados.

Além das sanções impostas pelo Tratado de Versalhes, a Alemanha internamente estava, logo após ao término da Guerra, envolvido por agitações políticas que levaram à queda do imperador Guilherme II e à proclamação da República, sob a liderança dos social-democratas. Poucos meses depois, uma Assembléia Constituinte reunida na cidade de Weimar deu ao país uma Constituição extremamente democrática.

No plano econômico, as perdas sofridas com o conflito e o pagamento das indenizações de guerra aos vencedores provocaram dificuldades financeiras que colocaram o país à beira do colapso. Para enfrentá-las, o governo alemão passou a emitir papel-moeda de forma descontrolada, o que gerou inflação e o aumento galopante do custo de vida. A desvalorização do marco alemão assumiu proporções assustadoras: em 1919, um marco era comprado por 8,9 dólares; em novembro de 1923, eram necessários 4 bilhões de marcos para comprar um dólar.

O cenário de crise econômica acabou favorecendo a eclosão de duas tentativas de revolução socialista, uma em 1919 e outra em 1923, ambas derrotadas por forças do governo. A de 1919 foi liderada por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, mortos no fim da rebelião.

Entre 1924 e 1929, o país passou por um período de relativa estabilidade: investimentos ingleses e norte-americanos asseguraram o reaquecimento econômico e as ameaças de revoltas populares cessaram. Em 1929, porém, com a Grande Depressão, a economia alemã entrou novamente numa fase crítica: seis milhões de trabalhadores perderam o emprego quase da noite para o dia, houve quebra de empresas e a inflação voltou com força redobrada.

A crise em que o país se encontrava assumiu proporções de catástrofe nacional. As pessoas perderam a confiança nos valores da democracia e passaram a procurar soluções radicais e autoritárias que tirassem o país da crise e resgatassem o orgulho nacional ferido.

A humilhação imposta à Alemanha pelo Tratado de Versalhes e a consequente crise econômica que ela provocou, seria fonte de ódios e ressentimentos entre o povo alemão, despertando sentimentos extremistas, alimentados pelo ultranacionalismo germânico e pelo espírito de revanche e vingança. Sentimentos esses que foram os responsáveis pelo surgimento do nazismo, que chegou ao poder em 1933 e sobre o comando de Adolf Hitler lançaria o mundo em uma guerra mais destrutiva do que a primeira.

Em relação aos efeitos causados por mais uma derrota, agora na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha teve como principal punição, a ocupação e a divisão do seu território entre Inglaterra, França, URSS e os EUA em quatro áreas de administração. Da mesma forma, a capital Berlim, mesmo localizada na zona de ocupação soviética, também seria dividida entre as quatro potências.

Em 1948, o governo soviético ordenou que todas as vias de acesso a Berlim Ocidental (a parte capitalista) fossem bloqueadas, esperando forçar os países capitalistas a sair de Berlim. Para contornar esse impasse, o abastecimento da parte ocidental da cidade passou a ser feito por aviões. O bloqueio tornou-se inútil e foi suspenso quase um ano depois de ter começado.

Como consequência desse bloqueio, enquanto ele esteve em funcionamento, as potências capitalistas unificaram as zonas sob sua ocupação e formaram um novo país: a República Federal da Alemanha (RFA) ou como ficou conhecida Alemanha Ocidental, com governo autônomo na cidade de Bonn. A União Soviética respondeu de forma semelhante e na área sob seu domínio formou a República Democrática Alemã (RDA) ou Alemanha Oriental, com sede em Berlim.

Sob a alegação de que milhares de alemães orientais fugiam para o lado ocidental e para evitar o contrabando entre moedas e mercadorias entre as duas partes da cidade, o governo de Moscou ordenou a construção de um muro para dividir a cidade de Berlim. O muro de Berlim tornou-se rapidamente o principal símbolo da guerra fria e um monumento que deixava claro como a Alemanha foi dividida econômica e politicamente por mais de quarenta anos.

Com a crise da União Soviética no início da década de 1990 e o processo de desintegração do seu império, a população da Alemanha Oriental começou a se manifestar, expressando seu desejo de liberdade e autonomia nacional.

O dirigente alemão oriental na época, Erich Honecker, no poder desde 1971, resistiu e se recusou a atender qualquer reivindicação de mudança, declarando seu desejo de permanecer ligado a URSS. Durante todo o ano de 1989, milhares de alemães orientais fugiam para o lado capitalista e na mesma medida, manifestações pró-democracia derrubam o governo de Honecker. Assim começa o processo de reunificação da Alemanha que tem como símbolo a derrubada do muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 , por uma multidão de alemães orientais e ocidentais. No ano seguinte, os habitantes das duas Alemanhas aprovam a reunificação do país em eleições livres. Após a reunificação política, monetária e geográfica, surgiu novamente a República Federal da Alemanha com capital em Berlim.  

JAPÃO: A DERROTA NA 2º GUERRA MUNDIAL E A RECONSTRUÇÃO NO PÓS GUERRA

Derrotado na Segunda Guerra Mundial, O Japão permaneceu sob ocupação norte-americana de setembro de 1945 a abril de 1952. Nesse período – pouco mais de seis anos -, importantes reformas foram realizadas no país por imposição do general MacArthur, comandante das forças de ocupação. Tais reformas contribuíram para modernizar a economia e criar as bases da democracia representativa no Japão. Entre essas medidas destacam-se:

  • A democratização do país, com a entrada em vigor de uma nova Constituição em 1947, assegurando a liberdade de imprensa e de reunião e o direito de voto às mulheres maiores de 20 anos;
  • A dissolução dos zaibatsu – conglomerados econômicos que reuniam dezenas de empresas e concentravam o poder econômico;
  • A reforma agrária, iniciada em 1946, que limitava o tamanho das propriedades rurais individuais. As terras que ficaram disponíveis foram expropriadas e vendidas aos camponeses para pagamento a longo prazo;
  • A introdução do regime parlamentarista em troca do regime monárquico que vigorava no Japão.

A economia japonesa ao fim da Segunda Grande Guerra estava em ruínas, só para se ter uma idéia, sua produção industrial na época caiu para um sétimo do que fora em 1941. Mas o auxílio financeiro norte-americano por meio do Plano Colombo, que incluiu gastos até o fim da ocupação militar, aliado ao esforço dos próprios japoneses, garantiu a recuperação econômica. O início da Guerra Da Coréia em 1950 a 1953, também ajudou nesse processo, pois foram crescentes as encomendas às indústrias japonesas no período. Conhecida como “milagre japonês”, a recuperação da economia se apoiou principalmente no rápido desenvolvimento de setores industriais, como a construção naval e a produção de equipamentos eletrônicos e fotográficos. Mas setores tradicionais, como a indústria têxtil e a siderurgia, também cresceram.

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