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Crise Da República Romana

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Por:   •  2/11/2013  •  1.647 Palavras (7 Páginas)  •  431 Visualizações

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A crise da República Romana se refere a um longo período, entre 134 a.C. e 27 a.C.,1 2 3 de instabilidade política e social que culminou com a transformação da República Romana no Império Romano.

As datas exatas das ocorrências destas crises não são totalmente claras porque, "Roma oscilava entre a normalidade e a crise" por muitas décadas.4

Da mesma forma, as causas e atributos das crises mudaram ao longo das décadas, incluindo as formas de escravidão, bandidagem, guerras internas e externas, reformas agrárias, a invenção de novas formas de punição literalmente cruéis,5 a expansão da cidadania romana, e até mesmo as mudanças na composição do exército romano.6

Os estudiosos modernos (Nic Fields,7 Harriet I. Flower e Jurgen Von Ungern-Sternberg8 e Barry Strauss9 ), discordam sobre a natureza destas crises. Tradicionalmente, a expansão da cidadania (com todos os direitos, privilégios e deveres), foi encarada de forma negativa por Salústio, Gibbon e outros de suas escolas, pois causou divergências internas, disputas com os aliados de Roma, revoltas de escravos e tumultos.10 No entanto, os estudiosos de hoje apontam que todo o propósito da república deveria ser res publica – o essencial para o povo – e, assim, as pessoas mais pobres não poderiam ser culpadas por exigirem soluções para as suas queixas utilizando as leis legítimas e legais de Roma.10

Índice [esconder]

1 Início da crise

1.1 Argumentos para uma data de início precoce (ca. 134 a 73 a.C.)

1.2 Argumentos para uma data de início tardia (69 a 44 a.C.)

1.3 Argumentos para uma data final (49 a 27 a.C.)

2 Tibério e Caio Graco

3 Caio Mário e Sula

4 Pompeu

5 O triunvirato e a guerra civil de César

5.1 O primeiro triunvirato

5.2 A travessia do Rubicão por Júlio César

5.3 O segundo triunvirato

6 Fim da República

6.1 Guerra entre Otaviano e Antônio

6.2 Otaviano se torna Augusto

7 Legado e conclusão

8 Ver também

9 Referências

10 Bibliografia

11 Ligações externas

Início da crise[editar]

A República Romana em 100 a.C.

Durante séculos, os historiadores têm discutido sobre o início das crises e a data final para estas, legitimando o fim da República Romana. Florence Dupont e Christopher Woodall escreveram: "não são feitas distinções entre períodos diferentes".11 Entretanto, sem dúvida, os romanos perderam a liberdade por meio de saques e pelas consequências de seus atos "moralmente baixos".12

Argumentos para uma data de início precoce (ca. 134 a 73 a.C.)[editar]

Harriet I. Flower e Jurgen Von Ungern-Sternberg argumentam a favor de uma data de início exata partindo de 10 de dezembro de 134 a.C., com a inauguração dos irmãos Gracos como tribunos,8 ou alternativamente quando a primeira proposta de reforma agrária foi emitida pela primeira vez em 133 a.C.13 Apiano de Alexandria escreveu que estas crises foram o "prefácio para as guerras civis romanas".14 Veleio comenta que a reeleição sem precedentes do Gracos como tribunos em 132 a.C., os motins e as controvérsias ajudaram para o início de uma crise:

"Este foi o início do derramamento de sangue civil e do reino livre [sic] pelas espadas na cidade de Roma. A partir de então, a justiça foi derrubada pela força e o mais forte era proeminente."

– Marco Veleio Patérculo, Vell. Pat. 2.3.3-4, traduzido e citado por Harriet I. Flower.15

Em qualquer caso, o assassinato de Tibério Graco, em 133 a.C. marcou "um momento decisivo na história romana e do início da crise da República Romana."16

Barbette S. Spaeth refere-se especificamente como "a crise de Gracos como uma das principais causas da queda da república."17

Nic Fields, em sua história popular sobre Espártaco, defende uma data de início a partir de 135 a.C., com o início da Primeira Guerra Servil na Sicília.7 Fields argumenta:

"A rebelião dos escravos na Sicília sob a liderança de Espártaco poderia ter sido melhor organizada, mas não foi a primeira de seu tipo. Houve outras rebeliões de escravos que afligiam Roma, e podemos supor que Espártaco foi sábio o suficiente para lucrar com os seus erros."

– Nic Fields18

O início da Guerra Social, quando Roma lutou contra seus vizinhos itálicos, pode ser considerada como o começo do fim da república.19 20 Fields também sugere que as coisas ficaram piores com as Guerras Samnitas por cerca de 82 a.C.21

Barry Strauss opina que a crise realmente começou com a Guerra de Espártaco em 73 a.C., acrescentando que os perigos eram desvalorizados, "Roma enfrentou a crise com mediocridades." 9

Argumentos para uma data de início tardia (69 a 44 a.C.)[editar]

Thornton Wilder em seu romance, Os Idos de Março, concentra-se no período de 69 - 44 a.C. durante a crise. Pólio e Ronald Syme datam a crise somente durante a época de Júlio César em 60 a.C.22 A travessia do Rubicão por César em 49 a.C. se tornou um clichê e um "ponto sem retorno para a República Romana", como observado em muitos livros, incluindo o de Tom Holland: Rubicon: The Last Years of the Roman Republic.23

Argumentos para uma data final (49 a 27 a.C.)[editar]

O fim da crise pode ser também reivindicada a partir do assassinato de Júlio César em 15 de março de 44 a.C., depois que Lúcio Cornélio Sula se esforçou "para desmantelar o governo de Roma",24 ou quando Otaviano assumiu o nome de Augusto (que tornou-se depois um título de todos os imperadores romanos) e fundou o Império Romano em 27 a.C.25 O final poderia ser datado "antes", na época das reformas constitucionais de Júlio César em 49 a.C..

Tibério e Caio Graco[editar]

Tibério

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