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Da Monarquia à Republica

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Por:   •  8/10/2013  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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Relatório.

COSTA, Emília Viotti da. A Proclamação da República. In: Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999. 7ª ed

Emília Viotti inicia seu texto criticando a historiografia repetitiva que se tinha a respeito do início da República no Brasil. As versões tradicionais se estruturavam parcamente em torno da questão religiosa, da questão militar e da abolição, de um lado. Na outra extremidade, os historiadores defendem a versão de que a República foi consequência natural dos “vícios do antigo regime”.

Ambas as versões, infere autora, não passam de interpretações superficiais que apenas reproduziram “a opinião dos contemporâneos sobre o Quinze de Novembro”. Duas teses resultaram daí: a versão dos monarquistas a respeito do movimento, e a versão dos republicanos. Os primeiros não se compraziam às razões da necessidade de um movimento, pois para eles a monarquia não possuía nenhum tipo de deficiência. Do seu modo de ver, tudo não passou de um golpe militar em defesa de interesses mesquinhos e nem sempre justificáveis por uma minoria que se revelava contra o povo e muito voltado para si. Na opinião dos monarquisas, a República “fora fruto do descontentamento e da indisciplina dos militares que se aliaram aos fazendeiros ressentidos com a abolição da escravatura”.

Os republicanos, por sua vez, tinham a convicção de que a República foi necessária aos “vícios do regime monárquico”, entre eles os abusos do Poder Pessoal, a vitaliciedade do Senado, fraude eleitoral que fazia com que o governo vencesse sempre as eleições etc. Na sua opinião, ao ser proclamada a República, os militares seriam os intérpretes do povo, sendo o Exército e o partido republicano, o sucesso do movimento.

A critica de Viotti se direciona à importância que os cronistas davam aos personagens políticos, acreditando que seu desempenho deveria ser profundamente estudado e analisado para explicar a queda do regime monárquico. Dessa forma tais estudiosos não passavam dos fatos mais conhecidos e não se preocupavam em fazer uma análise objetivo dos acontecimentos. Apenas a partir de 1930 é que a história da República passou a ser vista de um ângulo diferente, depois que a vida política do país passou por processos de transformações significativas.

A queda da Monarquia passou a ser explicada através da inadequação das instituições vigentes. Ela não foi capaz de resolver o problema da emancipação dos escravos, “cuja solução dependia o desenvolvimento da nação”, além do mais, perdera o seu prestígio.

Os apoiadores da República eram constituídos do setor mais dinâmico e progressita das classes rurais, as classes médias e o Exército. Todos ansiavam por reformas e por saírem de uma forma de governo estacionária e retrógrada.

A Abolição catalisou o fim da monarquia e da estrutura colonial de produção, principalmente. Era impensável para a classe senhorial que se sustentava naquele regime da escravatura, se adaptar às novas exigências de modernização da produção econômica. Essa, até então, era a base que sustentava a Monarquia. Uma nova oligarquia crescia, e ela possuía interesses na modernização da produção que seria beneficiada com uma autonomia que a República possibilitaria e que a Monarquia, com seu sistema unitário e centralizado, não satisfazia. Resumindo, foram as mudanças na estrutura econômica que provocaram a queda dos sistemas tradicionais de governança e economia.

Não a questão da abolição, mas também a questão religiosa, a militar e a questão do Poder Pessoal do imperador foram contrafeitas por Viotti, que pôs a baixo os estudos tradicionais e se muniu de novas versões dos estudos sociais e econômicos do II Reinado.

Ainda no reinado de Pedro II, a sociedade e a economia brasileira se desenvolveu profundamente. Ferrovias substituíram os carros de boi e a barcaça, agilizando o transporte e a produção em certas regiões. Barcos a vapor foram introduzidos na navegação costeira, tomando o lugar dos barcos a vela. Processos mais modernos na fabricação do açúcar foram empreendidos, assim como na do café que ganhou mais produtividade. Como diz Emilia Viotti, o capitaismo industrial deu seus primeiros passos no Brasil delineando significativas transformações na economia e na sociedade, mesmo que as empresas ainda fossem pequenas e modestas.

Os organismos de crédito multiplicaram-se. O sistema escravista entrou

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