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Monarquia Pluricontinental e Repúblicas

Por:   •  7/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  270 Visualizações

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Monarquia pluricontinental e Repúblicas: Algumas reflexões sobre a América Lusa nos séculos xvi-xviii De João fragoso e Maria de Fátima Silva Gouvêa; É um artigo que corresponde a uma reunião de fragmentos de textos escritos pelos dois autores a partir do ano de 2006. Neste artigo os autores trazem um conjunto de idéias, relacionadas a idéias de monarquia pluricontinental e republicas no período da colonização. Onde a problemática da organização política no inicio deste período, mereceu destaque dos autores, em que observaram o grande crescimento populacional e comercial a partir principalmente do ano de 1600 na colônia do Brasil.

Segundo os autores estima-se que a população da América lusa tenha aumentado de 100.000 em 1600 para 1.500.000 habitantes em 1766. Portanto, em menos de dois séculos tal população cresceu cerca de 15 vezes. Para o tráfico de escravos, acredita-se que chegaram a América 29.275 africana e no século seguinte 784.457 cativos, o crescimento foi 25 vezes maior.

Isto ocasionou o que os autores denominaram em seu texto de o aparecimento de “uma Verdadeira Babilônia” referencia a desorganização política cultural e social vivida naquele período, um pouco por causa da grande extensão do território e má distribuição demográfica ao longo da costa brasileira , o que de certa forma acabou por dar certo dentro dos padrões estabelecidos para época, (monarquia, catolicismo, idéia de autogoverno etc.)

O texto faz críticas aos estudos que simplificam esse período como projeto como projeto mercantil combinado a coerção da escravidão.

“Desde a década de 1970, alguns trabalhos vêm questionando o “esquematismo excessivo” na história do Brasil colônia. No caso, a sociedade brasileira se resumiria em senhores e escravos, e colônia seria um simples corolário da expansão mercantil européia. Até fins dos anos de 1980, tal questionamento concentrou-se no estudo das estruturas internas da sociedade colonial brasileira.”

“Buscava-se também ampliar o escopo de análise para além da relação metrópole-colônia, visando incorporar a esta também a África, o que era sem dúvida essencial para se compreender uma sociedade escravista. Na década seguinte, esse esforço encontra uma notável correspondência na historiografia internacional, que atravessava também uma importante renovação, particularmente, no tocante aos estudos sobre Estados modernos e impérios ultramarinos. “Em meio a este debate, a noção de Absolutismo é redefinida e a monarquia passa a ser entendida como a cabeça da república, porém sem se confundir com esta, já que nela existiam outros poderes concorrentes. “Era ela a “cabeça pensante” capaz de articular as jurisdições das várias partes que compunham o conjunto do corpo social, seja no reino, seja no ultramar.”

Monarquia pluricontinental descrito no texto é distinto em relação a de monarquia compósita de Elliot, esta última monarquia tinha como referência principal o caso espanhol que era algo constituído por vários reinos, com estatutos próprios que preexistiam à formação de tal monarquia. No caso da Monarquia pluricontinental da América portuguesa que eram predominantemente poderes locais, se organizaram como capitanias e que tomavam instituições sócio-organizacionais da metrópole como referência para a formalização de sua organização,social.

Outro ponto importante levantado pelos autores é quanto as conquistas ultramarinas Portuguesas. É que pesquisas indicam que havia a época um autogoverno estabelecido aqui nas terras conquistadas, pois raramente se vê nas missivas trocadas pelas conquistas ultramarinas e o príncipe assuntos como comercio,abastecimento, saúde publica,etc.

A idéia de um império ultramarino hierarquizado e rígido passa a ser substituído pela de uma monarquia pluricontinental caracterizada pela presença de um poder central fraco demais para impor-se pela coerção, mas forte o suficiente para negociar seus interesses com os múltiplos poderes existentes no reino e nas conquistas.”

Em outras palavras, é necessário analisar a atuação das câmaras municipais, estas entendidas como responsáveis pela administração cotidiana do abastecimento, do comércio externo e da justiça ordinária.

Vale insistir que esta reorientação de abordagem, na qual a idéia de republica se encontra diretamente relacionada a de autogoverno, constitui-se em estratégia para um melhor entendimento das formas pelas quais o império era regido a partir de diversos níveis de interferências cotidianas das varias sociedades ultramarinas que o integravam.

E após entendida que na base America Lusa existiam republicas, e importante é como tais republicas se conectavam.Alem de estarem sob a tutela de um governo geral até o século xviii, elas compartilhavam uma mesma concepção de mundo.No caso elas se sentiam pertencendo a mesma monarquia e a necessidade

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