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Descoberta Do Ouro Na America

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Por:   •  20/9/2014  •  644 Palavras (3 Páginas)  •  358 Visualizações

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DescobrirA descoberta da AméricaQuero falar da descoberta que o eu faz do outro, O as sunto é imenso. Mal acabamosde formulá-lo em linhas gerais já o vemos subdividir-se em categorias e direçõesmúltiplas, infinitas. Podem-se descobrir os outros em si mes mo, e perceber que nãose é uma substância homogênea, e radicalmente diferente de tudo o que não é simesmo; eu é um outro. Mas cada um dos outros é um eu também, sujei to como eu. Somentemeu ponto de vista, segundo o qual todos estão lá e eu estou só aqui, poderealmente sepa rá-los e distingui-los de mim. Posso conceber os outros como uma abstração, como uma instância da configuração psí quica de todo indivíduo, como oOutro, outro ou outrem em relação a mim. Ou então como um grupo social con creto ao qual nós não pertencemos. Este grupo, por sua vez, pode estar contido numa sociedade:as mulheres para os homens, os ricos para os pobres, os loucos para os "nor mais". Ou pode ser exterior a ela, uma outra sociedade que, dependendo do caso, serápróxima ou longínqua: seres que em tudo se aproximam de nós, no plano cultural, morale histórico, ou desconhecidos, estrangeiros cuja língua e cos 3tumes não compreendo, tão estrangeiros que chego a he sitar em reconhecer que pertencemos a uma mesma espé cie. Escolhi esta problemática do outro exterior, de modoum pouco arbitrário, e porque não podemos falar de tudo ao mesmo tempo, para começar u

ma pesquisa que nunca poderá ser concluída.Mas como falar disso? No tempo de Sócrates, o orador costumava perguntar ao auditório qual o seu modo de ex pressão, ou gênero preferido: o mito, isto é, a narraçào,ou a argumentação lógica? Na época do livro, a decisão não pôde ser tomada pelo público. Aha teve de ser feita para que o livro existisse. Temos de nos contentarem ima ginar, ou desejar, um público que teria dado tal resposta, e não outra, e emescutar aquela sugerida ou imposta pelo próprio assunto. Escolhi contar uma história.Mais próxima do mito do que da argumentação, mas distinta em dois pia flOS: em primeiro lugar, é uma história verdadeira (o que o mito podia mas não devia ser);em segundo lugar, meu in teresse principal é mais o de um moralista do que o de umhistoriador, O presente me importa mais do que o passado. Não tenho outro meiode responder à pergunta de como se comportar em relação a outrem a não ser contando urnahistória exemplar(este é o gênero escolhido), uma história tão verdadeiraquanto possível, mas tentando nunca perder de vista aquilo que os exegetas da Bíbliachamavam de sentido tropológico, ou moral. Neste livro se alternarão, um poucocomo num romance, os resumos, ou visões de conjunto resumidas, as cenas, ou análisesdetalhadas re cheadas de citações, pausas, em que o autor comenta o que acabade acontecer, e, é claro, elipses, ou omissões freqüen tes. Não é esse o ponto de partidade toda história?Entre os vários relatos que temos à disposição, escolhi um: o da descoberta e conquistada América. Por conve niência, estabeleci uma unidade de tempo - os cem anosque seguem a primeira viagem de Colombo, isto é, basica mente, o século XVI. Estabeleci também uma unidade de es paço - a região do Caribe e do México, chamada àsvezes de Meso-América, e, finalmente, uma unidade de ação - a4percepção que os espanhóis têm dos índios será meu úni co assunto, com uma única exceção,Montezu ma e os seus.Duas razões

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