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Descolonização E Independencia Da India

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Por:   •  12/10/2014  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  697 Visualizações

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DESCOLONIZAÇÃO E INDEPEDÊNCIA

Até o fim da Segunda Guerra Mundial, os diversos povos de praticamente toda a África e de grande parte da Ásia e da Oceania ainda viviam sob domínio de grandes potências econômicas.

De modo geral, o período de denominação neocolonial afetou grandemente as relações internas e o desenvolvimento socioeconômico das sociedades das regiões colonizadas. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, no entanto, teve início nessas regiões um processo de descolonização, isto é, as colônias africanas, asiáticas e oceânicas foram alcançando sua independência.

CAUSAS DA INDEPENDÊNCIA

 Movimentos emancipacionistas e nacionalistas;

 Crise econômica europeia;

 Consciência anticolonialista e anti-imperialista – até o séc. XX muitas pessoas tinham orgulho de seus países possuírem impérios coloniais;

 Guerra fria – posição favorável dos ESTADOS UNIDOS e da UNIÃO SOVIÉTICA pelos movimentos emancipacionistas e pela descolonização;

 Criação da ONU – a ONU tornou-se um fórum internacional contra o colonialismo, disseminando as propostas de descolonização;

INDEPENDÊNCIAS NA ÁSIA

O processo de descolonização ocorrido principalmente no pós-guerra teve início da Ásia, continente com amplas áreas sob dominação colonial da Inglaterra e da França. De 1943 a 1979, 27 países asiáticos tornaram-se independentes.

Alguns processos de emancipação nacional na Ásia foram marcantes, como o da Índia em relação à Inglaterra.

INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA (1947)

A independência da Índia e do Paquistão representou o marco decisivo da dissolução do império colonial britânico na Ásia. Embora a luta pela independência tivesse se desenrolado por décadas, a retirada foi uma decisão de Londres, enquadrada numa estratégia de desmontagem gradual do império colonial. Essa estratégia, forçada pela crise econômica do imediato pós-guerra, procurava viabilizar uma transição suave do império para a Comunidade Britânica e conservar a influência internacional de Londres.

Em 1599, foi criada na Inglaterra a Companhia das Índias Orientais, destinada a comerciar produtos com a Índia e o Sudeste Asiático, regiões conhecidas genericamente com índias. Com o tempo os ingleses foram instalando feitorias em diversas cidades do Subcontinente indiano (Indostão). Assim, o território indiano foi pouco a pouco colocado na área de influência dos ingleses e, mais tarde anexado à Inglaterra.

A Índia tornou-se colônia britânica em 1763, após o Tratado de Paris, que encerrou a Guerra dos Sete Anos (Guerra entre a Inglaterra e a França – 1756/1763 -, que disputavam territórios na América do Norte e na Índia) e excluiu a França da colonização do Indostão.

A presença britânica afetou os costumes locais, destruindo a tradicional economia indiana, na qual se destacavam as manufaturas têxteis de algodão. Essa agressão cultural e econômica, somada à opressão política exercida pelos administradores ingleses, só fez alimentar o ódio aos ingleses entre a população indiana.

Em 1857, a insatisfação acumulada explodiu na Revolta dos Cipaios, nome pelo qual eram conhecidos os soldados indianos, promotores do levante. A rebelião se espalhou pela Índia setentrional e só foi contida dois anos depois. Em 1858, o território colonial deixou de ser administrado pela Companhia das Índias Orientais Britânicas (sociedade criada em 1600 com o objetivo de explorar o comércio com a índia e o Sudeste da Ásia) e passou ao controle direto da Coroa. Em 1876, a Índia era oficialmente incorporada ao Império Britânico, e a rainha Vitória foi coroada imperatriz da Índia sem nunca ter posto os pés naquele distante território.

A luta pela independência começou em 1885, com a criação do Congresso Nacional Indiano, que viria a ser o Partido do Congresso.

O Congresso Nacional indiano firmou-se como movimento nacionalista representativo da população hindu, majoritária. Em 1906, era criada a Liga Mulçumana, a organização nacionalista baseada na numerosa minoria mulçumana. A divisão da luta pela independência segundo as linhas de clivagem (separação ou diferenciação dos grupos sociais, por razões ideológicas, religiosas, culturais, econômicas ou étnicas) religiosa prenunciava a participação da colônia em Estados rivais.

Ao longo da Primeira Guerra Mundial os nacionalistas dos dois campos permaneceram fiéis à Coroa, acreditando na concessão futura da independência. Contudo, após o término das hostilidades na Europa, Londres promulgou o Rowlatt Act, que punia severamente as manifestações anticoloniais.

A resistência do povo indiano à dominação inglesa teve início em meados do séc. XIX, com a revolta dos Cipaios, mas só ganharia força após o término da 1ª G.M.. Por Causa do conflito mundial, houve aumento generalizado nos preços dos produtos, e a miséria tomava conta do país. Cerca de 85% dos indianos vivia no campo e era vítima da fome ou de doenças. Os impostos eram elevados; a importação de artigos têxteis ingleses levava ao desemprego os tecelões que viviam no campo, pondo em risco a sobrevivência do artesanato familiar.

Em 1915, o advogado Mohandas Gandhi passou a exercer a função de conscientizar a sociedade hindu e muçulmana na luta pacífica pela independência indiana, baseada no uso da não violência. O uso da não violência baseava-se no uso da desobediência civil.

Gandhi estava pronto para morar nas ruas sujas com os intocáveis se necessário, mas um benfeitor anônimo doou bastante dinheiro que duraria um ano. Passa então a ajudar os necessitados e as crianças carentes.

Em 1917 Gandhi ajudou as pessoas que trabalhavam em tecelagens, diante das explorações injustas dos proprietários sobre esses trabalhadores. Ele foi detido, mas logo perceberam que o Mahatma era o único que poderia controlar as multidões.

Reformas foram ganhas novamente por meio da desobediência civil. Os trabalhadores têxteis de Ahmedabad (5ª maior cidade indiana) também eram economicamente oprimidos. Gandhi sugeriu uma greve, e como os trabalhadores temiam as consequências dela, ele faz um jejum para encorajar que eles continuem a greve. Gandhi explicou que ele não jejuou para coagir o oponente, mas fortalecer ou reformar esses que o amaram. Ele não acreditou que jejuando resultaria em salários mais altos.

A situação agravou-se quando

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