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Dramatização: Consciencia Negra

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Por:   •  28/9/2014  •  2.086 Palavras (9 Páginas)  •  7.356 Visualizações

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DRAMATIZAÇÃO EM HOMENAGEM AO DIA DA CONSCIENCIA NEGRA

Cena1-Os alunos vestidos de acordo com a época ficam dispostos em seus lugares enquanto o narrador fala.

Narrador: A História tem inicio em uma comunidade, que aos olhos de quem a observa parece ser muito feliz, mais não se engane. Essa comunidade tem muita história pra nos contar. Ela não foi à toa mencionada. Nós iremos assistir a partir de agora, um dos maiores relatos do reconhecimento de um povo, que a partir de muitas reações, hoje é reconhecida. Estou falando de Quilombo dos Palmares e a Resistência a Escravidão. E tudo isso começa aqui. É aqui mesmo, neste lugar, onde virou refugio de escravos fugidos de diversos lugares. É onde vamos reviver um pouco dessa história

Cena 2: Alguns negros estão conversando, quando de repente ouvem gritos. Os gritos são de um negro que vem correndo fugindo do capitão do mato e chega quase morrendo.

Negro 1: (que está no mato vigiando, vem correndo para junto de seus companheiros e fala):

- Pessoal, pessoal, venha ver que está chegando alguém!

Negro 2 :

- Será que é um dos nossos irmãos que está fugindo do capitão do mato?

Negro 1:

- É acho que sim, parece que está muito ferido!

Negro 2: ( fala em voz alta para chamar a atenção dos companheiros).

- Gente nós precisa ter muito cuidado, não sabemos quem é, e pode ser algum tipo de emboscada. Vamos ficar atentos!

Negro 3 : (corre para junto do ferido e fala)

- Vamos irmãos, vamos ajudar, ele é nosso irmão negro!

Negro 4: (corre para junto dos companheiros e fala).

-Calma gente! Não sabemos por que ele veio parar aqui!

Negro 5: ( fala para o negro 5).

- Calma nada! Vamos lá, ele tá precisando de ajuda!

Narrador: Apesar de parecer simples, os quilombos eram comunidades rurais de escravos fugidos, localizados em regiões de difícil acesso como forma de garantir a segurança de seus moradores. Os escravos organizavam-se em aldeias e formavam assim verdadeiros reinos de ex-cativos vivendo como numa sociedade tribal, sem escravos.

Cena 3: ( alguns negros estão na roça trabalhando e começam a falar sobre sua plantação)

Negro 6: (levanta a cabeça, tira o chapéu e fala)

- Nossa plantação “tá” ficando maravilhosa, não é irmãos?

Negro 7 ( levanta a cabeça e fala orgulhoso)

- É qualquer coisa fica boa quando não se tem castigo.

Negro 8: (se aproxima dos companheiros e fala).

- É mais “nóis” vai fazer o que? O jeito é vivermos com as nossas condições. Mais feliz, com nossos costumes. E bem longe de onde eles não possam exigir o que não queremos fazer, não vamos apanhar se não cumprirmos alguma coisa, ou mesmo sem merecer.

- Negro 9: (fala logo após terminarem de cantar):

- Nós somos tão normais, não sei por que somos vistos como animais.

Negro: 1

- É meus irmãos! Nada é fácil!

Negro : 2

- Nossa cor não diz nada a respeito do que somos realmente. E não sabemos por que somos tão discriminados, tão massacrados!

Negro 9:(fala) É vós mecê sabe falar pouco mais fala bonito, mais vamos trabalhar que ainda tem terra pra cuidar.

Os negros que estão na roça falam:

- É verdade, então vamos trabalhar.

Cena 4 ( 0s negros se juntam e começam a cantar, nesse momento as mulheres também se juntam para dançar)

Música: ( escolher uma música que fale da vida dos negros escravos)

Narrador: Apesar de tanto sofrimento essas pessoas buscavam em meio a seus trabalhos, esquecer o tipo de mal que lhes causavam. Tornando assim pessoas alegres e felizes longe das ameaças e principalmente do tronco que era o lugar onde eram chicoteados pelos capatazes de seus patrões. No quilombo tudo estava mudando então em pouco tempo, a população da região alcançou um numero estimado entre 6 mil e 20 mil pessoas, eles cultivavam pequenas plantações e passavam a ter condições próprias de subsistências.

Cena 6 ( os negros sentam e começam a conversar. Nesse momento as mulheres também se aproximam de seus maridos.)

Negro 8 : ( fala).

- Graças ao nosso bom Deus, nós tá vivendo bem, nós tem o que comer, tem o que colher, e mais tudo isso é nosso.

Negro 6: ( fala):

- Nós tá muito feliz, a nossa vida já melhorou muito.

Negro 5: ( fala com tom de alegria):

- Pois é, nós pode conversar, pode cantar, pode fazer o que quiser quando quiser.

Negro: 3

- Há! mais mesmo assim nós tá inseguro, por que nós não tem alguém pra nos representar.

Negro: 4

É verdade, irmão. Mais nós tem que encontrar um líder.

Negro: 7

- Mais quem? Quem pode ser?

Negra 1: (nesse momento negra 1 levanta e vai para o meio deles e fala):

- Hum!!!. Gente nós tem um irmão que pode ser nosso líder!

Negro 9: (fala).

- Quem?

Negra 1:( fala)

- Ganga Zumba!.Ele é forte, é vivido, conhece muitas coisas, sabe ler, e se não fosse por ele nós nem estaria aqui hoje.

Negro 8: (fala)

-Verdade irmãos, ela tem razão: Então nós já tem um rei!!

Narrador: A partir do final do século XVI e ao longo do século XVII, o quilombo dos Palmares tornou-se o Centro de Resistência de milhares de negros e mulatos fugitivos de fazendas, povoados e vilas do Nordeste. Além de escapar da escravidão, os negros tentavam recriar o mundo africano e recuperar suas raízes sociais, econômicas e culturais.

Cena 5 ( os negros ficam jogando capoeira durante a cena e as mulheres ficam sentadas ao redor cantando e batendo palmas e catando)

Música com ritmo de capoeira.

Narrador: Depois dessa reunião que elegeram seu rei. Ao passar do tempo o Quilombo foi alvo das autoridades do governo geral e capitania de Pernambuco que enviara militares contra Palmares.

Cena 7: ( as autoridades se reúnem para discutir sobre os quilombolas)

Delegado: ( vestido com roupa da época, fala):

- Pessoal, nossa única saída para essa crise é ir ate lá e convencer esses negros a qualquer custo.

Chefe de governo: ( levanta e fala com cabeça baixa) :

- Nunca pensei que teria que me humilhar e pedir pra negrinhos de senzalas pra voltar .

Militar 1: (fala):

- Mais essa é a nossa única saída, nossa economia depende deles, os fazendeiros da região estão ficando em precárias condições se não os recuperarmos, abriremos falência.

Milita 2: (fala):

- Isso é verdade seria um grande problema.

Chefe da Capitania: ( fala): Nara

- E eu como chefe da Capitania não vejo outra possibilidade a não ser essa.

Chefe de Governo ( fala):

-Mais eu como chefe de Governo penso que uma guerra resolveria esse problema muito, mais rápido!!E ainda nós os recuperaríamos mais facilmente.

Militar 1: (fala)

- Só que não devemos nos precipitar. E com essa atitude de entrar num acordo veremos no que vai dar.

Chefe de Governo: (fala):

-Tudo bem vocês sabem o que estão fazendo

Narrador: Alguns fazendeiros vão até o quilombo para falar com os negros para tentar negociar.

Cena 08( No Quilombo os negros estão todos reunidos, menos Ganga Zumba, que saíra para esvaziar mais uma senzalas com seus irmãos negros.

Negro 04 (vai pra frente e fala para as autoridades):

-Nós não vai deixar que invadam nossas terras e que muito menos leve nossos irmãos para maltratá-los.

Negro 8: (vai para perto dos soldados e fala) :

-Isso é verdade! Vocês só maltratam e não percebem que pra maioria das coisas vocês dependem de nós, do nosso trabalho, e no final, vocês ainda nos castigam como se fossemos animais.

Fazendeiro 1: ( fala)

-Tudo bem, não precisam se exaltar nós já estamos de saída.

Narrador: Com a saída das tropas militares, em 1678, o rei Ganga-Zumba, assina em Recife um acordo com Pedro de Almeida atual governador.

Cena 09: (Ganga Zumba vai até as autoridades).

Ganga Zumba: (fala):

- Eu como representante dos negros, estou aqui para propor a vocês um acordo.

Governador Pedro de Almeida: (fala):

-Mais você quer esse acordo a troco de que?

Ganga Zumba (fala):

-Em troca de liberdade e de terras para nossos irmãos!

Governador Pedro de Almeida:

-Então são essas as propostas?!.As minhas são simples! Que todos os moradores dos Palmares devem depor, largar suas armas e nem um escravo poderá fugir mais, para ir ao Quilombo.

Narrador: Esse acordo dividiu os palmarinos. Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba, defendeu a continuação à resistência a escravidão e a libertação de todos os negros.

Cena 10: ( de volta ao quilombo, eles se reúnem para discutir sobre o acordo).

Zumbi:

- Meu Deus! O que está acontecendo, nós não precisa de um acordo, nós precisa de liberdade, se fomos libertos só por causa desse acordo, estaremos sempre de baixo das ordens do governo dos brancos e sempre seremos mandados , seremos escravos sempre!

Narrador: Depois das palavras de Zumbi, pela tarde daquele mesmo dia em que todos estavam em suas plantações, Ganga Zumba fugiu, abandonando o Quilombo. Ao voltarem do trabalho deram falta do grande líder. Os irmãos procuraram mais não encontraram seu líder. Daquele dia em diante tiveram que escolher um novo líder.

Cena 11: ( Zumbi aparece e fala aos irmãos negros que estão sentados tristes conversando):

Zumbi

- Meus irmãos, nosso pai foi embora por não aguentar tanta pressão dos brancos. Nós sabe que a qualquer momento nosso lugar pode ser invadido. Nós já viu muitas mortes. É bom que escolhermos logo outro líder, para defender e proteger nossas famílias e nossos irmãos.

Negro: 9

_ É verdade, irmão.E nós tem que encontrar um novo líder!

Cena: Os negros se reúnem e escolhem seu novo líder

Negro: 3

- Bem irmãos, queremos alguém que seja forte e que ajude nós a defender nossas famílias e esse irmão é você Zumbi.

Zumbi: (fala):

- E a partir de hoje defenderemos nossa comunidade, nossas famílias, até com a própria vida!

Enquanto isso em Pernambuco:

Narrador: O governador de Pernambuco escolheu um novo líder, o sertanista Domingos Jorge Velho, com a missão de destruir e resgatar os negros fujões.

Cena 12: ( as autoridades se reúnem para encontrar uma solução):

Chefe de Governado –

-Já fizemos uma tentativa e não deu certo o único jeito agora é destruir por completo esse tal de Quilombo e trazer de volta esses negros fujões, sabemos que você tem experiências em rebeliões e conhece muito bem esses lugares e como combatê-los.

Domingos Jorge Velho:Tamires

- Tudo bem senhor suas ordens serão cumpridas.

Narrador: Depois dessa expedição, os redutos quilombolas resistiram por vários anos. Mais em fevereiro de 1694, o cerco a Macacos a capital do Quilombo, localizado na Serra da Barriga em Alagoas, centenas de negros foram mortos ou aprisionados.

Cena 12: ( os negros aparecem lutando com os soldados, as mulheres gritam e pedem pra não fazerem isso com seus maridos, mais também são mortas.

Narrador: Depois de ter terminado o confronto, mesmo ferido Zumbi escapa e se esconde em seu esconderijo.

Cena 13: Nesse momento saem das matas algumas mulheres que escaparam do confronto e cantam:

Não precisava ser assim,

Pra nossa história ter um fim

Nossa vida era outra, acabada desse jeito.

Meus irmãos são heróis que lutaram até o final.

Meus irmãos tinham voz que faziam deles imbatíveis.

Negra 2: (para de cantar e fala):

- Por que tem que acabar assim?

Narrador: Como já foi dito, Zumbi conseguiu escapar, mais foi encurralado em seu esconderijo.

Militar 2 ( ao ver Zumbi fala):

- Nós o encontramos e dessa vez você não escapa. Vamos se levante! Você está preso por liderar as fugas dos malditos negros nesses lugares!

Narrador: Depois que o encontraram, seu fim foi trágico.

Zumbi: (resistindo a prisão fala):

- Façam o que fizer mais eu deixarei minha marca, de que fui até o fim pra provar que somos capazes de enfrentar e lutar pelo que somos, temos orgulho de ser negros!

Narrador: Depois de terminar de falar para os soldados, Zumbi foi morto e sua cabeça foi levada a Recife para ser exposta em praça pública. A intenção dos governadores era mostrar que ninguém poderia desafiar as forças do governo. Chega o fim de Zumbi dos Palmares.

Cena 14: (Os soldados levam a cabeça de Zumbi e pregam na entrada da cidade de Recife e fazem uma grande manifestação de alegria. E a população acompanha com olhar de revolta e muita tristeza).

Fazendeiro: (fala e voz bem alta):

- Vejam vocês! Esse é o exemplo de negros que se rebelam contra os mais fortes! E acabam na forca.

Narrador: Para esse e outros fazendeiros, ficou esse pensamento. Mais para os descendentes de Zumbi ficou o exemplo que devemos lutar até o fim pra alcançar nossos objetivos. Por isso o Quilombo dos Palmares e Zumbi, são hoje símbolos de resistência para os afros descendentes, daí o dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, ter sido instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra.

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