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Expansão Maritima Européia

Por:   •  22/4/2017  •  Resenha  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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1 RESENHA

No texto, Astrolábio, o mar e o Império, a autora Heloisa Meireles Gesteira relata em seu artigo o processo de expansão marítima europeia.

Conforme o artigo, refere-se a leitura de alguns tratados de navegação, sobre os usos e descrições dos instrumentos necessários para as navegações oceânicas e as partes relativas aos roteiros, o

que também poderia ser denominado hidrografia.

A partir de alguns textos escritos pelos cosmógrafos do Reino, entre os séculos XVI e XVII, são evidenciadas as bases técnicas e científicas que possibilitaram a expansão marítima europeia destacando as relações entre elas e os instrumentos utilizados para auxilio da navegação. Entre os séculos XV e XVI as navegações sofreram transformações significativas, não é possível datar precisamente, mas o uso de instrumentos foi imprescindível para as observações astronômicas relacionadas ao posicionamento geográfico das embarcações durante as viagens oceânicas, para a definição

das rotas, para a confecção de roteiros e, não menos importante, para a localização das novas terras. As disputas sobre a localização das terras muitas vezes eram resolvidas com a ajuda dos cartógrafos e cosmógrafos do Reino.

Os cosmógrafos examinavam os instrumentos e as cartas feitas pelos candidatos a piloto. Não era permitido o uso de outros padrões, conforme o Regimento, aqueles que desobedeciam , cumpririam pena de degredo na África. Cosmógrafos importantes como Manuel Serrão Pimentel, Pedro Nunes, Simão de Oliveira, são alguns autores de livros importantes dedicados a náutica da época, nos quais tinham clara intenção de auxiliar aqueles que iam para o mar. Além destes manuais de navegação, eram utilizados os instrumentos de navegação oceânica, o astrolábio era considerado o mais seguro e, entre as estrelas para observação, era o Sol. Isso se dava em função das dificuldades de observações noturnas de outros astros função da instabilidade das embarcações. Outro instrumento importante foram as cartas de marear, exemplos de uma das mais utilizadas eram as cartas planas, que eram confeccionadas a partir de linhas paralelas representando as coordenadas de latitude e longitude e postas de forma equidistante no papel no qual visavam facilitar o dia a dia de uma viagem. Nas cartas também continham figuras simbólicas, a figura de uma âncora indica o local onde se pode ancorar; pirâmides pequenas apontam a existência de pedras ou lajes que o mar não cobre; cruzes avisam sobre pedras que ficam ocultas, embaixo d’água; muitos pontinhos representam bancos de areia; muitas cruzes pequenas junto com pontinhos alertam sobre as restingas de pedra; finalmente, algarismos indicam os fundos ou braças de águas que há nas praias ou portos.

Constantemente havia divergência entre a informação que retornava nas naus e a dos cosmógrafos, o que tendia, de acordo com a situação, a ser resolvido pela autoridade dos cosmógrafos. O que não deve ser entendido como uma falha estrutural na formação dos pilotos portugueses. Os dados sobre a localização dos lugares eram elemento de disputa entre os Estados europeus, portanto a prática dos cosmógrafos não era isenta dos interesses políticos na hora da elaboração de cartas, roteiros e da fixação de lugares estratégicos. Ainda que um piloto não precisasse ser versado nas principais polêmicas da época no campo da matemática ou da astronomia, alguns princípios básicos faziam-se necessários, sobretudo para a manipulação correta dos instrumentos. Dessa forma, por meio dos cálculos feitos com uso do astrolábio, da agulha, da consulta de tabelas, da consulta aos roteiros que determinavam as rotas e pela leitura das cartas de marear, os pilotos ou os capitães das embarcações conduziam os homens e produtos que circulavam pelo Império português. Em seu turno, as cartas de marear, com as informações necessárias sobre a costa, permitiam que os cosmógrafos, fossem responsáveis pelo desenho do Império.

A partir de alguns textos escritos pelos cosmógrafos do Reino, entre os séculos XVI e XVIII, em Portugal,

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