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Fichamento - Carlo Ginzburg

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Por:   •  29/10/2013  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  1.065 Visualizações

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Fichamento: GINEZBURG, Carlo. Relações de Força: História, retórica, prova. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. Pp 64 – 79.

64 O Discurso Sobre a Falsa e Enganadora Doação de Constantino escrito por Lorenzo Valla em 1440 foi escrito na época que o Papa Eugênio IV tenta evitar que Afonso de Aragão chegue ao trono. É uma propaganda antipapal. Seu alvo era o decreto de Constantino, que tinha como principal componente a doação de um terço do Império para a igreja de Roma.

65 Durante muito tem o a doação não foi questionada. Na idade média João de Paris foi um dos primeiros a colocar sua autenticidade em discussão. Para João de Paris Constantino não podia doar um Império que apenas administrava. Por conta do tom usado por Valla ao se dirigir ao Papa, o texto só foi impresso em 1506.

66 Para Carlo Ginezburg a obra tem leituras divergentes, por conta dos diversos contextos. Segundo o autor devemos arriscar a interpretação. Para ele “ A auto interpretação de Valla e a nossa leitura são, inevitavelmente, divergentes”. (Página 66) As conclusões de Valla sobre o seu texto são duas, a primeira é sobre seu conteúdo e a segunda sobre as características da obra.

67 Valla dividiu o discurso em duas partes. Na primeira ele rejeita a doação, pois seria improvável do ponto de vista psicológico. Na segunda é demonstrada a falsidade dos documentos, mostrando os seus anacronismos, contradições e erros grosseiros.

68 É abordada a distancia entre um Valla polemista e um Valla que iniciou a critica histórica moderna. É mostrado quais os problemas dessa distancia. Esses problemas estão ligados a noção de provas dos positivistas, tais provas que se contrapõem ao uso da retórica.

69 Começa a ser tratado o assunto da retórica. A retórica passa a ser usada como uma maquina de guerra, esse conceito já era usado pelos sofistas e depois por Nietzsche. Roland Barthes tenta descobrir a importância da retórica na obra de Lorenzo Valla.

70 Carlo Ginzburg cita a primeira formulação da interpretação de Kristeller que teve grande influencia entre os estudiosos, para ele o humanismo italiano “não se identificava nem com um melhor conhecimento da Antiguidade clássica nem com uma nova filosofia em oposição à Escolástica” (Página 70). Com isso o termo “retórica” perdia seu sentido que foi sustentado anteriormente por Delio Cantimori que entendia “retorica” como “a fé sincera, não elaborada profundamente e, ainda, ingênua e grosseira...” (Página 70)

71 Após se exilado da Alemana nazista, Kristeller foi professor de alemão na Escola Normal de Pisa na Itália. Na Itália fascista foi expulso, por conta das leis racistas, acabou indo morar nos Estados Unidos. Teve grandes divergencias com as ideias da historiadora Nancy Struever sobre o significado da retórica.

72 No Institutio oratório, mais precisamente no livro v, de Quintiliano, Lorenzo Valla pôde ter um grande desenvolvimento sobre as provas. Entre as provas externas não baseadas na oratória, Quintiliano listava “os preconceitos, as opiniões públicas, os interrogatórios, as escrituras, o juramento e os testemunhos: coisas que estão presentes na maior parte dos litígios forenses”, o constitutum Constantini poderia perfeitamente entrar nessa categoria.

73 O autor continua relacionando a doação de Constantino,

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