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Filístia, Filisteus

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Por:   •  21/8/2014  •  2.156 Palavras (9 Páginas)  •  177 Visualizações

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Filístia, filisteus

A Filístia, abrangendo uma área desde um ponto perto de Jope, no N, para baixo até Gaza, no S, estendia-se uns 80 km ao longo do mar Mediterrâneo (Êx 23:31) e uns 24 km terra adentro. “O mar dos filisteus”, evidentemente, refere-se à parte do Mediterrâneo ao longo da costa da Filístia. As dunas de areia ao longo do litoral penetram terra adentro por uma considerável distância, às vezes até 6 km. Fora disso, a região é fértil e tem cereais, olivais e árvores frutíferas.

Durante grande parte do período das Escrituras Hebraicas, os filisteus ocupavam a planície costeira e estavam entre os inimigos declarados de Israel. (Is 9:12; 11:14) Os filisteus, povo incircunciso (2Sa 1:20), politeísta (Jz 16:23; 2Rs 1:2; veja BAAL-ZEBUBE; DAGOM), consultavam supersticiosamente seus sacerdotes e adivinhos ao tomarem decisões. (1Sa 6:2; compare isso com Is 2:6.) E seus guerreiros, ao entrarem em batalha, carregavam ídolos de seus deuses. (2Sa 5:21) Na sua terra, conhecida como a Filístia (Êx 15:14; Sal 60:8; 87:4; 108:9; Is 14:29, 31), havia as cidades de Gaza, Ascalom, Asdode, Ecrom e Gate. Cada uma destas cidades, durante séculos, era governada por um senhor do eixo. — Jos 13:3; 1Sa 29:7; veja SENHORES DO EIXO.

História. A ilha de Creta (usualmente tida como Caftor), embora não necessariamente o lar original dos filisteus, foi o lugar de onde migraram para a costa de Canaã. (Je 47:4; Am 9:7; veja CAFTOR, CAFTORINS; CRETA, CRETENSES.) Não há certeza quando esta migração ocorreu. Todavia, já no tempo de Abraão e de seu filho Isaque, havia filisteus morando em Gerar, na parte meridional de Canaã. Eles tinham um rei, Abimeleque, e um exército sob o comando de certo Ficol. — Gên 20:1, 2; 21:32-34; 26:1-18; veja ABIMELEQUE N.os 1 e 2.

Alguns objetam às referências de Gênesis a filisteus morarem em Canaã, argumentando que os filisteus só se estabeleceram ali no século 12 AEC. Mas esta objeção não tem base sólida. O Novo Dicionário da Bíblia, editado por J. D. Douglas (em português por E. P. Shedd; 1966, p. 631), observa: “Visto que os filisteus não são nomeados em inscrições extra-bíblicas senão já no século XII A.C., e que os remanescentes arqueológicos associados com eles não aparecem antes desse tempo, muitos comentadores condenam a menção aos mesmos no período patriarcal como algo anacrônico.” Todavia, ao mostrar por que tal posição não é sólida, faz-se menção da evidência duma grande expansão do comércio no mar Egeu, remontando a cerca do 20.° século AEC. Salienta-se que não ser determinado grupo suficientemente proeminente para ser mencionado nas inscrições de outras nações não prova que o grupo não existia. A conclusão a que chega O Novo Dicionário da Bíblia é: “Não há motivo pelo qual pequenos grupos de filisteus não pudessem estar presentes entre os primitivos comerciantes da área do mar Egeu, não com bastante proeminência para serem notados pelos estados maiores.”

Quando Israel partiu do Egito, em 1513 AEC, Jeová decidiu não guiar os israelitas pelo caminho da Filístia (a rota mais direta do Egito para a Terra da Promessa), para que não ficassem desanimados diante duma guerra iminente e para que não decidissem voltar ao Egito. (Êx 13:17) Os filisteus provavelmente não encarariam a aproximação de milhões de israelitas como mero trânsito internacional, que normalmente passava pela sua terra. Eles eram então um povo estabelecido, ao passo que a região do Sinai, para a qual Jeová encaminhou Israel, tinha na maior parte tribos nômades e muitas regiões despovoadas, nas quais Israel podia entrar sem provocar logo um conflito.

Na época em que o idoso Josué repartiu a terra ao O do Jordão, os territórios filisteus ainda não haviam sido tocados pela conquista. (Jos 13:2, 3) Mais tarde, porém, os homens de Judá de fato capturaram três das principais cidades filistéias, Gaza, Ascalom e Ecrom. Mas, esta foi apenas uma vitória parcial, porque Judá “não pôde desapossar os habitantes da baixada, porque tinham carros de guerra com foices de ferro”. — Jz 1:18, 19.

No tempo dos juízes. Durante anos depois disso, a permanência dos filisteus e de outros povos em Canaã serviu para testar a obediência de Israel a Jeová. (Jz 3:3, 4) Vez após vez, eles falharam no teste por adotar a adoração falsa. Por isso, Jeová abandonava os israelitas aos seus inimigos, inclusive aos filisteus. (Jz 10:6-8) Mas, quando clamavam a ele por ajuda, ele misericordiosamente suscitava juízes para libertá-los. (Jz 2:18) Um destes juízes, Sangar, abateu 600 filisteus com apenas uma aguilhada de gado. (Jz 3:31) Anos mais tarde, conforme se predissera antes do seu nascimento, Sansão tomou “a dianteira em salvar Israel da mão dos filisteus”. (Jz 13:1-5) Evidência da amplitude do controle dos filisteus no início do juizado de Sansão pode ser vista em que, para evitar problemas, os homens de Judá, em certa ocasião, até mesmo lhes entregaram Sansão. — Jz 15:9-14.

O profeta Samuel presenciou a opressão por parte dos filisteus e também participou em derrotá-los. Enquanto servia no tabernáculo em Silo, durante a parte final do juizado do sumo sacerdote Eli, os filisteus golpearam cerca de 4.000 israelitas na região de Afeque e de Ebenezer. Os israelitas mandaram então trazer a Arca sagrada ao campo de batalha, pensando que isto lhes daria a vitória. Os filisteus intensificaram seus esforços. Trinta mil israelitas foram mortos e a Arca foi capturada. (1Sa 4:1-11) Os filisteus levaram a Arca ao templo do seu deus Dagom em Asdode. A imagem deste deus caiu duas vezes com a face por terra. Na segunda vez, o próprio ídolo se quebrou. (1Sa 5:1-5) A Arca foi então passada de uma cidade filistéia para outra. Aonde quer que fosse, surgiam pânico e pestilência. (1Sa 5:6-12) Finalmente, sete meses depois da sua captura, a Arca foi devolvida a Israel. — 1Sa 6:1-21.

Uns 20 anos mais tarde (1Sa 7:2), os filisteus marcharam contra os israelitas, os quais, sob a direção de Samuel, se reuniram em Mispá para adoração. Desta vez, Jeová lançou os filisteus em confusão, habilitando seu povo a subjugá-los. Posteriormente, “as cidades que os filisteus haviam tomado de Israel voltavam a Israel, desde Ecrom até Gate”. — 1Sa 7:5-14.

Do reinado de Saul até a subjugação por Davi. No entanto, isto não pôs fim às dificuldades de Israel com os filisteus. (1Sa 9:16; 14:47) Evidentemente, antes do reinado de Saul, eles haviam estabelecido guarnições no território de Israel. (Veja 1Sa 10:5; 13:1-3.) Os filisteus eram suficientemente fortes para proibir aos israelitas terem seus próprios ferreiros, mantendo-os assim desarmados. Isto também obrigava os israelitas a se dirigir a eles para mandar afiar seus implementos agrícolas. (1Sa

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