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Genero E Juventude Do Assentamento Pirituba

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Por:   •  9/6/2014  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  290 Visualizações

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Título: Trabalho e gênero na perspectiva do jovem e o êxodo rural temporário.

Autora: Silmara Aparecida Ribeiro

Disciplina: Trabalho e Gênero

Profª Drª Maria Franco Garcia

Introdução:

A escolha desta pesquisa deu- se devida minha inquietação, diante do que venho observando, durante minha trajetória como professora e moradora neste assentamento.

O comportamento de jovens na Agrovila I dentro do projeto de Assentamento Pirituba II, onde apesar de serem filhos de assentados tendo um histórico de força, resistência e luta pela terra em busca de suprir suas necessidades, ter onde plantar e colher, tentando assim diminuir em partes o abismo da desigualdade social, vivendo com muita dignidade e sustentando a sua família, porém infelizmente os jovens na grande maioria não se identificam como camponeses, e negam esta identidade.

O objetivo da minha pesquisa será compreender qual força empurra estes jovens para fora do assentamento, e mostrar a estes que a criatividade, a alegria e a força da juventude são fundamentais para transformação das relações sociais, definindo um posicionamento de classe, pois a maioria da juventude se encontra junto à classe trabalhadora. Mas infelizmente encontram- se dissociados na luta de classes.

Irei distribuir este trabalho em três partes onde na primeira irei contextualizar o papel da juventude junto a este assentamento no espaço e no tempo. A segunda parte irei falar sobre o avanço do agronegócio dentro do assentamento e a exploração da mão de obra. A terceira parte aborda a questão do êxodo temporário ou não de seus lotes e as relações com o gênero neste contexto. E finalmente as considerações finais embora esta seja inacabada, pois estamos construindo a cada dia nossa história.

1- Contextualização do papel da juventude junto a este assentamento no espaço e no tempo.

O espaço que estudarei está dentro de um território que sempre houve e haverá grandes disputas de poder entre os camponeses e as grandes indústrias do agronegócio. Este modelo de produção agrário trouxe a modernização, porém revelou também a exploração e a perda da identidade camponesa principalmente entre os mais novos.

Daí a citação de Miltom Santos: “Não há produção que não seja produção do espaço, não há produção do espaço que se dê sem o trabalho. Viver, para o homem, é produzir espaço. Como o homem não vive sem trabalho, o processo de vida é um processo de criação do espaço geográfico. A forma de vida do homem é o processo de criação do espaço” (Santos, 1996:88).

Sendo assim, cabe ao homem produzir as condições matérias e culturais necessárias para sua existência, que associada a conscientização da juventude juntamente com politicas que os ouçam, oriente, e apoie suas decisões, para que juntos possamos mudar esta dura realidade aqui já estabelecida, entre o agronegócio e a exploração do trabalho dentro do assentamento já a quase 30 anos de existência.

2- Avanço do agronegócio e o trabalho alienado

A partir do ponto de vista marxista, a acumulação no campo é a própria acumulação primitiva: “[é...] a reorganização revolucionária e generalizada das relações de produção e não numa expansão quantitativa da provisão de meios de produção e de subsistência... assim sendo, as origens do capitalismo encontram-se na transformação das relações de produção no campo. A separação entre os camponeses e a terra é o manancial de onde provêm os trabalhadores assalariados, tanto para o capital agrícola como para a indústria”. In: BOTTOMORE, Tom. “Dicionário do Pensamento Marxista”. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2001. Verbete:

No texto: O direito a preguiça faz uma critica sobre o trabalho alienado e enaltece o ócio, pois uma sociedade que não precisa ser explorada pode resgatar a dignidade, o respeito, o lazer, relacionado ao fortalecimento de virtudes e valores morais, com muito mais qualidade de vida.

Mostra- nos o valor do trabalho que edifica o homem e não aquele que serve pra explorar e ganhar lucros a qualquer preço, sem se preocupar com o sujeito que ali está vendendo sua força, criatividade e transformando-o em mera mercadoria com fins simplesmente lucrativos, em troca de um salario mensal para viver.

Infelizmente isso vem ocorrendo cada vez com maior frequência e atingindo diretamente a juventude rural onde, o dinheiro os aliena fazendo parar de pensar no ser com virtudes e valores, mas sim se sentir realizados pelo que podem vir a ter. Para completar tem como aliada a mídia que a todo instante impõem condições para os jovens se afirmarem diante dos demais, usando uma boa roupa, tênis, perfumes, motos, carro, etc.

Para poder ter e se parecerem com a burguesia eles se submetem a trabalhos degradantes e exaustivos em busca de um salário mensal

3- A questão do êxodo temporário ou não de seus lotes e a relação com o gênero diante deste contexto.

“não por um acaso o êxodo rural é uma problemática que inclui predominantemente as mulheres. Esse caráter seletivo das migrações está ligado à dinâmica intrafamiliares em que a mulher tem uma carga de trabalho pesado em relação subordinada no interior das unidades de produção familiar, sem qualquer contrapartida ou perspectiva que lhes indiquem que sua permanência no campo possa ser valorizada e uma maior autonomia conquistada”.

Butto (2006, p. 101)

Ao estudar Paulilo, Franchi e Moraes, percebi claramente a reprodução

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