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Guerra Do Contestado

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Por:   •  6/4/2014  •  3.026 Palavras (13 Páginas)  •  781 Visualizações

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Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado foi um conflito,

Perigoso, cruel e aflito...

Entre a população camponesa,

Repleta de coragem e beleza,

Contra os políticos do poder,

Que não respeitavam nenhum ser

Numa região misteriosa e faceira...

Rica em erva-mate e madeira!

Paraná e Santa Catarina...

Disputaram este pedaço de terra,

Onde quem mandava era uma "Virgem" menina...

Assim surgiu esta guerra!

A fronteira entre estes dois estados...

Recebeu o nome de Contestado...

Porque os agricultores,

Com suas nobres dores,

Contestaram a doação que o governo brasileiro

Fez para uma empresa do estrangeiro!

O Governo desapropriou terras para construir uma ferrovia...

Isto gerou aos camponeses muita tristeza e agonia!

Um monge formou uma comunidade...

Para lutar contra a injustiça de verdade!

Assim aconteceu a Guerra do Contestado,

Que a nossa História nunca vai deixar de lado.

Autora: Luciana do Rocio Mallon

Paranaense, moradora de Curitiba, Luciana de Rocio Mallon é uma “escritora virtual” como se auto intitula, ela escreve contos para diversos sites e começou a interessar desde criança pelos causos e histórias do Paraná. Depois de adulta, formada em Letras, ela resolveu ir mais afundo e pesquisar as lendas e histórias por conta própria e depois escrever sobre elas.

Ela escreve contos, lendas urbanas, poesias sobre lendas, causos e sobre a história real do Paraná, como neste poema em que versa sobre a injustiça, desigualdade, ganância, disputa, abandono, esperança, pontos que foram marcantes na Guerra do Contestado, fato histórico e real que ocorreu na região Sul do Brasil.

A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. Um conflito entre camponeses que enfrentaram forças militares de tropas federais e estaduais, inclusive parte da tropa que também participou da Guerra de Canudos. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de território de 47.880 Km2, disputada judicialmente entre os estados do Paraná e Santa Catarina e também ficou conhecida como Guerra dos Pelados, pois, segundo uma versão, os camponeses refugiados em colônias messiânicas raspavam as cabeças para controlar os piolhos, outra versão diz que os camponeses presos pelo exército tinham suas cabeças raspadas e então os camponeses livres em solidariedade aos presos também rasparam suas cabeças, ficando popularmente conhecidos como pelados. A guerra dos jagunços, como o conflito foi chamado pelos caboclos, ou dos fanáticos, na designação dos militares, não teve relação direta com a disputa entre os governos paranaense e catarinense pelo território dos campos de Irani e Palmas, uma área que poucos anos antes era reivindicada pela Argentina. Somente em tempos mais recentes que pesquisadores passaram a chamar a revolta de Guerra do Contestado.

Início

A tensão na região dura desde a época da primeira ação judicial de Santa Catarina contra o Paraná em 1900. Devido a essa disputa de território, os moradores da região sofriam, pois havia mudanças contínuas de autoridades dos dois estados, contratos e casamentos eram cancelados e impostos eram cobrados pelos dois estados. Existia ainda: grilagem de terras por parte dos grandes proprietários sobre os pequenos sitiantes e posseiros; opressão, mandos e desmandos dos Coronéis.

A estrada de ferro São Paulo - Rio Grande estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis, que eram grandes proprietários rurais com força política na região e do governo. Com o fim da construção da ferrovia, os trabalhadores, que foram trazidos de várias regiões do Brasil, foram demitidos, ficando sem lugar para morar e trabalhar e sem nenhum apoio do governo ou da companhia norte-americana.

O governo como forma de remuneração pelos serviços prestados, cedeu uma faixa de terra de 30 Km para o Sr. Percival Farquhar, esta propriedade com 15 Km de cada lado da ferrovia foi considerada pelo governo, segundo a chamada Lei das Terras de 1850 (lei nº 601 de 1850), como terras devolutas, ou seja, terras que foram doadas em sesmarias e não eram habitadas nem cultivadas. Sendo que a própria concessão contraria a mesma lei. As terras foram utilizadas então para a exploração e exportação dos pinheiros nativos da região. A exploração dos pinheiros de Araucária fez com que a empresa construísse na cidade de Três Barras, no Paraná, a maior serraria da América Latina. Após a derrubada dos pinheiros, a Brazil Railway Company subsidiária da Southern Brazil Lumber & Colonization Company, loteou e vendeu toda área, com isso, muitas famílias de caboclos e posseiros que moravam dentro dessa faixa de terras foram expulsas.

A empresa contratou jagunços para expulsar os camponeses de suas casas, que se refugiaram em uma comunidade denominada Quadrado Santo, fundada pelo monge José Maria, figura mítica da região, que era na verdade Miguel Lucena da Boaventura, um ex-militar desertor e fugitivo, condenado por estupro, dizia ele ser irmão de um monge também muito conhecido e cultuado na região o monge Giovanni “João” Maria D’Agostini. Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Nessa área não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, a figura do beato José Maria ganhou força pregando a chegada do exército celeste de São Sebastião, chefiado por uma tropa de elite chamada de os “Pares de França”, figuras de histórias medievais reproduzidos em folguedos de origem portuguesa, e a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras

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