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Historia Da Pmmg

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Por:   •  21/2/2014  •  1.911 Palavras (8 Páginas)  •  465 Visualizações

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BELO HORIZONTE

JANEIRO/2014

ORGANIZAÇÃO MILITAR NAS MINAS DO SÉCULO XVIII

Trabalho apresentado ao Professor Delvi Pereira de Mesquita da disciplina HISTÓRIA DA PMMG , da turma 50 , do Curso de Formação de Soldados.

Escola de Formação de Soldados

Belo Horizonte – 02/02/2014

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO p.4

2 - A TROPA REGULAR E PAGA: OS DRAGÕES DE EL REY p 5

3 - CORPOS AUXILIARES E IRREGULARES p.

4 - CONCLUSÃO p.

5 - BIBLIOGRAFIA p.

1-INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir busca trazer informações da organização Militar nas Minas no século XVIII, tais informações só puderam ser alcançadas graças ao árduo trabalho de pesquisa feito em especial pelo Tenente Francis Albert Cotta, Mestre e Doutor em História..

Trabalharemos as formações militares presentes nas Minas cuja estrutura foi trazida de Portugal e teve que se alterar a realidade da então colônia, que mesmo oferecendo terreno de grande valia mineral , apresentava grandes carências e uma prematura concepção do modo de manutenção da Ordem.

Assim, vejamos os integrantes dessa organização militar para compreender melhor seu papel na construção da História da PMMG.

2 A TROPA REGULAR E PAGA: OS DRAGÕES DE EL REY

Os Dragões Del Rei, as tropas de primeira linha, vieram de Portugal para o Brasil em 1709, inicialmente com duas companhias e efetivo inicial de 113 militares. Os cargos de oficias eram ocupados por militares reformados da infantaria e cavalaria de Portugal. Com a descoberta de ouro e posteriormente diamante, os Governadores encontravam dificuldades, pois havia desordens causadas por bandos de escravos fugitivos, além de que, muitas Ordenanças eram formadas por bandos de criminosos. (COTTA, 2006 ,p. 46-47)

Segundo Cotta:

[...]Para reprimir os levantes e garantir a arrecadação do Quinto do ouro devido à Coroa, D. Pedro Miguel de Almeida, recorreu a Dom João V, tendo esse enviado para Minas duas Companhias de Dragões, soldados recrutados no norte de Portugal.xlvii Através da Carta Régia de 9 de fevereiro de 1719, essa Tropa de 1.º Linha se estabeleceu em território mineiro.(2001, p.7)

Os Dragões portugueses se deslocaram para as Minas em 1719, inicialmente suas missões se restringiam à guarda dos governadores, ao comboio da fazenda de sua Majestade , para impedir a extração clandestina de ouro e o socorro contra os poderosos, que se faziam fortes devido aos seus escravos. O receio de deserção e da ganancia pelo ouro fez com que o vencimento dos Dragões de Minas fosse estipulado em quatro vezes mais do que em Portugal. Esse soldo servia de atrativo para o recrutamento para vir ao Brasil, porém o atraso no pagamento, que se estendeu por todo século XVII, resultou na abertura de “contas” em “vendas” que comprometiam parte significativa do montante do vencimento dos Dragões. (COTTA, 2006 ,p. 46-47)

Conde de Assumar deveria, na região das Minas, anunciar a instalação de um bispado, fazer valer as casas de fundição, aplicar a carta régia de abril de 1720 e levar consigo um contingente de Dragões. Com a chegada do Conde, segundo Cotta (2006,p. 47), houve a construção dos aparelhos do poder: os Dragões, as juntas de justiça e a cobrança de impostos. Os dragões receberam um estandarte do Conde de Assumar. Nele havia uma mão com um raio que rompia uma nuvem suspensa no ar, como ameaçando uns montes que estavam abaixo. O braço representava o poder da Coroa portuguesa; o raio, a força dos Dragões; os montes seriam os poderosos locais.

Antes do Conde de Assumar as patentes eram distribuídas em uma “troca de favores”, estratégica, visando a submissão política. Acreditava-se que essas redes clientelares davam certa organização e facilitava o controle social. Os poderosos com patente temiam o Conde que era apoiado em uma força militar. Até então, as Minas não possuíam uma força regular e as ordenanças eram poder da esfera local. (COTTA, 2006 ,p. 48)

Segundo Cotta (2006,p. 47), uma serie de dificuldades foram encontradas com a chegada dos Dragões. A falta de quartéis fez com que os soldados e oficiais fossem aboletados nas casas dos moradores, que deveriam ainda arcar com custos referentes a alimentação e manutenção dos Dragões e dos seus cavalos.

A insatisfação dos moradores com os custos e com a arbitrariedade era constante , sendo uma das principais causas da Revolta de Vila Rica (1720), que segundo Cotta (2006,p. 47), eclodiu também, devido a perda de postos de oficiais das ordenanças e a inserção de uma tropa regular. O Conde Assumar não teve condições de reprimir imediatamente a revolta, pois havia dificuldade em reunir os Dragões em tempo hábil. Por isso, recebeu os revoltosos ouviu as quatorze reinvindicações.

Porém, segundo Cotta:

[...]as práticas de aboletamento

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