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Historia Do Contestado

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Por:   •  5/5/2014  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC

CURSO: PEDAGOGIA

ACADÊMICO (A) CARLANJA APARECIDA DE AZEREDO

MODULO: II

DISCIPLINA: HISTÓRIA

O HOMEM NA REGIÃO DO CONTESTADO

Este trabalho relatará o tema “O homem na região do Contestado”, portanto, no alvorecer do Século XX, a Região do Contestado já estava semi-ocupada. Havia uma população conhecida, esparsamente distribuída entre pequenos quadros urbanos e extensas áreas rurais, nas vilas de Lages, Campos Novos, Curitibanos, Rio Negro, Porto União da Vitória, Palmas e Clevelândia, nos pequenos povoados de Canoinhas e Vila Nova do Timbó, nas grandes fazendas de criação de gado, nos ervais e em núcleos coloniais de imigrantes, todos estes vivendo em sesmarias legalizadas, posses legitimadas e lotes demarcados.

Entretanto, a par dos “residentes”, havia ainda muitas outras pessoas que sequer apareciam nos registros oficiais e, por isso, não contavam para os censos demográficos e nem nas listas eleitorais. Estes, na maioria, eram ex-tropeiros, ex-peões, ex-agregados, ex-escravos negros, ex-colonos que, misturados aos índios e a elementos desconhecidos, fossem simples aventureiros, exploradores, refugiados de guerras ou foragidos da justiça, haviam adentrado pelo interior a fundo. Era aquela gente simples que habitava os campos e as matas, pelos outros tidos como “terras incultas e selvagens”, “sertões desconhecidos” ou “campos inexplorados”, que, pensava-se estarem desertos, mas que nem tanto estavam.

A formação antropológica da Região do Contestado é mescla de variadas influências étnicas segmentadas desde os primórdios da ocupação regional, passando pela colonização europeia, e chegando à modernidade. Do primeiro grupo étnico influente, dos índios xoclegues, até os dias recentes, a formação antropológica do homem do Contestado ainda é um processo de desenvolvimento. (AMADOR & TOKARSKI, 2010, p. 27)

Todo este conjunto humano constituiu o “homem do Contestado primitivo”, ou seja, a população nativa e imigrante, autóctone e alienígena, que abriu os primeiros caminhos e por eles tropeou, nos antigos pousos instalou as fazendas pioneiras e construiu as primeiras casas urbanas, que assistiu a abertura das primeiras estradas carroçáveis, que sentiu a força do capital internacional, sem entender o que era imperialismo ou capitalismo, quando da chegada da estrada de ferro, da instalação das serrarias da Lumber Company, que ergueu engenhos e moinhos coloniais, que se posicionou (ou não) pró Santa Catarina ou pró Paraná na questão de limites, e que se envolveu - direta ou indiretamente - na Guerra do Contestado.

Referimo-nos ao “Homem do Contestado”, nele distinguindo o “Primitivo” (do “Contemporâneo”, tendo a Guerra do Contestado como divisor entre um e outro. De fato, o elemento humano que caracteriza o primitivo provém de um passado mais distante, enquanto que o contemporâneo baseia-se no imigrante chegado após a guerra.

O primeiro homem formou um complexo cultural que vem desde o Descobrimento, enquanto que o segundo captou alguns traços culturais do primeiro, ao mesmo tempo em que desprezou outros e, no complexo emergente, adicionou novos elementos que trouxe consigo, ao mesmo tempo em que, igualmente, abandonou alguns traços de origem.

Então, podemos concluir que o homem não vive só. Somente sobrevive em grupo. Esta é uma lei natural. Por isso, para compreendermos a cultura de um homem, precisamos estudá-lo a partir do seu grupo social, aquele ao qual está integrado e onde desenvolve suas atividades. Isto, sem contar que, para melhor compreender sua cultura, precisamos também ir às suas origens, portanto, ao grupo social a que ele pertencia anteriormente.

REFERÊNCIA

AMADOR, Milton Cleber Pereira; TOKARSKI, Fernando Luis. História do Contestado. IESDE Brasil S/A. 2010.

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