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História Do Brasil

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Por:   •  13/10/2013  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  192 Visualizações

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FACULDADE DE FILOSOFIA SÃO MIGUEL ARCANJO

CURSO: Filosofia – 3o ANO

PROFº Padre João Batista

DISCIPLINA: Ética

ALUNO: Gilberto

BURKE, Edmond. Reflexões sobre a Revolução em França. In: SOUZA, Galvão de. Raízes da Crise Brasileira.

RESENHA CRÍTICA

O autor inicia suas Reflexões sobre a Revolução em França, mencionando que teria sido muito melhor para a França se tivessem se aproveitado das experiências vividas e assim concretizar o desejo de elaborar uma Constituição perfeita em todos os sentidos.

O texto versa basicamente sobre as questões relativas à formação do Estado francês, sua legitimidade e as condições e os limites em que foram alicerçadas as bases políticas desta nação. Aborda também, de forma bem detalhada, os passos e as decisões tomadas em relação a se elaborar uma nova constituição, onde o abstracionismo político, baseado em teorias/idéias, se sobressaem sobre a razão e a experiência de cada um dos participantes desta nova forma de se governar.

O que se nota ao longo desta reflexão é que os franceses tentaram criar um Estado justo e libertário, esquecendo-se da história de lutas de seu povo, pois, possuidores como são de uma vasta experiência passada, não poderiam, como fizeram, iniciar sua reestruturação política refazendo tudo do nada. As conseqüência, é claro, seriam duras e difíceis de se vencer.

Pode-se notar através das reflexões do autor, que com uma Constituição em decadência e falida, os franceses cometeram, ao reestruturá-la, erros imperdoáveis. Tendo conhecimento das falhas cometidas anteriormente, em vez de aprender com eles, aproveitando aquilo que possuíam de bom e que certamente enriqueceriam de forma bastante proveitosa, resolveram esquecer o passado, procurando por uma nova forma de governo, onde as idéias deveriam prevalecer, ou seja, um governo baseado em políticas abstracionistas. Pontos positivos como as variedades de classes, combinações e oposições de interesses, a ação e a reação, que harmonizam poderes discordantes, não servirão de proveito algum.

Em qualquer ramo ou atividade que se queira iniciar, a experiência vivida, não só por nós, mas também por outros, são essenciais para a execução e posterior sucesso de qualquer empreendimento e no meio político, como está claramente definido pelo autor, é ainda mais imprescindível, pois o poder público faz parte da vida de toda uma nação.

Segundo o autor, “Não há nome, poder, função, instituição artificial que possa fazer homens, que compõem um sistema de autoridade, diferentes daquilo que Deus, a natureza, a educação e seus hábitos de vida lhe fizeram.”

A sociedade, como um todo, não dar conceber aos seus governantes outras capacidades além daquelas que os mesmos já possuem. Continua ele “A sabedoria e a virtude podem ser objetos de sua escolha; mas sua escolha não confere nenhuma outra àqueles sobre os quais ele estende suas mãos constrangedoras. Nem Deus, nem a natureza lhe deram tais poderes.”

Enquanto outras nações valorizaram os bens adquiridos quando da formação de suas estruturas políticas e governamentais, os franceses simplesmente se esqueceram de toda sua história e “abandonaram seus interesses, prostituindo suas virtudes, comprando miséria e crime.”

Países como a Inglaterra e outros, procuram seguir passos que deram certos, ou seja, começaram a construir seus Estados, em cima de princípios religiosos, liberdades civis mais severas, costumes mais arraigados, moralidade austera.

Os franceses, ao destruir as imposições da autoridade soberana, e seus princípios religiosos, expôs à seu povo, as mazelas que eram vistas apenas em meio à sociedade burguesa.

Fica claramente explícito nesta obra, que um Estado não pode ser alicerçado em idéias abstratas, ainda desconhecidas, que não se baseiam em experiências já realizadas e que é necessário a qualquer governo possuir saídas para eventuais falhas ou mesmo benevolência da fraqueza, inerentes ao ser humano, pois, as conseqüências advindas de tal ato, poderão ser, como ficou evidente na leitura destas reflexões, desastrosas à formação do Estado francês.

Torna-se essencial que as experiências palpáveis, concretas, suplantem o abstracionismo político, onde a prática para se governar interesses públicos seja o fundamental, o mais importante, mesmo que abstrato seja defendido pelos seus melhores representantes. Sempre, em qualquer época, a teoria será suplantada pela prática, ou seja, a prática é que comprava a teoria.

É importante para qualquer forma de governo, como demonstra o texto, que aja respeito e temor em relação aos indivíduos que sofrem a ação dos governantes, pois somente assim, as propostas feitas por eles teriam um limite moral quando debatidos em assembléias públicas.

O autor afirma que “A única maneira de garantir a estas assembléias uma conduta sabia e moderada é que elas sejam compostas por homens

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