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História Do Brasil E Do Paraná

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Por:   •  9/4/2014  •  1.825 Palavras (8 Páginas)  •  1.385 Visualizações

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MÓDULO:

HISTÓRIA DO BRASIL E DO PARANÁ – 60h

UNIDADE 1

DO BRASIL COLÔNIA AO IMPÉRIO

 Questões obrigatórias para o dossiê

1. Com a tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos, inicia-se o período histórico conhecido como Idade Moderna e, naquela região, o comércio com os povos ocidentais passa a ser proibido. Qual a relação deste fato com a chegada dos portugueses às terras que seriam chamadas de Brasil?

Os portugueses desejavam participar do comercio com o Oriente, que era realizado nas proximidades do mar Mediterrâneo e era controlado pelos árabes e os italianos, por isso começaram a procurar uma nova rota marítima para atingir o Oriente, contornando a África. Em 1453, quando os turcos otomanos conquistaram o Mediterrâneo oriental e a cidade de Constantinopla, o comércio entre a Europa e o Oriente ficou ainda mais difícil, aumentando à necessidade de encontrar uma nova rota para as Índias. Os primeiros navegantes tiveram que vencer os obstáculos naturais do mar. Entre os povos europeus, os portugueses tinham uma relação antiga com o mar, desde o século XIII. A base econômica era fruto da pesca e da extração do sal. Pequenas cidades surgiram no litoral português, desenvolvendo um intenso comércio, fazendo crescer um ativo grupo de comerciantes. Entre outros fatores que contribuíram para que Portugal fosse o grande pioneiro da expansão marítima, eles conseguiram, através disso, chegar ao Brasil.

2. Ao chegar às terras brasileiras, quais foram as primeiras impressões que os portugueses tiveram da natureza e dos nativos que aqui viviam? Registre-as, de acordo com a leitura do fascículo.

A respeito da figura do índio este primeiro encontro foi de encantamento com a figura do índio, mostrado claramente na carta de Pero Vaz de Caminha. Quando Cabral e sua tripulação chegaram ao Brasil, encontraram os nativos que habitavam o litoral brasileiro, eram em sua grande maioria do povo tupi - guarani. Apesar das riquezas naturais e de sua gente, as notícias da chegada de Cabral à chamada “Ilha de Santa Cruz” não tiveram repercussão imediata, junto à Coroa portuguesa, porque nenhuma riqueza imediata fora anunciada pelo escrivão Pero Vaz de Caminha. A primeira vista, as terras que seriam hoje o Brasil não ofereciam vantagens comerciais. Também em uma das cartas de Pero Vaz de Caminha podemos notar o encantamento dos portugueses com a terra ainda desconhecida. A extensão territorial, o clima fresco, a abundância da água e da vegetação, levava os viajantes a comparar a nova terra com um paraíso.

3. Escreva um texto sobre o período colonial e a exploração do trabalho escravo, destacando seus principais aspectos.

A colonização portuguesa iniciou-se através do sistema de capitanias hereditárias, as quais eram grandes faixas de tema que iam do litoral até a linha de Tordesilhas. Essas faixas foram doadas a ricos portugueses, denominados donatários. Eles deviam colonizar, cultivar e defendê-las , pois passariam de pai para filho. Foi uma tentativa da Coroa portuguesa de ocupar as terras do Brasil, ao transferir para os donatários os encargos da colonização.

Foram divididas em quinze grandes faixas de terra que passaram a ser administradas, cada uma, por um Capitão-Donatário. Estes possuíam grandes poderes administrativos e econômicos, uma vez que podiam dispor das terras e distribui-las entre colonos (Sesmarias), nomear autoridades administrativas e judiciárias, receber taxas e impostos, escravizar e vender índios, fundar vilas e cobrar tributos pela navegação dos rios. Só o capitão podia exercer a justiça na sua faixa de terra.

Apesar dos esforços do rei de Portugal, esse sistema fracassou devido a uma série de motivos:

• As grandes distâncias entre as capitanias e a distância entre a colônia e a sede da Coroa portuguesa, o que dificultava as comunicações;

• O desinteresse e a má administração dos donatários;

• Os ataques frequentes dos indígenas, revoltados com a escravidão;

• A falta de recursos dos donatários.

Apenas capitanias de São Vicente e de Pernambuco prosperaram, graças à boa administração.

Em 1549 chegou ao Brasil Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral. Junto com ele vinham também os jesuítas, principais responsáveis pela evangelização dos nativos e pela educação na colônia. Aos poucos, os donatários foram perdendo o poder para o governador-geral e seus auxiliares: o ouvidor-mor (justiça), o provedor-mor (fazenda) e o capitão-mor (defesa).

Também neste ano, Tomé de Sousa fundou a cidade de Salvador, que passou a ser o centro político-administrativo da colônia. Limitou a escravização dos Índios, auxiliou os donatários a desenvolverem o cultivo da cana-de-açúcar e trouxe as primeiras cabeças de gado nos engenhos.

Desde que Martim Afonso de Sousa fundou São Vicente, em 1532, muitas outras vilas se constituíram na colônia. As primeiras surgiram no litoral. São Paulo, por exemplo, fundada em 1554. Para se fundar uma vila era necessário erguer um pelourinho (uma coluna de madeira ou de pedra), local onde se aplicavam penas físicas, principalmente aos escravos, e símbolo da autoridade real; construir uma cadeia; instalar órgãos de cobrança de impostos, promover o povoamento e nomear funcionários. Criar uma Câmara Municipal (órgão de administração local), composta por seis membros: três vereadores, dois juízes ordinários e um procurador. Inicialmente, todos eram escolhidos por meio de votação entre os grandes proprietários locais, os chamados homens bons. Que se transformou num instrumento de poder dos homens ricos, um lugar que, por muito tempo, desafiou a autoridade dos funcionários nomeados pela Coroa. Mudando apenas na segunda metade do século XVII, quando a Coroa passou a ampliar seu controle, intensificando a exploração da colônia.

A cana-de-açúcar foi o produto mais importante da economia colonial brasileira. Na fase da ocupação da colônia, a partir de 1530, a plantação da cana ocupou grande parte do litoral do nordeste. Estavam ali os grandes engenhos, conhecidos como fábricas de açúcar. A primeira atividade comercial da colônia, a exploração do pau-brasil, foi feita com a ajuda dos índios. A comunicação com os índios foi facilitada pelo trabalho dos jesuítas nas missões, que eram aldeamentos organizados pelos jesuítas para reunir os índios, para ensinar ofícios úteis à colonização como: a carpintaria, a tecelagem, a cestaria e outros, além de protegê-los da escravidão. Com o crescente aumento da cultura açucareira, aumentou a necessidade de mão-de-obra. Os índios não rendiam o suficiente para os projetos dos colonizadores. Resistiam àquela forma de trabalho forçado, adoeciam pelo contato com os colonizadores, morriam ou fugiam para o interior. Os Jesuítas também contribuíram para uma maior falta de mão de obra, atraindo os índios para as missões. Em meados do século XVI, os nativos foram substituídos por africanos, principalmente pelos seguintes motivos:

• Extermínio de muitos povos indígenas do litoral e fuga dos sobreviventes para o interior, o que dificultava a captura;

• Interesse da Coroa e dos comerciantes no rendoso tráfico de escravos africanos;

• Aumento dos rendimentos reais com as taxas pagas no embarque e desembarque dos negros na África e no Brasil.

Além disso, os negros tinham menos chances de fugir, pois desconheciam a língua e o lugar para onde eram levados e os portugueses podiam estabelecer relações de paz com os índios e livrar-se de seus ataques. Do século XVII em diante, o número de escravos africanos superou o de indígenas com a mão-de-obra.

A escravidão marcou a sociedade brasileira, ter um escravo era sinônimo de riqueza. Por quase 400 anos, o Brasil foi um pais escravista. Eles realizavam quase todo o trabalho e trabalhavam até o limite de suas forças. Os escravos resistiram de diversas formas à escravidão: com vinganças contra os feitores, sabotagens, revoltas e fugas. Alguns conseguiam fugir e formar quilombos (refúgio de escravos fugidos), como o dos Palmares (na região dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco). Ali se reuniram cerca de 50 mil negros entre 1630 e 1695.

4. Disserte sobre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, movimentos de revolta pela independência do Brasil.

A Inconfidência Mineira foi uma revolta ocorrida em 1789, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra o domínio Português. Portugal passava por uma difícil situação econômica. A Inglaterra iniciava sua industrialização, Portugal aumentava sua dependência de produtos manufaturados. Contava com uma única fonte de renda: o ouro do Brasil para pagar suas contas.

A elite mineira diante da situação começou a defender as ideias de “liberdade” e de “independência”, difundidas pelos estudantes. Participavam deste movimento: militares, padres, comerciantes, fazendeiros e intelectuais. Um dos membros mais ativos era de origem relativamente modesta, era o militar Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Seus principais objetivos eram proclamar uma República, instalar uma universidade em Vila Rica, bem como escolas e hospitais, Iniciar a produção de artigos manufaturados que permitissem diminuir as importações e reformar o exército e criar uma fábrica de pólvora.

O plano de proclamar a República era eclodir um movimento armado no dia que começasse a cobrança de impostos atrasados. Mas um traidor infiltrado avisou o governador, que suspendeu a derrama e mandou prender os líderes mais atuantes, como Tiradentes. Tiradentes foi o único a ter a pena de morte confirmada. No dia 21 de abril de 1792, ele foi enforcado em praça pública, no Rio de Janeiro. Seu corpo esquartejado, para servir de exemplo para os demais.

A Conjuração Baiana foi um movimento de caráter emancipacionista. Ocorrido na segunda metade do século XVII, a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas. Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, as atividades econômicas da Colônia deslocaram-se do Nordeste para o Centro-Sul. Em 1763, a capital da Colônia foi transferida para o Rio de Janeiro.

Salvador sofreu então uma grande retração. A maioria da população era composta por negros e mulatos e estava descontente e revoltada contra a miséria e a exploração que era submetida pela elite. Os brasileiros eram explorados com altos impostos cobrados pelo governo português. A ideia de uma rebelião, defendida por alguns homens ricos e cultos de Salvador, estendeu-se rapidamente para as camadas mais humildes da sociedade. Os líderes do movimento tiveram como os principais objetivos a proclamação da República, o fim da escravidão, a igualdade social, a diminuição dos impostos e a liberdade de comércio internacional. As revoluções coloniais do século XVIII fracassaram porque a população brasileira, como um todo, não estava envolvida pelos ideais de independência. Por medo de rebeliões, o povo foi mantido pela elite, distante das conspirações. Apenas a Conjuração Baiana teve participação popular. Mas, nesse caso, as elites estavam divididas. Por fim, as diversas regiões do Brasil tinham pouco contato umas com as outras.

5. Após a Independência, como foram organizados e como funcionaram o Primeiro e Segundo Reinados, no Brasil?

A Independência do Brasil ocorreu no dia 07 de Setembro de 1822. No mês de Dezembro de 1822, Dom Pedro foi declarado imperador do Brasil, sendo estabelecido o primeiro e o segundo reinado. O primeiro reinado foi de 1822 a 1831. Seu primeiro fracasso ocorreu devido a forte divergência entre o soberano e os deputados, que exigiam um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário. A Assembleia foi dissolvida, passou a funcionar com muitas dificuldades para consolidar a independência e manter a unidade do país. O segundo reinado ocorreu de 1840 a 1889. O governo central é reforçado com o Poder Moderador do soberano, estabilizando o Poder Monarca.

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