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História Monárquica Do Brasil

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Por:   •  2/10/2013  •  6.038 Palavras (25 Páginas)  •  368 Visualizações

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Período inicial do Império, estende-se da independência do Brasil, em 1822, até a abdicação de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do país a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resistência de tropas portuguesas. Ao vencê-las, em meados do ano seguinte, consolida sua liderança.

Seu primeiro ato político importante é a convocação da Assembléia Constituinte, eleita no início de 1823. É também seu primeiro fracasso: devido a uma forte divergência entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é dissolvida em novembro. A Constituição é outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decisão rebelam-se algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta, conhecida pelo nome de Confederação do Equador, é severamente reprimida pelas tropas imperiais.

Embora a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o governo é autoritário. Freqüentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário. Preocupa também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da província da Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas personalistas do imperador.

Sucessão em Portugal – Além disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se cada vez mais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português, ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa renúncia e abre mão do trono de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória.

Ainda assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocracia civil-militar e no comércio das principais cidades do país. Incidentes políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é cometido a mando de policiais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é responsabilizado pela morte.

Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal.

Período durante o qual Dom Pedro II governa o Brasil. Começa em 1840, com a antecipação da maioridade do imperador, e termina em 15 de novembro de 1889, quando é deposto pelos militares na Proclamação da República. Durante os primeiros dez anos do Segundo Reinado, o regime monárquico estabiliza-se. A derrota das insurreições nascidas durante a regência pacifica as províncias. O governo central é reforçado com o Poder Moderador do soberano – que dá ao monarca a palavra final, em casos de conflitos – e com a restauração do Conselho de Estado, extinto no período regencial.

Apogeu – O Segundo Reinado tem seu apogeu nas décadas de 1850 e 1860. Nesse período, a contestação à monarquia é muito pequena. O governo é exercido pelo Ministério, que conta com maioria parlamentar desde a implantação do parlamentarismo, em 1847. Sem maiores preocupações com sua frente interna, o império envolve-se em disputas na região Cisplatina, sobretudo na Guerra do Paraguai (1865-1870). O Brasil vence, mas o ônus econômico, social e político é muito grande e abre espaço para os adversários do regime.

Campanha republicana – Em 1870, fazendeiros, políticos, jornalistas e intelectuais lançam no Rio de Janeiro o Manifesto Republicano . É o sinal do declínio da monarquia. Apesar do pouco sucesso eleitoral dos candidatos republicanos, suas idéias disseminam-se pela população.

FIM DO SEGUNDO REINADO - HISTÓRIA DO BRASIL

Enquanto isso, o império patina na questão do trabalho escravo, incompatibilizando-se com a aristocracia escravista e levando os abolicionistas a se unirem aos republicanos. Os problemas com a Igreja e com o Exército, nas décadas de 1870 e 1880, agravam a crise, que atinge seu ápice com a abolição da escravatura em 1888. Apesar de os dirigentes do império verem a abolição como uma vitória da monarquia, as oligarquias rompem com o regime, deixando de lhe dar sustentação. No dia 15 de novembro de 1889, um grupo de militares proclama a república e põe fim ao Segundo Reinado.

Dom Pedro II – Ao contrário de Dom Pedro I , seu pai e antecessor, Dom Pedro II é um soberano sem gosto pelo poder e sem talento para governar. Pessoa reservada e erudita, prefere o convívio com os intelectuais europeus ao relacionamento com os políticos brasileiros. Deixa a administração a cargo do ministério para dedicar-se mais aos estudos e ao intercâmbio com os centros culturais da Europa. Quando a campanha republicana ganha vulto, nos últimos dias do império, o soberano revela apenas surpresa e desencanto.

Período regencial

História do Brasil

Pedro II e suas irmãs, durante a menoridade.

Pré-cabralina (antes de 1500)[Expandir]

Colônia (1500–1822)[Expandir]

Império (1822–1889)[Expandir]

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Constituições[Expandir]

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