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História do Direito Brasileiro - Era VArgas

Por:   •  9/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.670 Palavras (7 Páginas)  •  952 Visualizações

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UNIVERSIDEADE ESTACIO DE SÁ

CURSO DE DIREITO

RESUMO DE “O PERÍODO GETULISTA” DE BORIS FAUSTO

Rio de Janeiro

2015


RESUMO DE “O PERÍODO GETULISTA” DE BORIS FAUSTO

Trabalho apresentado à disciplina de História do Direito Brasileiro, como requisito parcial para avaliação no curso de Direito da Universidade Estácio de Sá - Sulacap.

 

Professor Vinicius Esperança

Rio de Janeiro

2015


RESUMO

Através da leitura do texto, pudemos observar que Getúlio Vargas, apesar de ditador, contribuiu sobremaneira para o processo tímido de industrialização que o Brasil iniciou no período de 1930 a 1945. Sua paixão pelo poder fez com que por três vezes manipulasse o regime (a primeira através do golpe de Estado que o levou ao poder – a segunda através das eleições indiretas – onde tinha o “apoio” do congresso – e a terceira por meio de outro golpe de Estado – devido ao iminente perigo de um golpe comunista), com o intuito de se manter como presidente, considerando-se capaz de tomar as medidas necessárias para o desenvolvimento do país.

No entanto sua maior contribuição foi no campo do direito dos trabalhadores, que por intermédio de garantia de direitos básicos - como estabelecimento de limite da jornada de trabalho, FGTS, dentre outros – culminou na criação da Consolidação das Leis do Trabalho, que até hoje serve de base para a harmonização da relação entre empregadores e empregados.

O processo de decadência do seu governo teve como principal fator motivador, a ideia contraditória de combate ao regime ditatorial adotado pela Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra, apoiada por um presidente ditador. Getúlio renunciou ao governo em 29 de outubro de 1945, encerrando assim a Era Vargas.


1 – BORIS FAUSTO

Nascido em 8 de dezembro de 1930, historiador e cientista político, estudou no Colégio Mackenzie, formou-se Bacharel em Direito e História ambos pela USP, tendo adquirido o título de Mestre em História pela Universidade de São Paulo. No currículo constam atividades como as de Assessor Jurídico da USP, onde realizou diversas pesquisas, em sua grande maioria, ligadas à história política do Brasil republicano, imigração em massa para o Brasil e sobre o pensamento autoritário. Dentre suas obras, algumas merecem destaque, como: A Revolução de 1930 – historiografia e história – Na qual Boris Fausto (apesar de paulista), contesta as versões de defesa de São Paulo durante a revolução de 1930 e da Revolução constitucionalista de 1932, ambas relatadas em uma de suas obras mais populares, História do Brasil, onde faz um raio-x da história do Brasil, durante os últimos 500 anos, sendo inclusive uma das obras mais estudadas no ensino médio e vestibulares.  Em 1999 foi agraciado com o prêmio “Annual America´s Award” concedido pelo The Cime, Law and Deviance Secion of the American Sociological Association” (USA). Hoje, Boris é membro da Academia Brasileira de Ciências e desde 1998 é colunista semanal do jornal “Folha de São Paulo”.

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  - As seguintes fontes foram consultadas para formarmos nossa biografia do autor:

www.infoescola.com/biografias/boris-fausto

www.veja.abril.com.br

www.uspdigital.usp.br

2 – RESUMO DO PERÍODO GETULISTA

O GOLPE

        Em um Brasil sustentado pela exportação do café, a crise de 1929 produz efeitos catastróficos sobre os produtores e sobre a economia como um todo. Nesse cenário, o presidente Washington Luís perde força, juntamente com sua política “café-com-leite” que privilegiava as duas principais capitais econômicas e políticas do Brasil: São Paulo e Minas Gerais.

        As eleições de 1930 dividiram esses Estados em duas correntes distintas, onde São Paulo decidira apoiar Júlio Prestes, e Minas Gerais Getúlio Vargas, diante desse cenário, nas urnas Getúlio Vargas foi derrotado por Júlio Prestes. No entanto, insatisfeito com a condução do processo eleitoral, o não reconhecimento da vitória dos deputados que foram eleitos pela base da Aliança Liberal (Paraíba, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), e tendo como estopim, o assassinato de João Pessoa, (candidato à vice-presidência da Aliança Liberal) Getúlio decide tomar a presidência através de um golpe de Estado.

GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)

        A principal característica desse período é a centralização que ocorre no poder executivo, Getúlio fecha o Congresso, além de toda a representação do legislativo nas três esferas (federal, estadual e municipal). Dessa forma o poder fica centralizado nas mãos do chefe do executivo federal. Outra característica desse período é a demissão dos antigos governadores (exceto o novo governador de Minas Gerais – que pertencia à chapa) e a nomeação de Interventores Federais, que nada mais eram do que “representantes” de Getúlio nos diversos estados da federação.

        Como resposta à crise econômica, Getúlio adotou a política de compra de café dos produtores nacionais – enfatizando os exportadores – com a receita derivada de impostos, destruindo uma parte dessa mercadoria na tentativa de impedir a queda ainda maior do preço do produto. Nos campos da política trabalhista, Getúlio foi o “homem forte” e pioneiro no Brasil de medidas que visavam proteger o empregado na relação de trabalho com seu empregador. No entanto, mais que medidas de proteção, Getúlio pretendia manter “sob sua supervisão” os movimentos organizados pelas classes trabalhadoras, criando/formalizando os sindicatos, que eram liderados por representantes indicados pelo governo e impedindo a existência de sindicalismos autônomos.

A GUERRA PAULISTA (1932)

        Desde o golpe, a insatisfação das oligarquias paulistas (que apoiaram Júlio Prestes) era visível, principalmente pela adoção do “tenentismo”, que tivera como seu representante paulista um “forasteiro e plebeu2 (João Alberto Lins de Barros), que não estava alinhado com os interesses das classes média-alta.  Mediante a pressão, o rompimento com João  Alberto  ocorreu

após a renúncia do Gabinete de 40 dias – que era uma junta formada para o governo de São Paulo, e diversos foram os Interventores Federais que governaram o estado.

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