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INDIA

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Por:   •  11/9/2013  •  Tese  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  425 Visualizações

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Um olhar sobre a Índia nos seguintes aspectos: formação social, cultural, política e econômica. Focado em questões culturais. |

O Perfil do país

A Índia é uma das mais antigas civilizações do mundo, com uma variedade caleidoscópica e rica herança cultural. Durante os 65 anos desde a sua independência, o país alcançou progresso socioeconômico e tem se tornado autossuficiente na produção agrícola, se tornando um dos países mais industrializados do mundo e uma das poucas nações a se lançar no espaço para conquistar a natureza em benefício da humanidade. Seu território é de 3.287.263 m2 e se estende desde os picos do Himalaia cobertos de neve até as florestas tropicais do sul. Como o sétimo maior país do mundo, a Índia se diferencia do restante da Ásia, sendo marcada por montanhas e pelo mar, o que confere ao país uma distinta entidade geográfica. Delimitadas pela Grande Cordilheira do Himalaia ao norte, se estende ao sul e no Trópico de Câncer se estreita no Oceano Índico, entre o Golfo de Bengala a leste e o Mar Arábico a oeste.

Posicionada completamente no hemisfério norte, sua área se estende entre as latitudes norte 8° 4′ e 37° 6′, e longitudes leste 68° 7′ e 97° 25′, e mede cerca de 3.214km

de norte a sul dentro dos extremos das latitudes e por volta de 2.933 de leste a oeste, nos limites das longitudes. Sua faixa de fronteira é de 15.200km e a extensão do seu litoral, Ilhas Laquedivas, Andamão e Nicobar é de 7.516,6 km.

A vasta planície central é caracterizada pela presença de três rios: Ganges, Indo e Brahmaputra. No extremo sul do país, uma grande região é ocupada pelo planalto do Decão. Seu nome faz referência ao rio Indo, que vem do persa Hindu, que, por sua vez, provém do sânscrito Sindhu. No idioma hindi, o nome do país é Bharat, que pertencia a um antigo reino local. Uma invasão ariana, ocorrida entre 1500 e 1200 a.C., foi responsável pelo início da urbanização.

Formação histórica e sociopolítica

As evidências indicam que possivelmente durante o neolítico, os habitantes do subcontinente foram assimilados pelas tribos invasoras drávidas, que provavelmente vieram do oeste. Segundo os descobrimentos arqueológicos do vale do Indo, a civilização desenvolvida pelos drávidas é comparável em esplendor às civilizações da antiga Mesopotâmia e do Egito. Até meados do III milênio a.C., a Índia drávida sofreu a primeira de uma série de invasões de tribos, do grupo lingüístico indo-europeu, conhecidas como indoarianas (ver Vedas). Quase tudo o que se conhece com segurança da situação política é que no decorrer do I milênio a.C. se estabeleceram 16 estados autônomos. Os reinos mais importantes foram Avanti, Vamsas e Magadha, que em meados do século VI a.C. se transformou no reino dominante.

Durante o reinado de seu primeiro grande rei Bimbisara (543-491 a.C.), Buda e Vardhamana Jnatiputra ou Nataputta Mahavira, fundadores do budismo e do jainismo respectivamente, pregaram e ensinaram em Magadha. No ano 321 a.C. Chandragupta tomou o controle de Magadha, fundou a dinastia Maurya de reis indianos, estendeu sua soberania sobre a maior parte do subcontinente e converteu o budismo na religião dominante. Das dinastias que apareceram no período que se seguiu à queda dos Mauryas, os Sunga são os que mais tempo permaneceram no poder, por mais de um século. O principal acontecimento desse período (184-72 a.C.) foi a perseguição e o declínio do budismo, e o triunfo do brahmanismo, com o qual o sistema de castas se estabeleceu com força na estrutura social.

Em 320 um marajá de Magadha chamado Chandragupta I, conquistou os territórios vizinhos e fundou um novo regime imperial e a dinastia Gupta. Seu neto Chandragupta II (reinou de 375 a 413) expandiu seu reino, subjugando todo o subcontinente ao norte do rio Narmada. O período foi de paz duradoura, crescimento econômico contínuo e êxitos intelectuais. O hinduísmo experimentou um forte renascimento ao assimilar algumas características do budismo. Após um prolongado período de lutas internas, um novo poder, solidamente unido sob o islã, surgiu na Ásia ocidental. Esse novo poder era Khurasan, antes uma província Samânida que Mahmud de Gazni (que reinou de 999 a 1030) havia transformado em um reino independente. Até 1025 Mahmud havia anexado a região de Punjab

ao seu império.

O mais afortunado dos governantes muçulmanos depois de Mahmud foi Muhammad de Gur, cujo reinado começou em 1173. Considerado como o fundador real do poder muçulmano na Índia, subjugou toda a planície Indo-Gangética ao oeste de Benares. Após a morte de Muhammad de Gur, Qutb-ud-Din Aybak, seu vice-rei em Déli e um antigo escravo, proclamou-se sultão. A denominada dinastia dos Escravos durou até 1288. Em 1398, quando o conquistador mongol Tamerlão guiou seus exércitos até a Índia, encontrou pouca resistência organizada. Babur, um descendente de Tamerlán e o fundador da grande dinastia mongol se autoproclamou imperador dos domínios muçulmanos, e controlou uma grande parte da Índia. O Império mongol alcançou seu auge cultural sob o reinado de Sah Yahan (1628-1658), que coincidiu com a idade dourada da arquitetura sarracênica indiana, cujo melhor exemplo é o Taj Mahal. Na primeira metade o século XVIII, o Império mongol deixou efetivamente de existir como um estado. O caos político do período foi marcado pelo rápido declínio da autoridade centralizada.

Criaram-se numerosos reinos e pequenos principados, e os governadores das províncias imperiais formaram grandes estados independentes. Em 1764, o imperador mongol obteve de novo seu trono. Entretanto, sua autoridade era puramente nominal, como ocorreu com seus sucessores. O país, que durante muito tempo foi cenário de uma rivalidade colonial entre os poderes marítimos da Europa, foi caindo cada vez mais sob o domínio britânico. No início do século

XVII o monopólio português do comércio com as Índias, mantido durante mais de um século, acabou devido à ação da Companhia das Índias Orientais. Dois anos antes, a rainha Isabel I havia outorgado um foro à primeira Companhia Inglesa das Índias Orientais. As negociações da companhia com o imperador mongol Jahangir obtiveram êxito e em 1612 os ingleses haviam fundado sua primeira feitoria no golfo de Khambhat. A disputa entre os franceses e os britânicos pelo domínio da Índia se desenvolveu como uma extensão da Guerra dos Sete Anos na Europa. No decorrer das hostilidades, os britânicos terminaram de maneira efetiva com os planos franceses de controle político do subcontinente. Segundo as disposições do acordo de paz que se seguiu à guerra, o território

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