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INTÔLERANCIA RELIGIOSA: REFLEXOS DO EPISÓDIO “QUEBRA DE XANGÔ” (1912) NO CONTEXTO ALAGOANO.

Por:   •  15/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  392 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL - CAMPUS I

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

ANA TAVARES DOS SANTOS

INTÔLERANCIA RELIGIOSA: REFLEXOS DO EPISÓDIO “QUEBRA DE XANGÔ” (1912) NO CONTEXTO ALAGOANO.

ARAPIRACA - 2017

INTRODUÇÃO

        O trabalho a ser pesquisado é sobre a violência que os afro-decentes sofreram durante o quebra de xangô, ocorrido no território alagoano, em fevereiro de 2012. Porém, é interessante para a melhor compreensão que se tenha uma ideia do que esse período Republicano representou nos aspectos sociais, políticos e econômicos.

O episódio do quebra, não trata  apenas de intolerância, como também de uma manobra estratégica contra a reeleição de Euclides Malta, afim de diminuir o poder político da família oligárquica Maltina. Fernandes Lima usa essa estratégia por saber que teria um impacto negativo, já que devemos considerar a influência social da igreja.

        Ao falar de religião afro-brasileira nota-se o racismo e a falta de conhecimento por trás dos atos de intolerância religiosa que os candomblecistas vem passando ao decorrer de toda sua trajetória histórica no Brasil. O ato de intolerância que marcou Alagoas ficou conhecido como a quebra de xangô em 1912, período republicano, em que os terreiros de Maceió, capital de Alagoas, foram invadidos liderado pela milícia Liga dos Republicanos Combatentes, vários terreiros destruídos, queimados, santos e objetos quebrados, membros do terreiro como babalorixas e yalorixas foram agredidos física e verbalmente. Após os ataques de terreiros na capital, começaram a invadir e destruir terreiros do interior do estado. A partir daí, para evitar que houvesse outro ato de violência os candomblecistas se retraem, fazendo suas homenagens aos orixás, os rituais em sigilo, este fato ficou conhecido como xangô rezado baixo. Outra consequência do quebra foi a retirada dos terreiros da capital para o interior, evitando a perseguição e a punição.

         Os atos de intolerância religiosa com o povo de santo permanecem e apesar da sociedade nos dias atuais  ter mais acesso à informação através da mídia, recursos tecnológicos, e bibliográfico sobre o assunto, o racismo com relação a religiosidade permanece, sobretudo, praticado por pessoas de religião diferente, que é o caso por exemplo, os protestantes, usando como argumento principal de que as religiões afro- brasileira são satânicas e que os orixás como a pomba-gira é o próprio demônio, de acordo com alguns protestantes os candomblecistas visam apenas o mal das pessoas, realizam trabalhos de feitiçaria “macumba” para destruir o outro. Essas mesmas pessoas que difamam o candomblé, se quer procuram ter um conhecimento mínimo do que de fato é a religião.

JUSTIFICATIVA

        Este trabalho é de grande relevância, pois trata-se de um estudo historiográfico alagoano, em virtude do fato ocorrido no ano de 1912, em que os membros de cultos afro brasileiros sofreram grande repressão em relação a sua religiosidade. Devido a disputa de poder entre a oligarquia Malta e Bastos.  

        Sobre a escolha do tema de pesquisa, que por sinal não foi a primeira opção, já que tive interesse no início de minha graduação na história indígena, com ênfase na religião e rituais indígenas, mas, ao ser transferida do campus de Palmeira dos índios, para o campus de Arapiraca, esse que aborda vários temas sobre negritude, me identifiquei com o tema sobre a religiosidade afro-brasileira. Durante o evento Negritude e resistência que acontece todos os anos no mês de novembro organizado pelo professor doutorando Clébio Araújo, docente da Universidade Estadual de Alagoas_ UNEAL, e do grupo de pesquisa (NEAB) NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIRO.         E através do discurso do pai de santo Alex, um dos palestrantes do evento, tive a percepção do quanto a religião e cultura dos afrodescendentes é desvalorizada e mal interpretada, inclusive por alguns discentes da universidade. Esses seminários realizados pela UNEAL serviram para ampliar meus conceitos e para me afirmar que sou capaz de desempenhar um papel fundamental durante a realização desta pesquisa.

        A temática, nos traz algo recém explorado no que diz respeito às práticas de intolerância ou de racismo religioso devido as quantidades de produção literárias com essa linha de pesquisa. Um exemplo é da autora Irinéia Maria Franco dos Santos, com a tese de doutorado e o livro publicado o axé nunca se quebra, da editora edufal, no qual ela faz sua pesquisa sobre as religiões afro-brasileira em São Paulo e Maceió. Outro autor que merece destaque é Ulisses Rafael, que trata sobre o tema, Raquel Rocha, Douglas Apratto. Estes colocam a quebra do Xangô, não apenas como uma questão religiosa, como também uma disputa de poder entre o Governador do Estado de Alagoas e a oposição liderada por Fernandes Lima, que resultou na destruição de vários terreiros e artefatos religiosos de matrizes africanas.

PROBLEMA:

Como o Episódio quebra de Xangô repercutiu política e religiosamente no contexto alagoano.

HIPOTESE:

É que a igreja Católica e as demais interferem na religiosidade afro, principalmente em Alagoas.

OBJETIVOS GERAIS:

Identificar os reflexos do quebra de xangô na sociedade alagoana

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

  1. Elencar fatores políticos e religiosos responsáveis pelo episódio.
  2. Reconhecer a oligarquia Malta como elemento principal para a eclosão do episódio.

ELABORAÇÃO DO TEXTO:

1° PARTE

Contexto sócio cultural de Alagoas no contexto brasileiro nos primórdios do século XX

2° PARTE

A Oligarquia em Alagoas: destaque dos Maltas

3° PARTE

O início da segunda década do século XX em Alagoas: O quebra de xangô e seus reflexos.

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