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Idependência Do Brasil

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Por:   •  19/6/2013  •  4.794 Palavras (20 Páginas)  •  257 Visualizações

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Artigo

O Processo de Independência do Brasil e a Construção da Cidadania brasileira

Artigo

O Processo de Independência do Brasil e a Construção da Cidadania brasileira

RESUMO: O presente artigo trata do processo de Independência do Brasil tendo como ênfase a contribuição da jovem imprensa brasileira parar o desencadeamento do mesmo e, consequentemente, o afastamento do povo e o lento processo de conscientização e formação de uma cidadania no País. O que deveria ser a constituição de uma autêntica esfera pública de poder acabou limitadas e reorientadas em função das circunstâncias da época, impedindo que se criasse uma verdadeira noção de cidadania no país. Verifica-se, portanto, que cidadania e participação política em uma esfera verdadeiramente pública de poder são processos de construção lenta, ainda mais em países como o Brasil, envolvido desde seus primórdios pela exclusão que a grande propriedade e a escravidão asseguraram.

Palavras-chaves: Independência. Imprensa. Participação social. Cidadania. Estado

ABSTRACT: The present article treats of the process of Independence of Brazil tends as emphasis the youth's contribution it presses Brazilian to stop the desencadeamento of the same and, consequently, the removal of the people and the slow understanding process and formation of a citizenship in the Country. What should be the constitution of an authentic public sphere of being able to it ended limited and reoriented in function of the circumstances of the time, impeding that if it created a true citizenship notion in the country. It is verified, therefore, that citizenship and political participation in a sphere truly public of being able to they are processes of slow construction, still more in countries as Brazil, involved since your beginnings by the exclusion that the great property and the slavery assured.

Key-words: Independence. Press. Social participation. Citizenship. State

Introdução

Tratar do processo de Independência do Brasil é incorrer a várias tentativas de compreender um processo tão polêmico na historiografia brasileira porque suscita questões que durante muito tempo não foi discutido já que foi um processo de luta que em muitos casos é tido como elitista e conservador em outros como um ambiente de lutas que envolveu a sociedade de modo geral enquanto alguns preferem vê-la num contexto mais amplo de nível internacional. De qualquer forma cabe aqui destacar o papel da sociedade brasileira, embora de forma tímida, a presença da Jovem (vale ressaltar o adjetivo) Imprensa brasileira e o processo de construção da cidadania brasileira foco principal nessa discussão.

A Ideologia do estado Escravista

Joaquim Nabuco dizia no século 19 que escola e senzala eram pólos que se repeliam. Hoje se pode dizer que a escola e a desigualdade se repelem. São resultados de pesquisa: a escola melhora a percepção dos direitos, aumenta o senso crítico, incentiva a participação política, melhora a qualidade do voto. Educar o povo é perigoso. Basta educar a elite. Os colonizadores portugueses criaram essa regra, os colonizadores internos a consolidaram.

Isto lembra o peso fundamental do passado histórico. Se resgatá-lo, em alguns casos, para justificar a impotência no presente, como ele também aponta, pode significar apenas uma modalidade de conivência, em outros, pode representar, quando o olhar é crítico, a possibilidade de revelar mecanismos que marcaram a sociedade brasileira por séculos. Afinal, vivemos num país com uma enorme dificuldade de se construir por meio da cultura, porque a educação, como ressaltado, foi quase sempre considerada uma atividade acessória, destinada unicamente a fornecer o ornamento necessário para distinguir uma minúscula elite da enorme massa de destituídos. Cidadania e participação política em uma esfera verdadeiramente pública de poder são processos de construção lenta, ainda mais no Brasil, herdeiro de cinco séculos de latifúndio e de quase outro tanto de escravidão.

Pensar e repensar a história – e também ensiná-la, como um exercício de reflexão e de crítica – constitui, por conseguinte uma atividade fundamental. Se a história consiste, como quer Duby (1980), no estabelecimento de correlações, ensiná-la implica despertar o aluno para a percepção do presente como o intercruzamento de durações diferenciadas, ampliando a leitura do universo social para além dos fatos mais imediatos do cotidiano. Para fazê-lo, nada melhor que reconsiderar aqueles episódios cuja interpretação se cristalizou com o tempo, sob a forma de visões estereotipadas, construídas em outros momentos, para atender a outros interesses. Como ocorreu com a Independência de 1822.

Sob esta ótica, as linhas a seguir procuram analisar a conjuntura da Independência do Brasil como uma tentativa de implantar novas ideias e práticas políticas quanto ao relacionamento do indivíduo e da sociedade com o Estado, por intermédio da imprensa, que poderiam ter resultado na constituição de uma autêntica esfera pública de poder, mas que acabaram limitadas e reorientadas em função das circunstâncias da época, impedindo que se criasse uma verdadeira noção de cidadania no país.além disso não podemos esquecer que para corroborar com isso existiam:

- O Partido Português, que agrupava altos comerciantes e militares portugueseligadosaosantigosinteressescoloniais.EssegrupochegavaadefenderumapartedapropostapolíticadaRevoluçãodoPorto,que preten-dia a volta do Brasil à condição de colônia;

- O Partido Brasileiro, setor político que liderou e atuou na luta pela independência do Brasil formado por grandes fazendeiros e também por comerciantes brasileiros escravistas e ingleses beneficiários da política econômica liberal da abertura dos portos. À medida que cresciam as pretensões das cortes portuguesas de recolonizar o Brasil, crescia no seio do partido a idéia de emancipação política como única solução para a crise. Um dos mais importantes líderes desse partido foi José Bonifácio, grande comerciante, mas principalmente um ativista político, tanto durante o longo período em que viveu em Portugal quanto no Brasil. O Partido Brasileiro era bastante conservador se comparado ao grupo dos radicais liberais, de certa forma ligados ao partido em várias reivindicações:

-Os

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