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Ilumismo Ou Barbarie

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Por:   •  10/3/2015  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  169 Visualizações

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Falarei nesse texto dos vários conceitos que são dados por pensadores a cerca dos conceitos de iluminismo e modernidade, é importante rever essas definições para tentarmos entender as mudanças sociais rápidas e profundas que são responsáveis pelas crises sociais, e pelo conformismo do individuo quando este perde completamente sua autonomia racional, social econômica e política.

Fatores linguísticos são decisivos na produção historiográfica, pois as ações de linguagem são mediadores do historiador e da historia passada, segundo kosselleck a conceitualização dos movimentos do tempo moderno indicam as mudanças ocorridas no âmbito social e político onde se dão como elementos linguísticos da formação da consciência , onde essa consciência faz-se entender o tempo moderno como momento de transição.

As ações linguísticas para o historiador que pretende tentar analizar a semântica dos conceitos de movimento dos tempos modernos , são importantes porque articulam a linguagem das fontes .

Segundo kosseleck para conceitualizar um período é necessário que decorra certo tempo, esse tempo seria o final do período moderno, no decorrer deste período este era um momento de transição onde o novo se opunha ao antigo, era um momento de mudança e de novos conceitos, há o reconhecimento do tempo novo quando este tempo é comparado com o período passado em seu tempo fixo, quando o período moderno se fecha este então se consolida como uma época. A gênese que compreende melhor o modernismo se descreve em duas expressões: renascimento e reforma, onde há um processo de articulação que os tempos médios aos tempos modernos onde se descobre qual foi a evolução ocorrida no intervalo entre esses tempos. No sentido universal da historia nova, esta começa com a reforma da igreja ,e essa reforma se torna um período fechado no século XVII .o tempo novo então se designa como momento de mudança e transição pois com a reforma , contra reforma, com o renascimento que redefine conceitos e liberta-se da metáfora do nascer para se tornar uma época, este momento também significa que o atual se opõe ao passado , onde o novo é melhor que o antigo, esses significados e definições se impõem como consciência histórica na era do iluminismo.

Segundo Rouanet em sua obra “iluminismo ou barbárie” a civilização moderna esta em crise pois , todos os elementos que conceituam a modernidade estão sendo sabotados em suas praticas e ideias, a universalidade, individualidade e autonomia.

O projeto da modernidade é civilizatório, mas com tal crise podemos ver que o que esta sendo posto em pratica é um projeto antimoderno, onde o universalismo é particularizado nem todos são iguais nos direitos e deveres, nem perante a lei, a maioria são marginalizados por sua etnia, religião e posição social, e a minoria é responsável por essa marginalização. O individualismo que deveria submergir o individuo do conformismo para que este tenha autonomia racional para pensar por si mesmo, passa a telo como dependente da sociedade de consumo, sendo quase que obrigado a ter uma crença e passar a viver sobre padrões sociais tradicionais pré-estabelecidos.

O iluminismo segundo Rouanet diferente de kosseleck, não é uma época nem um movimento e sim uma construção de ideais que nasceu no século XVIII, onde se buscava a emancipação do individuo como ser social livre de ações e praticas pré-estabelecidas e firmadas pelos poderes absolutistas, para o iluminismo todos eram iguais independente da nacionalidade ou cultura, reafirmando a igualdade e o direito de todos principalmente do proletariado.

O ponto culminante da ilustração é a autonomia intelectual, pois para o projeto civilizatório o objetivo básico era libertar a razão do preconceito, desencantando a inteligência humana da autoridade religiosa e secular, mas a preocupação central do iluminismo era a autonomia econômica, Rouanet para falar deste ponto central, cita Rousseau pois segundo esse pensador, deveria se estabelecer uma ordem social onde todos pudessem ter mais igualdade de acesso a moradia , alimentação e vestuário,liberdade também seria igualdade.

Para Rouanet a ideia iluminista foge ao relativismo por ser uma construção de ideais que transcendem na historia.

Tratada por kosseleck como um momento de oposição, transição e época, em que nos reconhecemos o tempo moderno, em Latour nos seus escritos “jamais fomos modernos” o autor questiona a existência da modernidade e também questiona se já fomos modernos, ao fazer essa análise ele parte da constituição moderna, já que para ele há uma separação moderna entre mundo natural e social onde estes tem o mesmo caráter constitucional, pois quando separamos os poderes naturais e políticos deixamos de ser modernos.

Quando Boily o cientista e Bobbes o cientista político discutem a respeito da repartição dos poderes científicos e políticos, Latour consegue descrever melhor sobre a elaboração da constituição, baseado nas discussões e experimentos dos cientistas o autor conclui que o mundo moderno jamais existiu sendo que este nunca obedeceu as regras da constituição, ele enfatiza bastante o fato de achar quer nunca fomos modernos pois é a constituição que determina o vamos aprender em torno das nossas experiências.

Se levarmos em consideração o paradoxo moderno entre o mundo natural e social estaremos levando em consideração os híbridos que estão em contravenção entre natureza e cultura, pois o mundo natural é construído pelo homem e o social pelas coisas.

Em suma Latour defende a posição de purificação dos híbridos, vigilante da constituição, que análise o que ela tem de melhor e para oferecer, o que ela proíbe,

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