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Karl Marx (1818-1883)

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Por:   •  13/6/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.097 Palavras (13 Páginas)  •  365 Visualizações

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Karl Marx (1818-1883)

Herdeiro do ideário iluminista, Marx acreditava que a razão era não só um instrumento de apreensão da realidade, mas, também, de construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos. As experiências do desenvolvimento tecnológico e as revoluções políticas inspiraram sua crença no progresso em direção a um reino de liberdade. Seguem-se os fundamentos conceituais e metodológicos de parte de suas obras:

Dialética:

Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética para Marx e Engels cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação e superação de uma determinada ordem. Eles veem nas contradições a força necessária para se fazer as mudanças sociais e históricas. Para eles, um fato social deve ser submetido a critica de modo que suas potencialidades possam ser reveladas e, assim, atualizadas numa forma mais evoluída. Seria assim um processo de “negação da negação” - (tese, antítese e síntese).

Materialismo Histórico:

Para Marx o ponto de partida para o entendimento da história da humanidade “são os indivíduos reais, a sua ação e as suas condições materiais de existência, quer se trate daquelas que encontrou já elaborada quando do seu aparecimento, quer das que ele próprio criou.” Esse método de abordagem da vida social foi denominado mais tarde como materialismo histórico. De acordo com tal concepção, as relações materiais que os homens estabelecem, o modo como produzem seus meios de vida, formam a base de todas as suas relações. Ou seja, “a forma como os indivíduos manifestam sua vida reflete muito exatamente aquilo que são. O que são coincide com sua produção, isto é, tanto com aquilo que produzem como com a forma como produzem. Aquilo que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção”.

Todo fenômeno social ou cultural é efêmero e a análise da evolução dos processos econômicos e de produção de conceitos deve partir do reconhecimento de que as formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são transitórias e históricas.

Produção e Reprodução:

Na busca de atender suas carências, os seres humanos produzem seus meios de vida. É nessa atividade que recriam a si próprio e reproduzem sua espécie num processo que é continuamente transformado pela ação das sucessivas gerações. A premissa da analise marxista da sociedade é, portanto, a existência de seres humanos que, por meio da interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem a sua vida material.

“Para viver é necessário beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se, etc. O primeiro fato histórico é, pois, a produção dos meios que permitem satisfazer essas necessidades, a produção da própria vida material”. Portanto, ao produzir os meios para prover-se do que precisam, os homens organizam-se socialmente, estabelecem relações sociais, através das quais intervêm conscientemente na natureza. Ademais, o ato mesmo de produzir gera novas necessidades, o que significa que estas não são simples exigências naturais ou físicas, mas históricas, produtos da existência social.

Na busca de controlar as condições naturais, os homens criam novos objetos os quais se incorporam ao ambiente natural, modificando-o, e passam às mãos das próximas gerações. Isto possibilita que o desenvolvimento social se dê a partir dos níveis anteriormente alcançados. É por meio dessa ação que o homem humaniza a natureza e também a si mesmo. Ou seja, o processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é, para Marx, a principal atividade humana aquela que constitui sua história social; é o fundamento do materialismo histórico, enquanto método de análise da vida econômica, social, política, intelectual.

Forças Produtivas e Relações Sociais de Produção:

Para Marx, a forma de uma sociedade depende do estado de desenvolvimento social de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes.

As forças produtivas são o resultado da energia prática dos homens, mas essa mesma energia está determinada pelas condições em que os homens se encontram colocados, pelas forças produtivas já adquiridas, pela forma social anterior a eles, que eles não criaram e que é produto da geração anterior. Dessa forma, é criada na história dos homens uma conexão, uma história da humanidade. As noções de forças produtivas e de relações sociais de produção estão interligadas e a mudança em uma provoca a mudança em outra.

Força Produtiva: conceito que remete a ação dos homens sobre a natureza, o qual busca.

Apreender o modo como àqueles obtêm os bens de que necessitam por meio da tecnologia, da divisão técnica do trabalho, dos processos de produção, dos tipos de cooperação, da qualidade dos seus instrumentos, das matérias-primas que conhecem ou de que dispõem, de suas habilidades e conhecimentos. No entanto, o trabalho não é uma atividade isolada, ao produzir, os homens entram em contato uns com os outros, e essa interação lhes confere, além da dimensão natural enunciada na relação homem/natureza, uma dimensão social. Segue-se que um determinado modo de produção ou estágio de desenvolvimento industrial se encontra permanentemente ligados a um modo de cooperação ou a

um estado social determinado, e que esse modo de cooperação é ele mesmo uma “força produtiva”.

Relações Sociais de Produção: são compostas pelas formas estabelecidas de distribuição

dos meios de produção e do produto, ou as leis que regulam tal apropriação e pelo tipo de divisão social do trabalho, expressam como os homens se organizam socialmente para produzir. “as relações sociais são para Marx relações de produção” – frase marcante de Marx.

Infraestrutura: é o conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção. É a base sobre a qual se constituem as demais instituições sociais.

Superestrutura: na produção da vida social os homens geram também outra espécie de

produtos que não têm forma material e que vêm a serem as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico,

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