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Luxo e Ostentação Oriundos do Trabalho Escravo

Por:   •  26/10/2017  •  Artigo  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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Luxo e ostentação oriundos de trabalho escravo

                                                                          Jean Antonio do Carmo

Atualmente com a globalização desenfreada, a ganância e a vontade de obter maiores lucros acima de tudo têm feito com que muitas empresas multinacionais deixem seus países de origem e se instalem em países com uma legislação trabalhista mais flexível, onde possa explorar a mão de obra barata, e onde a fiscalização seja mínima ou que possa ser negligenciada.

        Empresas como Coca Cola, Philip Morris, Abercombe & Fitch, Nike, Hershey´s, Apple e Nestlé, vem se instalando em países como Uzbequistão, Vietnã, indonésia e índia e outros países dos chamados Tigres asiáticos pois nestes países o próprio governo incentiva o trabalho de menores de idade e propõe legislações que favoreçam as grandes corporações econômicas.

         Neste artigo será retratado como que por traz do luxo de grandes marcas, há uma grande parcela da população mundial que sofre, com maus tratos, meios de trabalhos que chegam a ser enquadrados em trabalhos escravos, o trabalho infantil que este é o mais utilizado por empresas como Nike em suas fabricas nos países asiáticos. De acordo com Honor de Almeida Neto,

 O SCF (Save the Children Fund) aponta para o fato de empresas ao sentirem necessidade de reduzir custo operacional como forma de vencer a competitividade internacional, acaba aumentando a demanda de trabalho barato e não regulamentado, como o das crianças. Com o objetivo de atrair o investimento estrangeiro e estimular a competitividade da indústria nacional, legislações trabalhistas vigentes, inclusive referentes ao trabalho infantil, vêm sendo tomadas sem efeito ou não cumpridas deliberadamente. A liberalização do comércio e a crescente internacionalização da produção têm gerado novos mercados para a mão-de-obra não qualificada e barata, incluindo a infantil. (NETO, 2007. p. 93).

Uma das maiores empresas de valor de mercado do mundo a Apple foi denunciada em 2012 pelo New York Times, por contratar uma empresa chinesa chamada Foxconn Tecnologia, para produzir componentes de seus Iphones. Esta empresa é acusa de abusar de seus empregados utilizarem Jornadas de trabalho exaustivas, emprego de menores de idade e total desrespeito pelas normas de segurança no trabalho, que resultou até em mortes.

Na época para limpar a sua barra a marca garantiu que encerraria o contrato com a empresa chinesa e que inspecionaria todas as suas  fabricas que fazem parte da cadeia de suprimento de seus produtos, mas parece que o combate ao trabalho escravo não fez muito efeito pois em 2016 no lançamento de novo Iphone 6, outra denuncia contra trabalho escravo surgiu, fazendo com que ela logo se desligasse desta nova empresa acusada, e a fim de limpar sua imagem alegou que tem empenhado 2 milhões de dólares no combate ao trabalho escravo.

Já a Nike, maior fabricante de calçados do mundo é acusada de trabalho infantil e de trabalho escravo há anos após a revista Life divulgar, em 1996, foto de um paquistanês de, apenas, 12 anos de idade costurando uma bola de futebol da multinacional. Para limpar a sua imagem a Nike vem lutando desde então para mostrar aos seus consumidores que oferece um lugar digno e salários relativamente bons para seus funcionários, mas a imagem da Nike não tem melhorado muito e já é sinônimo de trabalho infantil, e segundo a Sweat Team uma coalizão formada por trabalhadores, consumidores e investidores, luta para acabar com as práticas de trabalho desumanas patrocinadas pela Nike e continua denunciando, sem descanso, os abusos que acontecem até hoje nas fábricas em que os produtos da multinacional são montados.

Querendo acabar com a exploração infantil na áfrica jornalista dinamarquês Miki Mistrati denunciou a utilização de crianças nas plantações de cacau em seu documentário “O lado negro do chocolate”. Quando questionadas sobre os fatos, empresas beneficiadas com essa situação tais como Nestlé, Hershey´s e Kargill, entre outras, se recusaram a dar qualquer declaração. Estas se limitaram a emitir uma nota conjunta na qual declaravam, entre outras coisas, que nos últimos nove anos investiram – todas juntas, vale ressaltar – 6 milhões de euros em programas de assistência.

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