Mesopotâmia, Sumérios, Babilônicos, Assírios E Caldeus.

RESUMO

A Idade Antiga se caracteriza pelo surgimento das primeiras civilizações. É resultado da evolução social, organizacional e tecnológica do homem impulsionada, notadamente, após a revolução agrícola do período Neolítico (pré-História), no qual o homem se fixou de vez à terra e começou o processo de domínio da natureza. A Mesopotâmia é a região da Ásia Menor que está compreendida entre os rios Eufrates e Tigre, onde predominam condições semelhantes ao Egito, pois os dois rios fornecem facilidades excelentes ao transporte de mercadorias, à irrigação das terras, além de aves ribeirinhas e peixes em abundância. Civilizações como a dos Sumérios, Babilônicos, Assírios e Caldeus, são alguns dos povos que lutaram e viveram na denominada região.

Palavras chaves: Mesopotâmia, Sumérios, Babilônicos, Assírios e Caldeus.

1. INTRODUÇÃO

Desde o final do período glacial até que surgissem as civilizações da Grécia e Roma, as sociedades mais avançadas viveram no Oriente Médio. Foi nesta localização que se produziu a transição fundamental da caça e da colheita para a agricultura, onde se ergueram os primeiros templos e as primeiras cidades, onde pela primeira vez se trabalhou o metal, se escreveu e apareceram os reinos e impérios. O coração do Oriente Médio foi a Mesopotâmia, hoje Iraque, e suas férteis planícies regadas pelos rios Tigre e Eufrates.

O presente estudo, realizado a partir de referências bibliográficas, com livros, revistas, materiais impressos e midiáticos, que de acordo com Gil (2002) é uma pesquisa a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, pretende-se discorrer sobre os principais povos que ocuparam a região da Mesopotâmia situada entre os rios Tigre e Eufrates que foram: Sumérios, Babilônicos, Caldeus e Assírios.

A região da Mesopotâmia por estar localizada entre dois rios possuía um solo muito fértil, o que proporcionava condições ideais para o desenvolvimento da agricultura bem como a pesca e a pecuária. A região era constituída por várias aldeias, que devido ao crescimento populacional, foram tornando-se cidade-estado, com essa necessidade de organização social o poder tornou-se centralizado.

A partir da evolução desse novo modo de vida em sociedade os habitantes precisaram ir se adaptando aos problemas que a vida em sociedade lhe ofereciam e como essa região foi a primeira com tal modelo de sociedade, os povos ali viventes não dispunham de outros mundos que pudessem usar de exemplo para a construção de seu próprio modo de vida (como fizeram os egípcios), motivo pelo qual a urbanização da região foi tão demorada tendo que esperar mais de quatro milênios. (GARBIBI, 1966, p. 52)

De forma geral, a região da Mesopotâmia, organizou-se de forma autônoma, com impérios independentes, o que ocasionou uma história repleta de turbulências como invasões, explorações e instabilidade política.

2. PRINCIPAIS POVOS DA REGIÃO MESOPOTÂMICA

2.1 SUMÉRIOS

Foram os primeiros a se fixar na Mesopotâmia. Vieram da Ásia central, e dominou a região entre 3500 a.C e 2550 a.C. Destaca-se por seus grandes feitos na engenharia, que lhe permitiram irrigar pântanos e regiões secas, tornando possível o trabalho agrícola.

A denominação do nome sumérios vem de “ sumer” palavra que na língua desse povo quer dizer “sul” e refere-se à região da mesopotâmia habitada por ele.

Durante séculos os sumérios construíram diques e canais para irrigar e fertilizar a terra, onde eles cultivavam árvores frutíferas e cereais. Plantava-se também cânhamo, cujas fibras eram usadas para fazer roupas. Animais eram criados nos campos, e peixes nos diques. Essa civilização conseguiu transformar o lugar onde viviam para poder aproveitar do máximo o que a terra poderia fornecer.

Os terrenos da cidade eram divididos em propriedades individuais entre cada um dos cidadãos. Porém não era um estado forte e organizado, era comandado por um chefe supremo, as cidades-estados eram independentes umas das outras e comandadas pelo Patesi (rei e divindade) e por um sacerdote. Viviam sempre em conflito, hora uniam-se outras, guerreavam entre si.

Além da produção agrária dentro dessa civilização surgiram outras classes de trabalhadores, como construtores, artesãos, sacerdotes e escribas, convertendo-se assim em uma sociedade civilizada.

Os sumérios apresentaram uma das mais ricas e variadas tradições artísticas do mundo antigo, a base sobre a qual se desenvolveu a arte dos assírios e babilônios. Grande parte do que conhecemos da arte suméria procede das escavações das cidades de Ur e Erech. O aspecto dominante da arquitetura das grandes cidades era o templo-torre (zigurate). As fachadas com colunas tinham decoração de lápis-lazúli, conchas e madrepérola. Também eram produzidas jóias do mais delicado trabalho em ouro e prata, esculturas de cobre, cerâmica, gravuras e selos. Os sumérios trabalhavam bem a pedra e a madeira, e foram pioneiros na utilização de veículos com rodas (Gombrich, 2008 p. 74).

Esse povo era teocentrísta, ou seja, tinha como centro lógico de civilização e da vida o templo, e eram politeístas. No início o sumo sacerdote representava assim o deus, combinava os poderes políticos e religiosos. Mais tarde a autoridade política passou a ser representada pelo rei, desligando-o do templo.

2.2 BABILÔNICOS

O povo Babilônico se estabeleceu como refere-se o nome na cidade da Babilônia fundada por volta de 3800 a.C, à cidade era muito avançada para sua época, tinham um grande conhecimento de arquitetura, economia, arte, direito, agricultura. Os babilônios foram os pioneiros em relação à construção de uma constituição que regia a cidade, durante o reinado de Hamurabi,foi instituído o “código de Hamurabi” ou “ a lei de talião”,baseada no princípio “olho por olho,dente por dente”. O Código de leis babilônico atribuído a Hamurabi, daí código de Hamurabi, é um modelo de jurisprudência e da língua babilônica. Concebido há 37 séculos e reeditado em quase todas as civilizações do mundo. O Código legisla a partir da existência de três classes sociais distintas: os ricos, o povo e os escravos. Portanto o tratamento não era de igualdade todos perante a lei.

Os delitos contra os ricos é punido mais severamente, os escravos têm alguns direitos garantidos. O código garante grande independência da mulher em relação