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Neoclassicismo E Romantismo

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Por:   •  21/4/2014  •  1.144 Palavras (5 Páginas)  •  400 Visualizações

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O neoclassicismo surgiu em meados do século XVIII como uma rejeição ao rococó e ao barroco tardio. Os artistas neoclássicos queriam um estilo que conseguisse expressar idéias morais sérias, como, por exemplo, os conceitos de justiça, honra e patriotismo. Ansiavam por recriar o estilo simples e majestoso da Grécia e da Roma antigas. Alguns obtiveram êxito, mas o movimento padecia de certa falta de vivacidade, um espírito de estreiteza acadêmica.

O romantismo teve início no mesmo período, mas constituía-se numa abordagem que se relacionava mais ao moderno que o antigo e dizia respeito mais à espontaneidade e expressão que ao auto-domínio. Os artistas românticos não estabeleciam regras fixas acerca da beleza ou dos atributos de seus temas. O romantismo era, antes, uma postura criativa, um modo de vida.

Entre essas duas visões da arte, estendia-se um vasto abismo, e o debate entre neoclássicos e românticos foi longo e, às vezes, rancoroso. Ao final, porém surgiu como o movimento artístico dominante na primeira metade do século XIX.

No norte da Europa, a celebração fauvista da cor foi levada a novas profundidades emocionais e psicológicas. A partir de 1905, o expressionismo desenvolveu-se quase simultaneamente em países diversos. O alemão, em especial, caracterizado por cores intensas e simbólicas e imagens exageradas, tendia a abordar os aspectos mais sombrios e sinistros da alma humana.

Embora o expressionismo tenha adquirido caráter nitidamente alemão, o francês Georges Rouault (1871 – 1958) foi quem uniu os efeitos decorativos do fauvismo à cor simbólica do expressionismo germânico. Rouault foi colega de Matisse na academia de Moreau e expôs com os fauvistas, mas sua paleta e sua temática profunda o colocam como um dos primeiros expressionistas, ainda que isolado. A obra de Rouault tem sido descrita como “o fauvismo de óculos escuros”.

Rouault era muitíssimo devoto, e alguns o consideram o maior artista religioso do século XX. Começou como aprendiz de vitralista, e o amor a contornos severos que contenham cores radiantes dão vigor e enternecimento a suas pinturas de prostitutas e palhaços. Ele não julga essas desventuradas figuras, mas a extrema piedade com que as mostra causa poderosa impressão; assim, Prostituta no espelho é um libelo feroz contra a crueldade humana.

A mulher é uma caricatura de feminilidade, embora a pobreza ainda a leve a ataviar-se miseravelmente diante do espelho, na esperança de encontrar trabalho. O quadro, porém, não deprime; antes, oferece a esperança da redenção. Para Rouault, essa obra é, se não exatamente religiosa, pelo menos profundamente moral. Trata-se de uma triste versão feminina dos Cristos torturados que ele pintou, uma figura desacreditada, menosprezada e escarnecida.

A ponte para o futuro

A Brücke (Ponte) foi o primeiro de dois movimentos expressionistas que surgiram na Alemanha durante as primeiras décadas do século XX. O grupo formou-se em Dresden em 1905, e seus membros encontravam inspiração na obra de Van Gogh e Gauguin e na arte primitiva. Munch também era forte influência, tendo exposto em Berlim a partir de 1892. Ernst Ludwig Kirchner (1880 – 1938), o espírito condutor da Brücke, queria que a arte alemã fosse uma ponte para o futuro. Insistia para que o grupo, no qual se incluíam Erich Heckel (1883 – 1970) e Karl Schmidt-Rottluff (1884 – 1976), “expressasse convicções intimas [...] de modo sincero e espontâneo”.

Os fauvistas, mesmo em seus momentos mais desenfreados, conservavam um sentido de harmonia e projeto, mas a Brücke abandonou tal freio. Seus integrantes usavam imagens da cidade moderna para comunicar com figuras e tons distorcidos a idéia de um mundo hostil e alienante.

É o que Kirchner faz em Cena de rua berlinense, onde as cores estridentes e a histeria cortante de sua visão lampejam inquietantemente.

Muitas vezes, a arte de Kirchner transmite poderosa sensação de violência, uma violência contida com dificuldade. Emil Nolde (Emil Hansen, 1867 – 1956), que durante breve período esteve ligado à Brücke, era mais intensamente expressionista e, durante grande parte de sua carreira, trabalhou em isolamento. O interesse pela arte primitiva e pela cor sensual levou-o a pintar algumas obras notáveis em que vemos energia dinâmica, ritmos simples e tensão visual. Com dramáticos entrechoques de cores contundentes, era capaz até de iluminar os pântanos da Alemanha onde nascera. Mas Entardecer não é mero drama: a distância, a luz brilha

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