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O Brasil Na Rota Do Oriente

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Por:   •  23/6/2014  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  654 Visualizações

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O BRASIL NA ROTA DO ORIENTE

Ano de 1500: debruçada sobre as águas do Tejo, estendia-se a ensolarada Lisboa. (pg.6) erguia-se o Castelo: sólido bloco de pedras há lembrar os tempos em que os mouros ameaçavam os muros da capital do Reino. (pg.6). Junto ao rio erguia-se a imponente torre do Paço da Ribeira, edifício irregular, de varias dependências subordinada ás instalações do rei, que ali passou a residir em 1503. (pg. 6). Sob os arcos do Rossio, outra peça importante, ponto de transição entre a cidade e o campo, há muito se vendiam alimentos sobre tabuleiros. Os gritos dos vendilhões de ovos, peixe fresco, água ou pão, enchiam o ar. (pg. 6).

Nas águas turvas e calmas do rio desfilavam tanto embarcações transportando alimentos dos arredores, quanto barcos enfeitados, nos quais músicos embalavam a conversa dos bens- vestidos membros da corte de d. Manuel I. (pg. 7). Quem era essa gente que mudaria o mundo? As tripulações apresentavam, desde o século XV, um leque de marinheiros de idiomas e origens diferentes. Entre os portugueses, era comum a presença de escravos negros. (pg.7). No imaginário da época, esses marinheiros eram visto como “criminosos da pior espécie”, Cujas penas por decapitação ou enforcamento podiam ser comutadas pelo serviço marítimo. (pg.7). Os pobres embarcados dependiam da generosidade de um capelão para arranjar-lhes roupas com as quais pudessem se cobrir. Outros procuravam um capitão rico, capaz de provêlos de “vestidos e camisas bastantes” para os meses que ficavam longe da terra natal. (pg.7).

O banho a bordo era impossível. Alem de não existir este habito de higiene, a água potável era destinada ao consumo e ao preparo de alimentos. Nas pessoas e na comida, proliferavam todos os tipos de parasitas: piolhos, pulgas e percevejos. (pg.8). Os fluxos de ventre, para os quais não havia cura, ceifavam indivíduos já desidratados e desnutridos. (pg.8). A fome crônica e a debilidade física colaboravam para a morte de uma parcela importante de marinheiros. (pg.8). Alem de escassos, os alimentos muitas vezes estragavam antes mesmo de começar a viagem. Armazenados em porões úmidos, se sobreviviam ao embarque, apodreciam rapidamente ao longo da jornada. (pg.8).

Oficiais mais graduados ficavam com os produtos que estivessem em melhores condições, muitas vezes vendendo-os numa espécie de mercado negro a outros viajantes famintos. Grumetes e marinheiros pobres eram obrigados a consumir “biscoitos todo podre de baratas, e com bolor muito fedorento e fétido”, entre outros alimentos em adiantado estado de decomposição. (pg.9). Muitos matavam a sede com a própria urina. Outros preferiam o suicídio a morrer de sede. (pg.9).

Na realidade, a dramática situação dos navegadores não diferia muito da enfrentada pelos camponeses em terra firme. Um trabalhador que cavasse de sol a sol, sete dias por semana, não ganhava mais do que dois tostões por dia. (pg.9). O sonho com o império das especiarias era um alento e uma possibilidade num quadro de miséria e desesperança. (pg.9). Mas que sonho seria esse? No dia 29 de agosto de 1449- data usualmente aceita -, depois de dois anos e dois meses de viagem, Vasco da Gama chegava a Lisboa. (Pg.9). Ao longo da viagem tomara contato com o mundo muçulmano da costa oriental da África, onde hábeis mercadores controlavam inteiramente o comercio. (pg.9).

Durante três meses, Vasco da Gama contabilizou algo em torno de 1.500 embarcações árabes nos portos da Índia. Decidiu então encontrar-se com o rei de Calicute, o “Senhor dos Mares”, o Samorim. No dia 28 de agosto de 1498, transportado em palanque decorado e escoltado por dois mil guerreiros, o navegador foi aclamado por músicos e homens e mulheres de pele morena, vestidos com finos e coloridos algodões. (Pg. 10). O cerimonial desenrolou-se com luxo até os portugueses serem introduzidos ao Samorim: recostado a um divã de veludo verde, ele tinha o torso envolto em enormes colares de perolas, os cabelos, os punhos e as mãos cobertas de jóias. (Pg.10). Cordial e espetacular, a entrevista encerrou-se com um convite para que uma delegação de embaixadores o acompanhasse em seu retorno a Portugal. (Pg.10).

Sem a assinatura de qualquer tratado comercial consistente, a data de partida foi Acordada para o dia 5 de outubro, antes que soprassem os chuvosos ventos de monção. O retorno foi marcado por dificuldades decorrentes do desconhecimento que os portugueses tinham das correntes

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