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O Movimento Pela Libertação dos Presos do Araguaia

Por:   •  3/7/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.018 Palavras (5 Páginas)  •  509 Visualizações

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Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Instituto de Ciências Humanas

Colegiado de História

Discente: Luciana Souza Vaz

E-mail: luhvaz@unifesspa.edu.br

O MOVIMENTO PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS NO ARAGUAIA NO CONTEXTO DA DITADURA CIVIL-MILITAR

Pré-projeto de pesquisa apresentado ao Grupo de Pesquisa Laboratório Social da Amazônia.

Orientador: Fábio Tadeu de Mello Pessoâ

Marabá-PA

  1. TEMA:

O MOVIMENTO PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS NO ARAGUAIA NO CONTEXTO DA DITADURA CIVIL MILITAR

  1. INTRODUÇÃO

O Movimento Pela Libertação dos Presos no Araguaia (MLPA) surgiu em 1981, a partir da prisão dos 13 posseiros e de dois padres franceses, Aristides Camio e Francisco Goriou, acusados de serem subversivos. Essa identificação pressupõe uma análise acerca movimento no contexto da ditadura civil-militar, bem como as suas diversas formas de atuação, a exemplo a criação de um boletim informativo que relatava as denúncias de repressão que os religiosos e camponeses sofriam, particularmente na região do Araguaia.

Os camponeses inseridos neste contexto contavam com o apoio dos religiosos para lutarem ocupando as terras ou resistindo nas terras já ocupadas. Entretanto, os fazendeiros chamavam a igreja de “Facção” e a acusavam os padres de serem os incentivadores daquela revolta, pois não acreditavam que eles agiam por si próprios.

O movimento ganhou corpo com a adesão de grande número de entidades populares, algumas lideranças de Igrejas Evangélicas com a Anglicana, a Luterana (IECLB) e a Metodista, passando a organizar-se oficialmente como Movimento Pela Libertação dos Presos do Araguaia (MPLA). (Rivaldo CHINEM. Sentença: padres e posseiros do Araguaia, p. 20)

Além da criação do boletim que servia para que os militantes entendessem o pelo que lutava, o MPLA fazia manifestações, notas de repúdios contra a prisão dos padres e organizavam palestras e ainda pediam a população para enviarem cartas ou telegramas pedindo a libertação dos presos. Foi tão intensa a atividade do MPLA que incomodou algumas organizações políticas em Belém, então começaram as ameaças para amedrontar os militantes.

Desse modo, a pesquisa pretende ressaltar que o movimento ali surgido tem relação identitária definida a partir do compromisso com a realidade amazônica vivenciada naquele momento, reportando as lutas em prol da libertação dos presos, reforma agrária radical e imediata e contra a Lei de Segurança Nacional.

  1. OBJETIVOS

Objetivo geral

O objetivo central da pesquisa é discutir o surgimento MLPA, num contexto da ditadura civil-militar imposta em 1964, tendo como foco a prisão dos padres e posseiros presos. Entretanto, discutir as formas de atuação do movimento, potencializando a resistência e luta pela a terra e como a igreja contribuiu com o movimento.

Objetivos específicos

  • Discutir o MLPA, a partir das questões agrárias e religiosas;
  • Entender como o MPLA atuou em prol dos presos;
  • Buscar envolver a sociedade através da minha pesquisa, para conhecer a história da sua região.
  • Analisar as disputas da igreja em relação ao papel que na verdade cabia a CPT na questão dos conflitos agrários;

  1. JUSTIFICATIVA

 Amazônia é vista como uma região de fronteira, palco de conflitos, de alteridade e de resistências. Portanto, devemos conhecer a história da nossa região que é desconhecida por uma parte significativa da sociedade.

Com a minha pesquisa pretendo explorar e conhecer o contexto da ditadura militar e especificamente o MPLA, que foi muito pertinente para aqueles que sofreram com a repressão e acusações feitas pelos militares e que cada vez mais ia ganhando força e apoio de todo o Brasil e também do exterior.

O número de pedidos para a libertação dos presos do Araguaia já chegou a 410, dentre esses pedidos, 22 abaixo-assinados num total de 10.075 assinaturas. Esses foram os recebidos pelo MLPA e dirigidos ao Juiz-Auditor. Os pedidos são provenientes de todo o Brasil e exterior, quase todos em nomes de comunidades, movimentos e grupos. (Boletim de Nº8, abril de 1982)

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