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O PRÍNCIPE

Artigo: O PRÍNCIPE. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/5/2014  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  177 Visualizações

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UFF- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PUCG- POLO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DOS GOYTACAZES

CURSO: HISTORIA

DISCIPLINA: MODERNA I

RESENHA: O PRÍNCIPE- NICOLAU MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel foi um importante historiador da época do Renascimento. Maquiavel nasceu na cidade Italiana de Florença em 3 de maio de 1469, e morreu na mesma cidade em 1527. Maquiavel desde muito pequeno se interessou pelos estudos e aos sete anos já aprendia Latim, depois ábaco e língua Grega Antiga.

Maquiavel ingressou na vida pública aos 29 anos, se tornando secretário da segunda Chancelaria da República de Florença. Foi afastado da vida pública com a restauração da família Médici no poder, passando a se dedicar à produção de obras de análise política e social. Em 1505 escreve sua obra mais importante, O Príncipe, que foi publicado em 1513, aconselhando os governantes a governar e como manter o poder absoluto, mesmo que eles tivessem que fazer inimigos e usarem as forças militares. Nessa obra ele tenta resgatar o sentimento cívico do povo Italiano. Maquiavel escreveu outras obras como: A arte da guerra, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, entre outras.

O príncipe em princípio foi escrito em forma de carta, direcionada a Giuliano de Médici, que faleceu antes que Maquiavel a terminasse. Maquiavel viveu em uma época em que a Itália estava dividida em pequenos principados e países como a França e Inglaterra eram países unificados. A Itália nesse momento estava militarmente e politicamente fraca. Existia em alguns principados uma grande tirania.

Nos primeiros capítulos do livro Maquiavel fala sobre as diferenciações entre os Estados, como os Príncipes e essas Repúblicas têm que se adaptar as conjunturas históricas. Um dos pontos principais é quando ele diz que esses governantes devem contar com a virtude e com a fortuna para que o principado se mantenha.

No capítulo I Maquiavel descreve as formas de governo, que são principados ou República. Os Principados podem ser Hereditários ou Novos. Os Hereditários são quando seu sangue senhorial é nobre já há longo tempo, e os Novos, alguns realmente são novos e outros agregados ao Estado Hereditário.

No capítulo II Maquiavel fala dos principados, de como eles devem ser mantidos e governados. Segundo Maquiavel manter um Estado Hereditário é mais fácil do que manter um Estado novo, pois o povo já está acostumado com a cultura daquele príncipe, e que um príncipe que não insulta seus súditos é amado e bem visto por todos e que um príncipe natural tem menores razões para ofender seus súditos.

No capítulo III nos mostra que é nos principados novos, também chamados de mistos que estão as dificuldades. Fala que esse Estado não é totalmente novo pois ele é um membro anexado do Estado Hereditário, e que todos os principados novos apresentam uma dificuldade inerente. As pessoas em busca de melhorias, em busca de mudanças tendem a mudar de governantes, mas para Maquiavel isso é um engano.

Quando o Estado conquistado e anexado a um Estado Antigo é da mesma província e do mesmo Estado, é bem mais fácil mantê-lo dominado, principalmente se ele não estiver acostumado a viver em liberdade, e para estar seguro de sua dominação é necessário exterminar toda sua linhagem. E quem conquista e quiser mantê-los deve tomar as seguintes posições: fazer que a antiga linhagem seja extinta e não alterar nem suas leis e nem seus impostos, dentro de um curto prazo o principado conquistado passa a constituir um corpo com o principado antigo.

Quando se conquistam territórios com línguas, costumes e leis diferentes ocorrem muitos problemas e para conseguir manter a dominação é necessária muita boa sorte e habilidade.

Segundo Maquiavel os príncipes devem aliar-se aos mais fracos e tentar enfraquecer os mais fortes para evitar perigos próximos.

No Estado se os problemas forem reconhecidos com antecedência, característica de um homem prudente, a solução é rápida, mas se não forem reconhecidos de imediato e chegarem ao conhecimento de todos, não haverá mais solução.

Para Maquiavel a guerra só pode ser adiada, mas não evitada. Ele critica também a atitude do Rei Luis ao invadir uma colônia Italiana. Além de invadir a colônia ele conquistou dois terços da Itália toda, mas cometeu erros de estratégias políticas, deu força clero, e dividiu o reino com o rei da Espanha. Cinco erros cometidos por ele: Eliminou os menos fortes, aumentou na Itália o prestígio de um poderoso, colocou um estrangeiro poderoso no poder, não habitou a colônia tomada e não instalou colônias.

No capítulo V ele declara que os Estados tomados já estavam acostumados a viver com suas leis e em liberdade, existem três formas de conservá-los: o primeiro arruiná-los, o segundo habitá-los pessoalmente, e o terceiro deixá-los viver com suas leis, arrecadar tributos e criar no seu interior um governo de poucos para que se tornem amigos. Para se preservar uma cidade que se acostumou a viver livre só é possível por intermédio dos seus cidadãos. Ele cita como exemplo os romanos e os espartanos. Os espartanos conservam Atenas e Tebas criando um governo de poucos, mas perderam-nas. Os romanos para conservarem Cápua, Cartago, Numância, destruíram-nas, mas não as perderam. Quiseram conservar a Grécia como fizeram os espartanos, tornando-a livre e deixando-lhe suas próprias leis, mas não conseguiram, foram obrigados a destruir várias cidades daquela província para conservarem a Grécia.

Ao se conquistar uma cidade a única maneira segura de mantê-la conquistada é destruindo-na, porque uma cidade acostumada a viver livre se não for destruída, vai destruir, pois em nome do ideal de liberdade essas cidades sempre conseguiram apoio para rebeliões. Assim fez Pisa depois de cem anos submetida pelos Florentinos.

Mas quando as cidades ou províncias estão acostumadas a viver sob um principado, elas jamais saberão viver em liberdade, já se acostumaram a viver obedecendo, elas são mais fáceis de ser conquistadas pelos príncipes, pois são menos ágeis em questão de rebelião.

Em contrapartida, nas Repúblicas há mais vingança, mais ódio, por isso é preciso destruí-las imediatamente, não pode deixar vir sobre elas à lembrança da liberdade.

No capítulo VI, Maquiavel diz que os homens devem ir pelo caminho percorrido pelos grandes homens, e imitar os que foram excelentes, mesmo não conseguindo trilhar fielmente esse caminho alheio e nem alcançar a virtude de quem se imita, pelo menos vai conseguir tirar alguma vantagem, ter

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