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O Período Arcaico

Por:   •  1/4/2018  •  Resenha  •  2.131 Palavras (9 Páginas)  •  196 Visualizações

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Período arcaico

Sem dúvida o maior feito no período arcaico foi a criação da polis grega, e a mesma foi a base do desenvolvimento da civilização grega, a polis é definida como uma “comunidade autônoma politicamente”. Generalizações do tipo que toda urbanização está ligada ao desenvolvimento da polis são um tanto quanto grosseiras. Existiam especificações para que um centro urbanizado se tornasse uma polis, tais como, um local central onde se situassem os edifícios públicos e religiosos e locais onde se realizassem as reuniões dos cidadãos, a ágora. Uma cidade alta também era necessária como medida defensiva da comunidade, a acropóde.

Na medida que vai se consolidando o pensamento de comunidade, a cidade-estado vai tomando forma e também vai se definindo o estatuto do cidadão. E essa ideia pratica de comunidade igualitária e de democracia vão igualmente se solidificando. E com esses significados de a polis ser os cidadãos, a noção de escravo-mercadoria e a de estrangeiro ficariam mais nítidos. Escravidão e democracia se apresentam a partir dessa época com distinção ideológica. A medida que o cidadão grego vai se despedindo direto das atividades econômicas, como o trabalho no campo, para se dedicar as tarefas políticas, o mesmo vai sendo substituído por escravos.

        Com o crescente desenvolvimento da polis e da noção de cidadania provocou radicais mudanças na legislação, passando de domínio pré-direito ao do direito, as leis foram codificadas, tornando-se públicas. Esse processo de democratização custou os gregos grandes esforços e conflitos.

        Por ter poucas terras férteis e poder arbitrário nas mãos de poucos os gregos sofriam por várias crises e precisaram de maneiras para supera-las. A expansão e construção de colônias foi uma delas, as apoikia eram um tipo frequente de colonização onde um grupo de pessoas se estabelecia numa localidade com o objetivo de ali morar e tirar o seu sustento, algumas eram autárquicas, e outras precisam de nativos para ajudar na gestão. De um modo geral as apoikiai eram cidades independentes e autônomas mesmo que mantivessem laços e alianças com suas metrópoles.  

        Outro tipo de colônia era o emporion, onde estas tinham o objetivo de estabelecer contatos com regiões que pudessem fornecer mercadorias indispensáveis para os gregos, exemplo o metal, diferente das apoikia o emporion era um mercado comercial. Esse mercado era assim organizado pelos gregos e sua principal fonte de mercadoria para troca eram os bárbaros.

        Uma outra saída para as crises do período arcaico foi a importação de trigo iniciada pelas cidades gregas na Ásia menor. Para a fácil comercialização colônias foram fundadas no mar negro, onde passaram a ter acesso ás ricas planícies da Crimeia. O desenvolvimento do azeite de oliva e do vinhos nos sécs. VII e VI por conta dos gregos fez com que aumentasse a importação de trigo por base de troca nesses produtos.

        Mesmo com estas soluções a crise grega não foi resolvida, e com reinvindicação era ainda a de divisão de terras e a abolição das dívidas, e essa ocorreu em muitas localidades. A mais conhecida foi Atenas que conta que os conflitos sociais chegaram a tal ponto que os atenienses entram em um acordo e escolheram o Sólon, um aristocrata com prestigio por ser um homem sábio e honesto, para resolver os problemas. Sólon realizou uma série de reformas regeram o estatuto do cidadão ateniense. Tais medidas como a abolição por endividamento, eliminação das dívidas existentes e retorno à pátria (na medida do possível) de atenienses já vendidos como escravos. Sólon criou categorias para os cidadãos: os pentakosiomedimnoi aqueles que a colheita chegava a 500 medidas, os hippeis (cavaleiros); que recolhiam 300 medidas, estavam reservadas as principais magistraturas. Os zeugitai, que recolhiam 200 medidas, eram os camponeses equipar como hoplitas, e por fim os tetas que eram os camponeses pobres e os artesãos que não eram estrangeiros. À de se ressaltar que assim como trabalho na terra os cidadãos também se armavam para participar das guerras, a reforma das técnicas de combate estava ligada intimamente ao aparecimento da polis e da democracia. O hoplita é o soldado da infantaria pesadamente armado, que combate em falange, os zeugitais são colocados lado a lado dos hippeis.

        As reformas de Sólon foram um marco para a época, pois pela primeira a divisão estabelecida era pela riqueza não por sua linhagem e permitiram um avanço muito grande ad noção de comunidade e fortaleceram a posição dos pequenos camponeses sem contudo romper o poder exercido pela aristocracia proprietária.

        No reinado de Pisístrato houve uma pequena melhora para os camponeses. Onde Pisistrato querendo arruinar a aristocracia, criou um tipo de credito agrícola, distribuiu aos camponeses as terras confiscadas os nobres exilados, favoreceu cultos populares e desenvolveu mais ainda o semento comunitário através de grandes obras religiosas e civis. Após Pisistrato a Clistenes cuidou de solidificar o poder comunitário através de uma constituição democrática que, como poucas modificações, permaneceu a mesma durante a época clássica.

        Em paralelo a isso a escravidão encontrava em grande crescimento, na medida que o cidadão ateniense se dava conta de ser como tal, e os antigos laços de servidão entre atenienses eram abolidos, a mão de obra seguia em declínio e que foi preenchido automaticamente com os escravos-mercadoria.

Atenas

Caracterizando a Polis Atenas podemos observar como sua sociedade era formada por três categorias: os próprios cidadãos atenienses, os metecos (estrangeiros) e os escravos.  Para ser um cidadão ateniense o primordial era a riqueza de terras.

A democracia ateniense durando o séc. V foi se abrindo cada vez mais para os cidadãos do sexo masculino, de modo a incluir efetivamente nessa categoria todos os atenienses, mesmo sem terras. Embora juridicamente todos os cidadãos fossem iguais, ainda sim permaneciam entre eles as diferenças de poder político derivadas da não igualdade econômica. A elite intelectual e política cuja riqueza material derivava da posse de bens fundiários e que na verdade conservou durando todo o séc. V os mais elevados cargos públicos. O Estado democrático procurava a todo custo favorecer esta situação. Os pobres que vendiam suas forças de trabalho formavam a frota naval de Atenas ou iam por exterior nas colônias militares, as clerúquias.

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