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O Poeta Das Rosas

Tese: O Poeta Das Rosas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/11/2014  •  Tese  •  1.063 Palavras (5 Páginas)  •  132 Visualizações

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Nascia no dia onze de Outubro de mil novecentos e oito, no bairro do Catete, um brasileiro de nome Angenor de oliveira. Esse brasileiro entrou para a história da música popular brasileira pelo carinhoso apelido de Cartola. Pretendo nessa pequena biografia contar um pouco mais sobre a história desse grande personagem de nossa cultura. Usarei vasta discografia para auxiliar-me a contar a vida desse grande poeta.

Aos onze anos de idade Cartola e sua família se viram obrigados, devido às condições financeiras, a irem morar no Morro de Mangueira zona norte do Rio de janeiro. Como o futuro ira mostrar esse lugar vai servir de inspiração para os versos de nosso poeta.

“Alvorada lá no morro, que beleza /Ninguém chora, não há tristeza /Ninguém sente dissabor” (Alvorada).

Seu pai, Sebastião Joaquim de Oliveira, ensinou Cartola desde pequeno a manusear e a tocar diversos instrumentos musicais, indo de cavaquinho ao violão. O carnaval sempre esteve presente na vida de nosso poeta, era costume da família de Angenor desfilar no bloco carnavalesco Rancho dos Arrepiados. Não por acaso as cores do bloco (verde e rosa) foram colocas como cores oficiais da escola de samba fundada por Cartola.

“É branco o sorriso das crianças / São verdes, os campos, as matas / E o corpo das mulatas quando vestem Verde e rosa, é /Mangueira” (Verde que te quero Rosa).

Obrigado a trabalhar desde muito cedo Angenor passou por vários empregos, e foi como auxiliar de pedreiro que ganhou o apelido (Cartola) que vai lhe acompanhar pelo resto de sua vida. O apelido foi dado pelo fato de Angenor usar um chapéu “coco” durante a obra, o chapéu tinha como objetivo evitar que restos de cimento caíssem sobre sua cabeça. O mundo do trabalho também vai estar representado nos versos do compositor:

“Se o operário soubesse / Reconhecer o valor que tem seu dia / Por certo que valeria

Duas vezes mais o seu salário / Mas como não quer reconhecer / É ele escravo sem ser/ De qualquer usurário” ( O samba do operário)

Angenor somente concluiu o ensino fundamental e aos 15 anos de idade perdeu sua mãe. Aos 17, por não agüentar as constantes brigas com o pai, saiu de casa. E assim iniciou sua vida de boêmio carioca.

Em 1928 Angenor ao lado de Saturnino Gonçalves, Massu, Zé Espinguela, Euclides dos Santos, Pedro Caim, Abelardo Bolinha deram início à escola de samba Estação primeira de mangueira. O nome deve-se ao fato de ser a Estação ferroviária de Mangueira ser a primeira parada, partindo da central do Brasil, a possuir uma Escola de samba. A letra do primeiro samba enredo de mangueira foi composto por Angenor e cantada pos seus companheiros:

“Chega de demanda / Chega! / Com este time temos que ganhar / Somos da Estação Primeira /Salve o Morro de Mangueira” (Chega de demanda)

A década de 1930 foi para cartola, que devido à qualidade de suas composições, uma época de resplendor. Ele passou a despertar o interesse de diversos cantores da época. Grandes artistas do rádio como, Francisco Alves, passaram a procurar Angenor com o propósito de comprar algumas de suas composições. “Divida dama” foi o primeiro samba de Angenor a ganhar repercussão no meio artístico da época.

A Segunda Guerra Mundial já havia começado e, buscando apoio dos países latino-americanos, os Estados Unidos puseram em prática a chamada política da boa vizinhança. Em 1940, atracou no Brasil o navio Uruguai, que trazia a bordo o maestro inglês Leopold Stokowski. Além de fazer duas apresentações no Rio de Janeiro, o regente reuniu no navio artistas populares, trazidos por Villa-Lobos, com o intuito de fazer gravações para o Congresso Pan-Americano de Folclore. Cartola estava entre os compositores escolhidos e gravou quatro sambas no disco “Columbia presents – native Brazilian music – Leopold Stokowski”, lançado nos Estados Unidos pouco tempo depois.

Mesmo com tanta visibilidade Angenor não conseguia se manter apenas com a musica sendo obrigado a fazer seus “bicos”. Em 1946 Angenor foi acometido por uma terrível meningite

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