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O RACISMO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA

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Por:   •  15/7/2014  •  1.998 Palavras (8 Páginas)  •  327 Visualizações

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INVISIVEL NA ESCOLA: O RACISMO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA Autora: Josélia Ferriera de Oliveira oliveira.joselia@hotmail.com Universidade Estadual da Paraíba Co-autora Inaldete de A. M. Leite inaldetemeira@hotmail.com Universidade Estadual da Paraíba 1.INTRODUÇÃO “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Albert Einstein Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre a Discriminação racial e o preconceito na escola. O interesse principal desta pesquisa se deu mediante a necessidade de desenvolver na escola um projeto sobre “DISCRIMINAÇÃO RACIAL E DO PRECONCEITO: A VIOLÊNCIA INVISIVEL NA ESCOLA”, uma vez que, os problemas gerados com a discriminação racial desestimula e prejudica os aspectos cognitivos das crianças negras, talvez, esta estimule a evasão escolar e provavelmente a reprovação de muitas crianças. Assim, combater o racismo na escola significa contribuir para a educação de qualidade para todos. Por esses motivos já elencados decidimos realizar uma pesquisa relativa a Discriminação Racial e preconceito na escola haja vista, a importância de podermos oferecer as crianças a oportunidade de tirar dúvidas e informá-las de forma clara e objetiva as questões relevantes a essa temática. Sabemos que, a criança negra participa como um dos atores desse cenário educacional. Sem dúvida, é importante que a escola enquanto instituição destinada a formação de crianças, jovens e adultos disponibilize para os seus alunos uma educação de qualidade. Dessa forma, a escola estará contribuindo para que o aluno adquira novos conhecimentos, possibilitando minimizar prováveis problemas no âmbito escolar. Portanto, a pesquisa é relevante no sentido de possibilitar a investigação acerca da Discriminação racial e do preconceito, bem como as várias formas de violência invisível presentes nas escolas; viabilizando ainda a identificação de determinadas posturas de professores na educação de crianças negras. 2. METODOLOGIA A pesquisa referente “Discriminação racial e do preconceito: A violência invisível na escola”. seguiu o caminho de uma pesquisa de cunho analitico-descritivo. Para tanto, realizamos pesquisas bibliográficas em livros segundo os estudiosos da temática, Cavalleiro, Heller, Gusmão, Romão, dentre outros. Além disso, utilizamos, artigos publicados via internet e reportagens sobre a temática. 3 Aspectos da discriminação racial e do preconceito É importante refletirmos sobre a discriminação racial e o preconceito como uma das formas de violência invisível na escola. Por isso, consideramos fundamental questionar especialmente porque os aspectos de natureza ética que dizem respeito à diversidade e a separação do preconceito e da discriminação racial são nomeados como conteúdos alternativos e não fundamentais na escola? O racismo constitui-se como uma ação ideológica que se realiza na sociedade de classes. (FERREIRA, 1991, p.25). E essa ação ideológica brasileira apresenta uma conotação racial bastante forte. Historicamente o racismo está ligado as ações das elites brasileiras desde a colonização e posteriormente quando incentivaram o processo de imigração de europeus para o país, a fim de promover cada vez mais a formação de uma nação branca. As classes dominantes estruturaram a sociedade se valendo da ideologia racial para que os não-europeus e seus afros descendentes fossem postos à margem da sociedade. Primeiro levando-os a desempenharem atividades de menos prestígio no campo econômico, segundo menosprezando sua inteligência e valor humano. O dilema do racismo e de classe social passa pelo preconceito e está relacionado a cor ou a raça, não sendo apenas uma questão de classe mas também de ordem cultural. É notório que a Lei Áurea não significou direito a cidadania para a população negra e afrodescendentes. A sociedade brasileira discrimina algumas vezes, invisível como a mídia deixa transparecer. Lamentavelmente a sociedade tende a relacionar o negro ao que é de menos valor. Na escola esse comportamento produz danos psicológicos graves. A auto-estima e a auto confiança das crianças diminuem no sentido de que vai se construindo um auto-conceito negativo sobre si mesmo e o outro. Assim, Lopes (2001, p.188), considera que, a educação escolar deve ajudar professores e alunos a compreenderem que a diferença entre pessoas povos e nações é saudável e enriquecedora. É preciso valorizá-la para garantir a democracia, entre outros, significa respeito pelas pessoas e nações tais como são, com suas características próprias e individualizadoras buscar soluções e fazê-las vigorar é uma questão de direitos humanos e cidadania. A discriminação é o julgamento realizado antes do conhecimento dos fatos, idéias preconceituosas, juízo prévio, conceito negativo que uma pessoa ou grupo de pessoas tem sobre o outro. Entretanto, é fundamental no ambiente escolar um trabalho de forma satisfatória contra as ideologias que reforçam a discriminação racial. Isso significa instaurar novas formas de relação entre as crianças negras, brancas e afro descentes. Romper com o discurso eurocêntrico, promover situações de diálogo e favorecer uma vivência que permita a toda comunidade escolar a garantia e a promoção do respeito ao diferente. A falta de discussões no espaço escolar sobre as várias formas de preconceito permanece de maneira sutil no cotidiano da escola e tem sido reforçado pelo silêncio estabelecido sobre o mesmo. É inegável a falta de sensibilidade dos professores em relação a discriminação e ao preconceito, e isso inclui funcionários e gestores insensíveis a questão racial e a diversidade humana. Os educadores tratam a temática apenas como um conteúdo relacionado a história e a arte, de caráter efêmero sem assegurar uma discussão ampla e contínua sobre o assunto. 3.1 A imagem estereotipada do negro Para Heler (1988), o preconceito está pautado em um forte componente emocional que faz com que os sujeitos se distanciem da razão. O afeto que se liga ao preconceito é uma fé irracional, algo vivido como crença, com poucas possibilidades de modificação. O preconceito difere do juízo provisório, já que este último é passível de reformulação quando os fatos objetivos demonstram sua incoerência, enquanto os preconceitos permanecem inalterados, mesmo após comprovações contrárias. Geralmente os livros didáticos, jornais, revistas, noticiários e reportagens reproduzem a imagem do negro muitas vezes estereotipado. Dentre os vários destacamos os seguintes: •Negros rejeitados ( imagem de criança barrada, castigada, faminta, isolada em último lugar); •Exercendo atividades subalternas; •Ênfase a minoria; •Incapaz, burro, ingênuo, desatento, desastrado, inibido; •Sem identidade, sem nome, sem origem; •Pobre, maltrapilho,

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