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O SEMINÁRIO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

Por:   •  4/11/2017  •  Ensaio  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

SEMINÁRIO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

Eduardo José Neuwald

Comparativo entre Anne-Marie Thiesse e Anthony Smith.

Para iniciar esta comparação, se faz necessário tratar de um dos principais pontos que os dois autores divergem. Tal ponto é acerca da identidade nacional. Ambos acreditam que a identidade nacional está na base para a fundação de uma nação, mas diferem de como ela surge. Thiesse afirma que as bases para uma identidade nacional foram criadas pelo estado, para que depois seja constituída uma nação. Thiesse explicita que as identidades nacionais são inventadas e difundidas com o objetivo de unificar e homogeneizar grupos distintos sob uma mesma identidade coletiva e que sua criação precisa ter relação com a realidade, uma vez que esses grupos precisam se reconhecer e se apropriar dessa herança em comum.

Já Smith acredita que as bases para uma identidade nacional existem muito antes da formação de uma nação, e que o estado necessita apenas trabalhar em cima daquilo que já existe. Smith sobre a identidade nacional disserta que, implica em uma consciência de comunidade política em pelo menos algumas instituições comuns e um único código de direitos e deveres para seus membros, bem como um território bem definido.

Thiesse tem uma espécie de check-list para identificar uma nação, que dever ter como elementos em comum ancestrais fundadores, heróis nacionais, língua, monumentos históricos e culturais, lugares de memória, paisagem típica, folclore, trajes e culinária bem como hino e bandeira. Smith, segue quase a mesma linha de raciocínio, criando também uma espécie de check-list, mas utilizando-se de elementos um pouco diferentes. E para trabalhar com esse sentido de identidade, o autor usa uma ideia de individualidade composta por múltiplos papéis: familiar, territorial, de classe, religiosa, étnica e de gênero sexual.  

Sobre a resposta da pergunta “O que é nação?”, percebemos que Smith organiza dois modelos de nação para responder esta pergunta. O primeiro é o modelo ocidental, com território histórico em comum, comunidade com leis e instituições reguladoras, igualdade política entre seus membros e uma cultura comum que una todos os integrantes de uma nação em sua terra natal. O segundo modelo de nação apresentado pelo autor é o não ocidental, que tem uma genealogia e laços históricos em comum, mobilização popular, idioma, costumes e tradições vernáculas.

Em contra partida, para essa mesma pergunta, Thiesse afirma que a nação foi uma criação europeia que acabou se constituindo ao longo do século XIX. A autora também explicita que, inicialmente, foram difundidas dois modelos de nação: francesa, que é uma nação política e revolucionária, e um modelo alemão¸ mais voltado para uma nação romântica e emocional. Mas O que é uma nação romântica? É uma forma de nacionalismo, onde o estado afirma que sua legitimidade política encontra-se nos próprios indivíduos que este governa. Segundo o nacionalismo romântico, o que une os indivíduos são a língua, raça, cultura, religião e os costumes da nação.

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