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O primeiro império búlgaro

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Por:   •  2/4/2014  •  Artigo  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  346 Visualizações

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Primeiro Império Búlgaro[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Invasão da Bulgária por Sviatoslav e Conquista bizantina da Bulgária

O Primeiro Império Búlgaro em sua máxima extensão territorial, durante o reinado do tzar Simeão I.

O Primeiro Império Búlgaro foi criado como resultado de uma expansão da Antiga Grande Bulgária para o território ao sul do rio Danúbio, e é geralmente descrito como tendo durado entre 632 e 1018, quando foi dominado pelo Império Bizantino, apesar da resistência feroz de Samuel. Gradualmente atingiu o seu apogeu cultural e territorial no século IX e princípios do século X sob Bóris I e Simeão, o Grande, quando se transformou no centro cultural e literário da Europa eslava e em um dos maiores Estados da Europa. Uma das teorias é que os búlgaros eram um povo nômade e guerreiro da Ásia Central (ver protobúlgaros), relacionados com os hunos. De fato, os primeiros cãs búlgaros remontam suas origens a Átila, o Huno. Já na primeira metade do século VII, sob seu rei cã Kubrat, haviam formado um reino ao norte do mar Negro, que os bizantinos chamavam "Magna Bulgária". Depois da morte de Kubrat, o império foi dividido entre seus três filhos mais velhos, como resultado do qual uma parte dos búlgaros mudaram para leste até a confluência dos rios Volga e Kama, que chegaram a formar o Estado da Bulgária do Volga, enquanto outro grupo se estabeleceu no delta do Danúbio, liderado pelo cã Asparuch, terceiro filho de Kubrat e onde um terço da população búlgara permaneceu.

Cã Krum festeja com seus nobres depois da batalha de Pliska, enquanto sua serva (a direita) lhe traz o crânio de Nicéforo, já transformado em taça, cheio de vinho.

Asparuch, cã da Antiga Grande Bulgária, emigrou com várias tribos dos búlgaros até as terras baixas ao longo dos rios Danúbio, Dniester e Dnieper (conhecido como "Ongala"), logo após o estado de seu pai ser subjugado pelos cazares. De lá, os búlgaros assediaram as guarnições de Bizâncio e as venceram na Batalha de Ongala. Conquistou províncias bizantinas da Mésia e Cítia Menor (Dobrogea), expandindo seu reino para o interior da península Balcânica.3 Seus frequentes raides levaram à realização de uma expedição punitiva contra eles pelo imperador bizantino Constantino IV. Com o fracasso desta expedição, o Império Bizantino foi forçado a aceitar a existência do Império Búlgaro, e pagar um tributo anual para evitar incursões. No ano 681, quando Bizâncio reconheceu pela primeira vez o Estado búlgaro, é considerado a data de nascimento da Bulgária moderna.

Os sucessores de Asparuch fortaleceram o Estado búlgaro: Tervel (r. 700/701–718/721), firmou limites e estabeleceu a Bulgária como uma grande potência militar depois de derrotar um exército árabe de 26 000 homens em 717, eliminando assim a ameaça de invasão em larga escala pelos países árabes para a Europa Central e Oriental.4

No início do século IX, durante o reinado de cã Krum, o Império Búlgaro chegou a estender-se a parte da Panónia e Transilvânia. Krum (r. 802–814),5 duplicou o território do país, assassinando o imperador Nicéforo I, o Logóteta na Batalha de Pliska6 e introduziu o primeiro código civil escrito, válido aos eslavos e búlgaros. Os búlgaros abraçaram o cristianismo de rito bizantino, após a conversão de Bóris I (r. 852–889).

Em 864, Boris I aboliu o tengriismo, substituindo-o pelo cristianismo ortodoxo oriental,7 e introduziu o alfabeto cirílico, desenvolvido na Escola Literária de Preslav e na de Ohrid. O alfabeto cirílico, junto com a antiga língua búlgara, constituíram a principal linguagem escrita da Europa Oriental (lingua franca), a linguagem é atualmente conhecido como antigo eslavo eclesiástico. Assim, a adoção da nova fé também envolveu o uso do eslavo como língua da liturgia e da administração. A cristianização e a eslavização deram ao Império Búlgaro uma área de grande influência. O Estado atingiu o seu apogeu político e cultural de sua história8 com o reinado de Simão I (r. 893–927), cujo plano, que esteve perto de ser realizado, era unir sob seu domínio as monarquias búlgaras e bizantinas. Simeão foi o primeiro monarca a adotar o título de tsar búlgaro (derivado do título romano caesar, césar).

Simeão foi capaz de ganhar a supremacia militar sobre o Império Bizantino na Batalha de Bulgarófigo e, finalmente, na Batalha de Anquialo, uma das batalhas mais sangrentas da Idade Média,9 e uma das suas vitórias mais decisivas. Seu reinado viu também o desenvolvimento de uma cultura eslava cristã rica e única, que se tornou um exemplo para outros povos eslavos da Europa Oriental e também incentivou a continuação da existência da nação búlgara, apesar das forças que a ameaçavam.

Divisão administrativa do Império Bizantino c. 1045

Após a morte de Simeão, o declínio da autoridade real, lutas de sucessão dinásticas e ataques externos de povos como os croatas, sérvios, húngaros e pechenegues, e a propagação da religião dos bogomilos.10 11 foram minando o Estado búlgaro, levando a sucessivas invasões, primeiro por parte do Principado de Kiev e, em seguida, do Império Bizantino, que terminou com a captura da capital, Preslav, pelo exército

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