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Os Escravos

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Por:   •  24/3/2015  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  211 Visualizações

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Como Viviam

Eles viviam em grandes alojamentos chamado Senzala que se destinavam à moradia dos escravos, nos engenhos e fazendas no Brasil colonial e na monarquia, entre os séculos XVI a XIX. No século XVI, Moraes registrou, como brasileira, a casa dos negros e escravos. Era o que Joaquim Nabuco dizia ser "o grande pombal negro". É termo conhecido desde oséculo XVI, na segunda metade. A origem é africana, valendo o mesmo que "morada", "habitação". Sempre em sua frente tinha um grande tronco com uma corda para enforcar e surrar negros, chamado de pelourinho.

Como os negros eram considerados pelos europeus como amaldiçoados por Deus e seres sem alma, os donos de fazenda achavam-se no direito de castigá-los pois acreditavam que, fazendo isso, ganhariam uma bênção de Deus. Além de, com isso, colocar medo nos escravos, já que todos os castigos eram feitos em frente de todos os habitantes da senzala. As senzalas tinham grandes janelas com grandes grades e seus moradores só saiam de lá para trabalhar e apanhar. Os escravos praticamente sempre dormiam em palha ou em chão duro. Os homens viviam separados das mulheres e das crianças.

A senzala era uma espécie de habitação ou alojamento dos escravos brasileiros. Elas existiram durante toda a fase de escravidão (entre os séculos XVI e XIX) e eram construídas dentro da unidade de produção (engenho, mina de ouro e fazenda de café). As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas. Costumavam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis. Eram construções muito simples feitas geralmente de madeira e barro e não possuíam divisórias. Os escravos dormiam no chão duro de terra batida ou sobre palha. Costuma haver na frente das senzalas um pelourinho (tronco usado para amarrar o escravo para a aplicação de castigos físicos).

Os Costumes

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.

Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho).

Culinária Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-brasileira:

• Acarajé;

• Vatapá;

• Bobó;

• Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas).

• Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana);

• Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras africanas.

Os Castigos

Nas cidades, os castigos de açoites eram feitos publicamente, nos pelourinhos. Era colunas de pedra, velha tradição romana, que se erguiam em praça pública. Na parte superior, estas colunas tinham pontas recurvadas de ferro, onde se prendiam os condenados à forca. Mas o pelourinho tinha outros usos, além do da forca. Nele eram amarrados os infelizes escravos condenados à pena dos açoites.

O espetáculo era anunciado publicamente pelos rufos do tambor. E grande multidão reunia-se na praça do pelourinho para assistir ao látego do carrasco abater-se sobre o corpo do próprio escravo condenado, que ali ficava exposto á execração pública. A multidão excitava e aplaudia, enquanto o chicote abria estrias de sangue no dorso nu do negro escravo...

A palmatória era outro instrumento de suplício muito empregado e suficientemente conhecido para dispensar qualquer descrição. O castigo dosbolos que se tornara também um método pedagógico, ainda hoje empregada em muita escola rural do Brasil, consistia em dar pancadas com a palmatória nas palmas das mãos estendidas. "Arrebentar a mão de bolos" era provocar violentas equimoses e ferimentos no epitélio delicado das mãos.

Em alguns engenhos do Nordeste e fazendas do Sul, as crueldades de senhores de engenho e feitores atingiram extremos incríveis: novenas etrezenas de matar; anavalha mento do corpo, seguido de salmoura, marcas de ferro em brasa; mutilações; estupros de negras escravas; castração; amputação de seios; fraturas dos dentes a marteladas... uma longa teoria de sadismo requintado. A conta é infindável. Havia processos verdadeiramente chineses, como os das urtigas, os dos insetos, o da roda d’água, a darmos crédito a testemunhos da época. A série de instrumentos de suplício desafia a imaginação das consciências mais duras: o tronco, o vira mundo, o cepo, as correntes, as algemas, o libambo, a gargalheira, a gonilha ou golilha, a peia, o colete de couro, os anjinhos, a máscara, as placas de ferro...

O tronco foi instrumento usado em toda a América escravocrata para a contenção do negro escravo. Como o cepo cubano, o tronco brasileiro consistia em um grande pedaço de madeira retangular, aberto em duas metades, com buracos maiores para a cabeça e, menores, para os pés e a mãos do escravo. Para colocar-se o negro no tronco, abriam-se as suas duas metades e se colocavam nos buracos o pescoço, os tornozelos ou os pulsos dos escravos , após o que eram fechadas as extremidades com um grande cadeado.

A finalidade principal do tronco era a contenção do negro escravo turbulento ou que tivesse cometido qualquer falta. Mas converte-se também num instrumento de suplício se levarmos em conta a imobilidade forçada que provocava o negro escravo e a impossibilidade em que ficava de defender-se contra mosquitos, moscas

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