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Período Entreguerras E Segunda Guerra Mundial

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Por:   •  13/7/2014  •  Tese  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  192 Visualizações

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A primeira guerra mundial foi definida, pelo pesquisador Magnus Hirschfeld, “a maior catástrofe sexual que o homem já sofreu”. Durante a Guerra, os papéis feminino e masculino se alteraram drasticamente, já que as mulheres e as crianças começaram a se defender sem marido e sem pai, respectivamente. As mulheres começaram a trabalhar e ficar mais independentes, o que levou a uma caída drástica da natalidade. Vale lembrar também que houve aumento nos números do divórcio. O Estado se desesperou, e criou inúmeras campanhas para influenciar as pessoas a terem mais filhos. Proibiu também o aborto e os métodos contraceptivos. Em alguns países, como na Inglaterra, as mulheres que abortassem eram presas perpetuamente. A França, por exemplo, baniu a propaganda e a venda de contraceptivos em 1920. A Bélgica em 1923, e a Itália em 1926. O Estado concedia medalhas às mães prolíferas, bronze para cinco filhos e ouro para dez.

A pressão do governo para as mulheres em ter filhos, deixou-as revoltadas, o que iniciou os movimentos feministas e levou as mulheres a lutar pelos seus direitos. Vários países como França, Itália e Grécia, por exemplo, não reconheceram o voto feminino tão cedo; e na Grã-Bretanha o sufrágio durou até 1930. Sindicatos conservadores, e predominantemente masculinos, obrigavam as mulheres a abandonar seus empregos depois que se casavam. Outros métodos que o Estado utilizou para convencer e influenciar as mulheres a continuar tendo filhos foram a boa forma física, que adquiriam com a natação, a caminhada e os passeios de bicicleta. O que o Estado queria era que as mulheres estivessem saudáveis para ter filhos saudáveis também, porque os que não tinham uma saúde ótima eram considerados um atraso para a humanidade. Os deficientes, tanto mentais quanto físicos, eram considerados um atraso para a sociedade, por isso o governo isolava, esterilizava (“pais saudáveis = filhos saudáveis”), e em alguns casos, matava. Vândalos, vagabundos, bêbados, drogados e prostitutas também eram considerados uma ameaça à formação de uma sociedade perfeita, por isso também eram exterminados.

No período entre as guerras, o corpo humano foi venerado. O Estado promovia os corpos sadios e tentava exterminar os corpos doentes, a qualidade e a quantidade dos corpos estavam na mão do Estado. A perseguição das “raças puras” começou com os “débeis mentais” e deficientes, que eram considerados uma ameaça à sociedade perfeita. Em 1913, foi aprovada a lei que constituía que os deficientes poderiam ser internados em constituições especiais para que não se reproduzissem. Depois disso, o governo criou leis que permitiam a esterilização compulsória dessas pessoas. Em 1937, mais de 200 mil pessoas haviam sido esterilizadas, só nos Estados Unidos, esse número era superior a 3 mil. Além da perseguição de deficientes – físicos e mentais – ciganos, bastardos, “retardados morais”, “vagabundos desordeiros”, preguiçosos” e “insociáveis” também foram perseguidos. Os judeus foram excluídos de forma gradativa. Depois foram perseguidos e exterminados.

Depois de vários estudos, cientistas que tentavam descobrir os motivos das pessoas nascerem com deficiências mentais, descobriram que era impossível existir a “raça pura”, e demoliram o mito do “grupo social problemático” e, com ele, a base da causa eugênica radical.

Após a grande primeira Guerra Mundial, a economia europeia mergulhou num caos onde em alguns países mais de uma moeda com valores insignificantes circulavam e grande parte dos produtos tinham valores absurdos que eram milhares de vezes mais altos do que no período pré-guerra. Para salvar a Europa dessa crise e fazer com que as coisas voltassem a normalidade, seria necessário um menor envolvimento do governo na economia, diferente do que acontecia no período de guerra, e uma maior ajuda do setor privado. Os ministros da Inglaterra e França criaram um plano chamado Lloyd George Briand onde bancos investiriam com seu capital privado tanto na Europa ocidental quando oriental, porém, sem sucesso. O fracasso desse plano deixou evidente a fraqueza das forças do mercado no período posterior a guerra.

A liga das Nações persistia em querer criar bancos centrais que fossem independentes e por mais que a comissão financeira fosse composta por representantes de diversos países a atuação dos delegados britânicos fazia com que o Bank Of England tivesse uma imagem de “ditadura” sobre os bancos centrais da Europa. Durantes os anos de crise grandes industrias acreditavam que surgiria “um bloco europeu organizado” porém os franceses não tinham força e os ingleses não tinham vontade de fazer tal projeto acontecer já que o governo inglês estava divido entre a Europa e o império e cada vez mais optava por ficar com o império.

A crise de 29 teve um menor impacto na Inglaterra do que na Alemanha pois os índices de desemprego eram muitos altos por volta de 1920. O governo europeu prometia uma vida melhor com mais estabilidade para os burgueses já que essa era a principal luta deles, um padrão de vida mais elevado. Uma política baseada nos modos de produção americanos seria implantada, porém o medo da inflação impediu a implantação dessa política que então só seria colocada em pratica muitos anos depois com a americanização da Europa ocidental. Na Alemanha, Polônia, Áustria e em vários outros países a lembrança da hiperinflação deixou os governos muito pensativos antes de tomar qualquer atitude que pudesse pôr em jogo a estabilidade monetária. A Rússia foi o país foi o mais que teve a reconstrução mais extraordinária de sua economia mesmo sendo um dos países onde os estragos provocados pela guerra permaneceram por mais tempo.

Muitos camponeses foram deportados e como consequência muitas colônias de trabalhos forçados e ao aperfeiçoamento de técnicas de controle populacional. Nas décadas de 30 e 40, Stalin, que era aquele com uma política de industrialização forçada, empregaria essas técnicas contra as outras minorias como por exemplo, alemães étnicos, poloneses, tchetchenos, entre outros. Colocando a geração de empregos em primeiro plano, a política do regime teve um sucesso incrível. A política estava criando uma nova classe proletária formada por milhares de camponeses que durante esse período saíram do campo e migraram para as cidades, na maioria das vezes para fugir das novas fazendas coletivas. Em 29, as cidades não paravam de crescer, a população duplicou entre 1926 e 1939 agravando muito a falta de moradias, então foi imposto o racionamento do pão e o consumo de carne e laticínios que teve uma melhora apenas aproximadamente 6 anos depois. Na Alemanha, consequência de técnicas adotadas como o serviço de trabalho obrigatório, rígido controle de salários

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