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Por Que as Classes Dominantes Temem a História?

Por:   •  20/6/2016  •  Resenha  •  471 Palavras (2 Páginas)  •  180 Visualizações

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No livro de Harvey Kaye “Por que as classes dominantes temem a história?” vem com a resposta a esse questionamento com a seguinte explicação: que no mesmo teria registro da luta de homens e de mulheres pela liberdade e pela justiça. Mas a visão de Fontana não é bem assim para ele as classes dominantes não tem medo da história, mas tentam difundir que lhes convém, história essa que não prega registrar luta pela justiça e liberdade. De qualquer forma se sentem ameaçados por aqueles historiadores que não utilizam a seu favor.

         Os governos sempre tiveram a precaução com a produção historiográfica tanto que nomeavam cronistas e historiadores oficiais, o autor nos dá o exemplo de grandes governantes como Napoleão que controlava cuidadosamente até as representações pictóricas de suas batalhas e Felipe V que criou uma Academia que tinham o objetivo de fixar uma história politicamente correta, mas maior preocupação desses governantes eram com os conteúdos transmitidos nas escolas. No entanto, as diferentes visões políticas e as diversas interpretações do passado levaram as chamadas “Guerras da História”. Essas guerras ganharam força novamente nos anos 30 do século XX, quando houveram confrontos ideológicos do liberalismo com o comunismo e fascismo que se unia a guerra fria.

Na década de 30 o autor nos mostra que foi uma época na qual o ensino era doutrinado, houve queima de livros na Alemanha, a condenação de professores que se afastassem da verdade estabelecida pela Rússia Stalinista e na Espanha através da segunda república em 1936 tentou-se inibir a contra-reforma através de fuzilamentos, depurações e condenações a fim de que conseguissem, mesmo que a abaixo de repressão que os professores contassem e ensinassem nas escolas e universidades uma história que tem uma visão conservadora e patriótica. Na Espanha o Franquismo veio com uma ideologia racista nazista no qual modificou a interpretação da pré-história da nação espanhola querendo ignorar os iberos mediterrâneos valorizando apenas os celtas para assim tentar deixar para trás a mestiçagem entre esses dois povos.

 Com o desaparecimento do Franquismo a situação alterou-se formalmente. Os governantes PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tentaram enraizar o patriotismo através da política das comemorações no qual queriam comemorar as conquistas do país como por exemplo o “quinto centenário” “descobrimento” da América, no entanto quando o Partido Popular chegou ao poder tentou recuperar um nacionalismo tradicional com todo o apoio da Academia de História para que a verdadeira história fosse preservada e ameaçou estabelecer censura sobre os livros considerados ”autônomos”.

        O autor nos mostra que nos Estados Unidos aconteceu a mesma coisa e que nos anos 30 se os livros não tivessem dados patrióticos eram queimados. Os governantes queriam impor através da educação a seguinte mentalidade: meu país com razão ou sem razão.

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