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Primavera Arabe

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Por:   •  26/6/2014  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  477 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Primavera Árabe é um conjunto de Transformações históricas que vem acontecendo em todo mundo Árabe, marca com ondas de protestos e revoltas populares contra o governo árabe, a fim de tirar ditadores que estão no poder a décadas. Esse movimento se intensificou em 2011. A raiz dos protestos foi o agravamento da situação no Oriente Médio e no norte da África, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia nestes locais. A população sofria com as taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos.

TERMO PRIMAVERA ÁRABE

Primavera Árabe, como o movimento se tornou conhecido mundialmente, apesar de ter começado durante o inverno, é uma alusão à Primavera de Praga (um período de liberalização política na Tchecoslováquia durante a época de dominação pela União Soviética após a Segunda Guerra Mundial). A primavera árabe foi um movimento que “varreu” seu governo opressor.

REDES SOCIAIS

Pelas Redes Sociais, os manifestantes buscavam novos aliados e em tempo real faziam o acompanhamento das passeadas, protestos, etc. O Twitter era utilizado para marca lugares de encontro e disseminar informações sobre o acontecimento. Os participantes do movimento utilizam “olheiros” que avisavam sobre os possíveis pontos de repressão. Os hashtags¹ foram um ícone presente nos posts do Twitter usado milhões de vezes pelos internautas, para tornar o assunto conhecido pelo mundo inteiro como uns dos assuntos mais comentados na rede.Já o Facebook era utilizado como plataforma de debate, anteriormente e posteriormente às manifestações. Tendo um suporte com fotos e vídeos juntamente com o Youtube, com essa mídia virtual era possível ter fatos reais sem nenhum tipo de repressão e censura dos governantes, disseminando informações sobre o movimento.

O governo quando percebeu o crescimento virtual, intensificou o bloqueio e restrições tentando evitar que as revoltas aumentassem. Na Síria foi proibido o uso de redes sociais e a entrada de jornalistas internacionais, Mesmo assim os manifestantes encontraram brechas por meio de celulares para enviarem os vídeos e notícias. Mesmo com toda repressão continuaram a postar e fazer protestos.

A restrição do uso de redes sociais não foi apenas para a população, mas também a jornalistas como Mona Elaawy, que em seu perfil no Twitter narrou diversos acontecimentos inclusive quando foi detida e sofreu abusos por parte da polícia, postando sua indignação e revolta perante o acontecido.

MOHAMED BOUAZIZI E O INÍCIO DO MOVIMENTO

Mohamed Bouazizi era um jovem vendedor de frutas e legumes que teve seus produtos confiscados por recusar-se a pagar propina, revoltado com a situação, teve um ato de desespero, contra a corrupção, ateou fogo ao próprio corpo com um latão de gasolina como forma de manifestação contra as condições de vida no país onde morava. Teve 90% de seu corpo queimado, e posteriormente veio a falecer. Tal fato foi o estopim para o início dos protestos na Tunísa, fazendo com que a população se solidarizasse com o ato de coragem do jovem. Passando a refletir sobre a realidade que estavam vivenciando em seu país. A partir de então, a população foi as ruas lutar por seus direitos. Iniciou assim a onda de protestos e revoluções, conhecida hoje como Primavera Árabe.

PAÍSES ENVOLVIDOS

Tudo começou pela Tunísia em 2010 com a derrubada do ditado Zie El Abidini Ben Ali. Posteriormente outros países entraram na revolução Marrocos, Líbia, Egito, Iêmen, Bahrain, Síria, Arábia Saudita, entre outros...

Tunísia: Neste país foi o berço das revoltas onde o vendedor Mohamed colocou fogo em si. O governante Ben Ali foi deposto do cargo após 24 anos no poder, por conta das manifestações em 2011. Foram realizadas novas eleições para se formar uma Assembleia Constituinte em outubro onde um governo interino tomou posse.

Marrocos: Governado pelo Rei Muhammad VI desde 1999, os marroquinos foram às ruas reivindicar por melhores condições de vida. O Rei evitou a repressão contra os manifestantes e promoveu reformas. A nova constituição aprovada em 2011 fortaleceu o Judiciário e o primeiro ministro, mas mantendo o poder centralizado no rei. As dificuldades socioeconômicas persistem e a população protesta ocasionalmente.

Líbia: Governada pelo Coronel Muammar Kadafi por 42 anos, tendo como sua grande receita o petróleo e governando de forma absoluta acabou de forma trágica em sua morte pelos rebeldes. A oposição contou com o apoio da OTAN sendo autorizada pela ONU a intervir na região. Atualmente é governado por um governo o interino.

Egito: Comandada pelo ditado Hosni Mubarak por 12 anos, sua população estava descontente com o declínio econômico e o aumento da desigualdade. Então resolvem sair à rua chamado o “Dia de Revolta” buscando melhores condições, protestando contra a repressão policial, a corrupção e a falta de democracia. O governo decide aderir ao toque de recolher. Logo após dias de protestos na Praça Tahrir, Hosnir perde apoio das Forças Armadas e renuncia.

A Junta Militar decide então retirar o toque de recolher, medida imposta em janeiro para conter as manifestações. Mesmo após a saída de Hosnir do poder a população continua com a onda de reivindicações.

Há muitas mortes sangrentas e pessoas feridas a cada dia da revolta. O ex-Presidente é acusado de crime contra os manifestantes tendo seu julgamento final como culpado e condenado a prisão perpétua pelo Tribunal Penal do Cairo.

O país então realizou sua primeira eleição presidencial com um novo governante o Mohammed Mursi logo aprovando uma Nova Constituição.

Atualmente o país é governado pelo Adly Mansour.

Iêmen: Governado por Ali Abdullah Saleh durante 33 anos a população exigia mudanças e a renúncia. Saleh acabou se ferindo em um atentado e foi se tratar na Arábia Saudita ao retornar negociou sua renúncia com o seu vice Abd al-Rabduh Mansur al-Hadi que acabou assumindo interinamente o cargo que logo após foi eleito presidente como candidato único. O país continua com uma instabilidade política que permite o avanço do grupo radical Al Qaeda na Península. O governo divulga que cerca de 2 mil pessoas morreram e 22 mil feridas durante os conflitos.

Bahrain: A política interna é dividida por xiitas que representam a maioria

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