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Quais Eram Os Principais Grupos Oposicionistas Contra A Ditadura Militar No Brasil, O Que Queriam, E Qual Foi A Importância Deles Para A História Do País?

Trabalho Universitário: Quais Eram Os Principais Grupos Oposicionistas Contra A Ditadura Militar No Brasil, O Que Queriam, E Qual Foi A Importância Deles Para A História Do País?. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/9/2014  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  5.910 Visualizações

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Os estudantes e a Igreja Católica sempre cumpriram um papel importante na história política do nosso país, defendendo os diretos humanos e construindo um Brasil sempre melhor. A partir do Golpe Militar de 1964, o país foi submetido a um terror imposto por uma ditadura militar que limitava os direitos civis e constitucionais e as liberdades democráticas, e que só acabou no ano de 1985. Consequentemente, essa repressão mobilizou estudantes a protestarem contra a ditadura por meio de demonstrações, músicas e artigos, se envolvendo cada vez mais na política de seu país. O governo reagiu usando violência contra estes grupos de oposição, reprimindo os cidadãos que protestavam. Muitos acontecimentos se passaram devido a esse regime do governo e a discordância desses grupos, o que resultou então em uma guerra entre os dois, cada um por seus interesses e ideologias, e as consequências desta batalha foram então o que marcaram a história do Brasil.

O maior grupo oposicionista da Ditadura Militar no Brasil, que se mobilizou contra este sistema do governo, foi o Movimento Estudantil, gerado pelos universitários do país. Depois do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart em 1964, e começou essa ditadura; os estudantes resistiram o regime militar e protestavam contra as deficiências do sistema de ensino superior. As ideologias esquerdistas que constituiam o movimento eram contra a intervenção norte americana no ensino universitário para deter a infiltração de comunismo nas universidades. O movimento Estudantil tinha o apoio de organizações políticas como a ALN (Ação Nacional Libertadora), o PC do B (Partido Comunista do Brasil) e o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro).

Na noite de 28 de março de 1968, o estudante Edson Luís foi assassinado por policiais durante enquanto o movimento planejavam um protesto no restaurante Calabouço no Rio de Janeiro. A morte do estudante simbolizou o início de uma repressão violenta dos militares, pois foi o primeiro assassinato militar registrado. A reação da população foi a passeata das Cem Mil que aconteceu em junho de 1968 no Rio de Janeiro, reunindo estudantes, artistas, jornalistas, religiosos, entre outros, para manifestarem contra a repressão policial e a restrição à liberdade de expressão. O governo desta vez não reprimiu a manifestação devido à pressão da opinião pública e estrangeira. Em dezembro deste mesmo ano, o general Arthur da Costa decretou o AI-5 (Ato Institucional número 5) que infringiu a liberdade da população e suprimiu a garantia Habeas Corpus individual, intensificando a repressão aos oposicionistas do governo. Desde então, deu início a uma série de torturas, aprisionamentos, e até a morte de líderes de partidos e do movimento estudantil, provocando estas organizações políticas a reagirem com o uso da luta armada.

Em respeito aos outros grupos oposicionistas, no ano de 1969, a MR-8 e a ALN planejou e efetuou o sequestro de Charles Burke Elbrick, o embaixador dos EUA, para exigir a libertação de quinze presos políticos e a divulgação de um trecho que contava sobre os ‘grupos revolucionários’, e somente assim libertariam o embaixador. É possível observar que a estes grupos passaram a tomar medidas parecidas com os militares de raptar indivíduos com o intuito de conseguir o que querem, mas de qualquer maneira a captura era menos radicais e violenta que as dos órgãos repressivos da ditadura. Ademais, o PC do B começou a Guerrilha do Araguaia em 1972 que foi intensamente reprimida e muitos reguilheiros foram mortos devido a esta repressão militar. Então, os grupos oposicionistas perderam muito o seu poder já que a sua tentativa de usar a luta armada contra o governo era muito inferior a ação violenta do governo os enfraqueceu até eles parassem de tomar estas medidas radicais.

Outro grupo oposicionista ao regime militar foi a Igreja Católica e seus membros. Primeiramente, a Igreja Católica no Brasil apoiou a intervenção militar de 1964, pois temia as inclinações esquerdistas e revolucionárias do presidente João Goulart. Mas, conforme os anos passaram ficou claro para a Igreja e toda a população de que os militares não queriam envolver o povo na política e muito menos garantir os seus direitos civis. O que viam era uma ditadura extremamente repressiva que se assegurava no poder através de prisões, torturas e assassinatos a qualquer um que se mostrasse oponente do regime. Consequentemente, a Igreja Católica brasileira se opôs fervorosamente a esta violência repressiva que era o regime militar, constituindo em 1972 a Comissão Justiça e Paz de São Paulo (CJP-SP), que servia para auxiliar e apoiar qualquer vítima das violações dos direitos humanos. Além do mais, a CJP-SP divulgava publicamente denúncias das torturas comandadas pelos órgãos de repressão da ditadura militar.

Comparando os diferentes movimentos oposicionistas podemos ver que haviam grandes diferenças entre eles. Por exemplo, o Movimento Estudantil, como seguia ideologias esquerdistas parecidas com as de João Goulart, se opôs ao regime militar desde o primeiro instante do golpe militar

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