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ROMA: RELIGIÃO E PODER OS SÉCULOS IV E V

Por:   •  10/7/2018  •  Resenha  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  155 Visualizações

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Universidade Federal do Maranhão

História – licenciatura

MATEUS RAMOS BENTIVI

RESENHA CRÍTICA

SÃO LUÍS

2018

ROMA: RELIGIÃO E PODER OS SÉCULOS IV E V(CARLAN, Cláudio Umpierre)

   O artigo trata o assunto, o caracterizando em dois momentos, primeiramente trata do cristianismo e da sua associação ao império, dando enfoque após a última perseguição realizada por Diocleciano no começo do século IV, a briga entre as ideologias rivais cristãs, até a oficialização do credo de Nicéia.

Em um segundo momento, o documento analisa a união da igreja com os reinos bárbaros que se formaram após a destruição de Roma.

O texto analisa questões políticas e sociais que ajudaram na legitimação do cristianismo, como religião das elites romanas, até ser oficializada na época do governo de Teodósio I, passando pelo caótico período de guerras civis, depois do fim da Tetrarquia.

No século III d.C., o cristianismo tinha um papel importante durante o governo do imperador Décio, isso era permitido devido as graves crises internas do poder de militar de Roma. Para reassumir o controle e se reafirmar como um poder estável, o poder militar romano volta as suas práticas de perseguição contra os cristãos, acreditando dessa forma, conseguir restaurar a conexão com seus Deuses, que os trariam o poder essencial de volta.

A igreja, como sabemos, é uma instituição poderosa que passa longe de ser tola, percebendo e analisando a instabilidade estrutural do poder romano ela expandiu zonas de evangelização no oriente, dificultando a perseguição e conseguindo uma paz momentânea.

Tempos depois, Dioclesiano aparece na história, revivendo a perseguição áspera aos cristãos, porém, desta vez, esse evento é tratado de forma mais peculiar e particular no artigo, pois Dioclesiano voltou com as perseguições usando a justificativa de que segundo Lactancio, os cristãos atearam fogo a Nicomédia.

Nós sabemos que a igreja já possuía uma certa consolidação estrutural e institucional e não se amedrontou com as investidas que sofreu, pelo contrário, também agiu. Legitimou reinos que tinham um interesse significativo para a igreja cristã. Podemos perceber que a igreja tinha uma melhor relação e forma de conduzir acordos com outros povos e reinos germânicos, ajudando também a formar reinos em outras regiões, se diferenciando da relação que os imperadores tinham, que não eram relações tão boas e harmônicas.

Apesar de não ser um estado, a igreja cristã já o exercia na lógica dos seus interesses e isso ficou muito evidente com a total fragilização e derrocada do poder romano. Mais e mais entendimentos, acordos e cooperações foram dinamitando o poder de Roma como por exemplo a constituição do Reino Franco, mesmo considerando o autor as raras fontes de sua pesquisa. No nosso entendimento o autor poderia se municiar de fontes outras que consubstanciassem sua pesquisa. De qualquer maneira fica bem evidente que de perseguida a igreja cristã passa a perseguir politicamente o tão frágil império em Roma que de tão fragmentado passou a se utilizar de formas de organização como a diarquias que era o poder exercido por dois soberanos, mas que não retratavam o sentido aristocrático do império por não possuírem em suas fileiras nomes de vulto que descendiam de famílias aristocráticas romanas; enfim eram libertos, ex escravos etc... dando voz  cada vez mais contundente a igreja cristã que mesmo com uma espécie de Lei da Mordaça( tratado vitriólico) condicionou Roma a um segundo plano no cenário das decisões importantes. A igreja conseguiu tomar ou conquistar o que Dioclesiano e outros almejavam; ou seja a divindade do imperador. Utilizou essa metamorfose e verdadeira transformação do poder infringindo a Roma uma glória que nunca mais se concretizaria, pois, todas as vezes que figuras como Dioclesiano impingia ruina moral, econômica e religiosa aos cidadãos esses se voltavam contra Roma e a favor da igreja que se traduzia simplesmente em um império muito fragmentado e diluído. O autor poderia sublimar esse evento de forma que o texto se tornasse mais leve e compreensível no tocante as citações de vários imperadores até chegar a Constantino.

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