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Relatório museu senzala de redençaõ ceará

Por:   •  19/6/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  2.044 Visualizações

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[pic 1]

Tópicos Culturais nos Espaços Lusófonos

Bacharelado em Humanidades

Assunto: Visita de realizado no Museu Senzala Negro Liberto

RELATÓRIO[pic 2]

Localizado no município de Redenção na CE 060 a 50 quilômetros de Fortaleza capital do estado do Ceará, o Museu Senzala Negro Liberto faz parte do Maciço de Baturité. Este museu histórico tem um papel fundamental na história do fim da escravidão no Brasil. Por todos os lados dele encontramos vestígios que caracterizam o quão foi dura e sacrificada à vida naquela senzala, sua participação na história tem como característica principal o seu suposto pioneirismo sendo o primeiro município brasileiro a abolir a escravidão na data de 1° de janeiro de 1883, sendo que a Lei Aurea só foi decretada pelo império e assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, assim antecipando em cinco anos a abolição da escravatura no Brasil. Sabemos também que o modo de abolir desta cidade teve algumas controvérsias, onde os historiadores e pessoas mais velhas relatam que estes escravos que viviam aqui foram sim libertados, mas eram obrigados a trabalhar nas suas antigas funções, nos seus antigos cantos, e para os seus mesmos “antigos donos”, dando uma visão de ainda escravos não libertos e de liberdade com restrições, pois estes ex-escravos não tinham outro canto pra ir e nem como sobreviver, daí continuaram onde viviam sem os castigos, mas ganhando pouco pelo seu trabalho.

Assim quando iniciei minha visita percebi uma mensagem pintada em uma das paredes do prédio, era uma mensagem linda, que descrevia o quanto os escravos traficados para o Brasil foram e são importantes para a nossa história, que eles também não nos serviam só com sua mão de obra mas, como meio de enriquecimento cultural imperceptível naquela época. Veja a foto que registrei da mensagem abaixo:

[pic 3]

Esta imagem também mostra que não se é possível ter ideia de quantas pessoas já sofreu para conseguir que vivêssemos num país assim, liberto. Na visita encontrei o engenho onde ocorreu o marco histórico deste da concessão de alforria a todos os negros cativos, em 25 de março de 1883, também cinco anos antes da decretação da Lei Áurea pela princesa Isabel. Logo após mostro o velho engenho que era movido completamente a vapor (figura 1), uma máquina que amaçava a cana pelas ferragens sendo empurrado pelos escravos e também um lugar onde muitos quando faziam o esforço de empurrar perdiam braços, assim para eles não serem puxados pela máquina eram obrigados a trabalhar com facões para que se no ato fossem puxados o decepavam para não perderem a vida. Antes deste moinho a vapor era usado um moinho de um amontoado de pedras redondas que amaçavam a cana (figura 2), um trabalho totalmente braçal que acabavam atrasando mais e mais a fabricação da cachaça.

[pic 4] [pic 5]

Figura 1                Figura 2

Na visita me foi contado um pouco sobre a existência da escrava Anastácia, que é ainda motivo de dúvida de muitos estudiosos do assunto, assim foi o que me foi relatado na visita, já que não existem provas materiais ou concretas dela. Na imaginação da população a escrava Anastácia era uma escrava linda, era um negra de olhos azuis que a caracterizava com uma rara beleza, terminou sendo sacrificada por causa de uma paixão platônica de um dos filhos de um feitor, ela resistiu bravamente o quanto pôde a tais assédios, depois foi ferozmente perseguida e torturada a violência sexual. Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais, colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heroica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da negra. Ela já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não se teve como evitar a destruição também dos poucos documento que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referentes à escrava Anastácia " A Santa ", além da imagem que a história ou lenda deixou em volta de seu nome e na sua postura de heroína, ao mesmo tempo. A seguir a oração da escrava Anastácia: 

Prece Milagrosa para alcançar uma
Graça urgente da Escrava Anastácia

[pic 6]

Vemos que algum algoz fez da tua vida um martírio,
violentou tiranicamente a tua mocidade, vemos tam-
bém no teu semblante macio, do teu rosto suave,
tranquilo, a paz que os sofrimentos não conseguiram
perturbar.
Isso quer dizer: eras pura, superior, tanto assim
que Deus levou-te para as planuras do Céu e deu-te
o poder de fazeres curas, graças e milagres mil.
Anastácia pedimos-te... roga por nós, proteja-nos,
envolve-nos no teu manto de graças e com teu olhar
bondoso, firme, penetrante, afasta de nós os males
e os maldizentes do mundo.
Tudo que pedimos por nosso Senhor Jesus Cristo 
na unidade do Espírito Santo, Amém.

...

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