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Resenha Feita A Partir Do Texto: RODRIGUES, Marly. Preservar E Consumir: O Patrimônio Histórico E O Turismo. In: FUNARI, Pedro Paulo. PINSKY, Jaime. (Org). Turismo E Patrimônio Cultural. 2º Edição. São Paulo: Contexto, 2002.

Artigo: Resenha Feita A Partir Do Texto: RODRIGUES, Marly. Preservar E Consumir: O Patrimônio Histórico E O Turismo. In: FUNARI, Pedro Paulo. PINSKY, Jaime. (Org). Turismo E Patrimônio Cultural. 2º Edição. São Paulo: Contexto, 2002.. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/6/2014  •  1.501 Palavras (7 Páginas)  •  2.522 Visualizações

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Ampliar os horizontes culturais é o que muitas pessoas buscam ao se aventurarem em conhecer variados locais pelo mundo, não necessariamente precisa-se ir longe, mas todos gostam de experimentar o momento “turista”, conhecer o patrimônio material e imaterial de um local, entender sua história e assim, muitas vezes se deslocar a uma época não pertencente a sua. Porem, ao fazermos essas viagens, não nos prendemos em alguns elementos importantes como, por exemplo, o nosso papel em preservar o patrimônio alheio, a forma como a cidade trata dessa cultura, e como o turismo é positivo ou negativo para o local de visitação.

No artigo de Marly Rodrigues, intitulado “Preservar e consumir: o patrimônio histórico e o turismo” a autora busca ligar a forma como o turismo influência no patrimônio cultural de um local, e como preservar esse patrimônio se torna importante tanto para a identidade de uma cidade como movimentar a economia através de uma boa divulgação turística.

No início do artigo a autora inicia fazendo uma breve diferenciação, sobre o que é o turismo e como este surgiu e o que é patrimônio, segundo ela o turismo como profissão financeira surgiu na Inglaterra, tendo como pioneiro Thomas Cook, apartir desse instante a “atividade turística, se torna um produto da sociedade capitalista” como cita a autora, alia-se prazer de viajar com a movimentação econômica. Marly também apresenta o termo „Patrimônio‟, antes designado a herança deixada a uma família, associando o termo aos bens materiais, porem em meados do século XIX o termo é utilizado para caracterizar a identidade física de uma cidade, o patrimônio torna-se principalmente os prédios, conservados através de um incentivo de

preservação, para contar a história de um local, assim as pessoas se unem em torno dessa história e aflora o patriotismo, o nacionalismo, as pessoas passam a se sentir pertencentes de uma região, de um país, devido a forma como seu patrimônio é preservado e organizado, segundo a autora “o patrimônio passou a ser, assim, uma construção social de extrema importância.

Nos dias atuais podemos perceber que o termo patrimônio se expandiu, não limita-se só ao físico, abrange a os meios culturais e ambientais, ampliando a visão de nacionalismo e identidade coletiva. Preservar todas essas formas de memória é garantir a preservação da nossa história, é uma herança que deixamos para entender de onde viemos, como vivíamos, e quais os traços deixamos para a posteridade, a cultura não deveria ser tratada com tanto descaso como é tratada em nosso país hoje, pois se destruirmos o passado o que deixaremos para o futuro? Um passado vazio, onde as pessoas não saberão ao certo suas origens, a memória será um emaranhado de suposições falsas, criadas para enobrecer poucos homens que merecem ser enobrecidos e apagar da história aqueles que deveriam ser lembrados.

O Brasil é um país de riquíssimas histórias vivas, seja em sua cultura arquitetônica, quanto em festividades culturais e em determinados locais é essa cultura regional que move a economia, mas se analisarmos bem o que nos é herdado do passado é o que a classe dominante da época deixou, o passado é o conjunto dos bens deixados da elite, a forma como vemos o passado é a forma da elite da época. Sim há histórias sobre os povos humildes, como por exemplo, os escravos, os indígenas, mas é pouco onde a história é a história contada por eles, a visão que temos desses povos era a visão que possuíam os nobres, eles generalizavam as classes menos abastadas, assim boa parte do patrimônio coletivo do homem simples se perdeu. Há um jogo de memória e esquecimento, ficasse gravado a cultura que se seleciona para ser guardada, os grandes feitos, por exemplo, mas o “resto” se perde, por ser considerado insignificante, por ser uma história que denigra os grandes homens, os motivos são variados, mas devemos entender que sim muito da história se perdeu, o muito que faz parte do popular e não das elites. Essa história coletiva da elite também é uma história idealizada, escondesse muitos fatos, para mostrar algo de certa forma belo, dando o entendimento que

a forma como se viviam nos tempos passados eram uma forma mais agradável e interessante que nos dias atuais.

Assim a autora faz a ligação de patrimônio com a memória, para então partir para a ligação patrimônio e turismo. Np ano de 1967 no Equador o Departamento de Assuntos Culturais da Organização dos Estados Americanos promoveu um encontro para debater sobre projetos de valorização do patrimônio de cada país, onde países assinaram a chamada “Carta de Quito”, esse projeto propunha a valorização do nacionalismo cultural patrimonial juntamente com o desenvolvimento da indústria turística nacional, como forma de auxiliar no desenvolvimento cultural e financeiro. Claro, se a valorização da cultura não gerasse lucro para a nação não haveria porque investir tanto, infelizmente vivemos em um mundo onde apenas as relações financeiras são a voz do mundo.

No governo Castelo Branco, como menciona a autora, foi instituído o “Conselho Nacional de Turismo e a Empresa Brasileira de Turismo” que buscavam coordenar as atividades relacionadas ao turismo, e no ano de 1967 aconteceu o I Encontro Oficial de Turismo Nacional, tendo por principal item a forma de expandir a atividade turística para que essa trouxesse benefícios (financeiros) para a nação brasileira, para isso foi necessário um investimento intenso, para a preservação, divulgação e claro, equipe especializada.

O projeto mostra-se belo, bem estruturado, a princípio, mas não ocorre dessa maneira linear que se espera. Houve muitos homens, amantes

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