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Revoltas

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Por:   •  18/11/2013  •  Seminário  •  2.637 Palavras (11 Páginas)  •  372 Visualizações

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Revolta de Beckman:

A Revolta de Beckman foi uma rebelião ocorrida em 1684, como uma reação de proprietários rurais do Maranhão, aos abusos cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão, instalada na região dois anos antes, em 1682, por ordem do governo português. A Companhia foi criada para solucionar os problemas de escoamento da produção e de abastecimento da região com produtos europeus, assim como abastecer a região de mão-de-obra escrava. Na falta de mão-de-obra, os produtores escravizavam os índios, o que vinha causando conflito com os jesuítas. A Companhia detinha o monopólio na venda de produtos de outras regiões e escravos, e na compra do açúcar e do algodão dos produtores rurais. A insatisfação da população foi crescente, pois a Companhia vendia produtos de baixa qualidade a preços altos, os escravos não eram suficientes e a Companhia pagava um preço injusto pelo açúcar e pelo algodão dos produtores. Nesse contexto, a revolta teve início em 1684, sob a liderança dos irmãos Tomás e Manuel Beckman, grandes senhores de engenho da região. A revolta teve como objetivo a abolição do monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão, para que se estabelecesse uma relação comercial justa. Os Beckman lideraram o saque aos armazéns da Companhia, depuseram o governo local e expulsaram os jesuítas da região. Com a finalidade de declarar a fidelidade ao Rei de Portugal, e de levar as reivindicações dos colonos à Metrópole, Tomás Beckman foi enviado a Lisboa. Ao retornar, trouxe consigo um novo governador, Gomes Freire de Andrade, enviado pela coroa portuguesa para restabelecer a ordem na região, com forças que o acompanharam para tal. Não houve resistência dos revoltos. As autoridades antes depostas retornaram a seus cargos, e os envolvidos na revolta foram presos e julgados. Manuel Beckman foi condenado à morte pela forca, por ter liderado o movimento. Seu irmão, Tomás Beckman, foi condenado ao desterro, ou seja, foi expulso de sua terra. Os demais envolvidos foram condenados a prisão perpétua.

Guerra dos Emboabas:

O descobrimento das primeiras minas de ouro, principalmente na região de Minas Gerais, fez com que todos olhares se voltassem para essa região, pois encontraram nessa área, a oportunidade de se enriquecerem. Porém, essa busca pelo tal minério provocou muitas disputas e conflitos. Um desses conflitos foi a Guerra dos Emboabas, de 1708 a 1709, no qual os bandeirantes paulistas, primeiros descobridores das jazidas, lutavam pelo direito de explorar tais regiões mineradoras, contra os chamados emboabas, que eram formados por forasteiros portugueses e imigrantes das demais partes do Brasil, vindos de outras capitanias, liderados por Manuel Nunes Viana. Após o líder dos emboabas ser nomeado como governador de Minas, os paulistas sentiram-se prejudicados e deram início a uma série de ataques; porém, sem sucesso, e tiveram de abandonar algumas regiões, refugiando-se no interior das matas. Contudo, o pior combate entre os dois grupos foi o chamado Capão da Traição, no qual os paulistas, ao renderem-se e entregarem suas armas aos emboabas, visto que esses prometiam poupar-lhes a vida, acabaram sendo traídos e massacrados. As consequências dessa batalha foi que os bandeirantes paulistas, por terem perdido inúmeras minas de ouros, tiveram que partir em busca de novas jazidas, no interior brasileiro, e que mais tarde, viriam a descobrir outras regiões auríferas, agora em Goiás e Mato Grosso.

Guerra dos Mascates:

A Guerra dos Mascates foi um conflito gerado no estado de Pernambuco entre os comerciantes de Recife e os latifundiários de Olinda, em 1711, para determinar quem detinha o poder central do estado. A definitiva expulsão dos holandeses em 1654 havia deixado Pernambuco em uma grave situação econômica, pois todo o investimento na extração do açúcar foi abalado com a baixa do produto no cenário internacional. Os olindenses, que controlavam o produto, perderam seus lucros com o domínio holandês do açúcar das Antilhas, fazendo com que aumentasse a concorrência e quebrasse o monopólio pernambucano. Recife, que até então era uma cidade que vivia às sombras de Olinda, estava se tornando um importante polo urbano graças ao seu extenso porto e ao estímulo à prática comercial. Durante a estadia dos holandeses, a atual capital pernambucana era o principal centro administrativo, contribuindo para seu gradual crescimento econômico e independência do setor açucareiro de Olinda. Com a crise do açúcar, os senhores de engenho olindenses pediram empréstimos aos comerciantes de Recife para tentar alavancar novamente a venda do produto. Vendo a economia de sua cidade ir por água abaixo, a Câmara Municipal de Olinda, que via Recife como “povoado”, decidiu elevar o preço dos impostos de seus contribuintes mercadores. Em 1709, os comerciantes portugueses conhecidos como “mascates” tiram Recife da condição de “povoado” para se torná-lo uma “vila”, dando-lhe direito a ter sua própria Câmara Municipal e tornar-se independente da elite agrária de Olinda. Os olindenses ficaram abalados com a situação, pois temiam ser cobrados pelos empréstimos que pediram. Sendo assim, em 1710 os olindenses invadem Recife e conseguem dominar temporariamente a câmara da cidade. Entretanto, uma investida militar articulada pelos portugueses reagiu contra os senhores de engenho, contando com o apoio de políticos de capitanias próximas. No ano seguinte, ainda com a guerra entre recifenses e olindenses, a Coroa portuguesa exigiu que a situação fosse normalizada entre eles e nomeou Félix José de Mendonça, que havia apoiado os mascates, para governar o local. Para que não houvesse sustentação do conflito, Félix estabeleceu que Recife e Olinda deveriam revezar semestralmente a administração de Pernambuco.

Revolta de Felipe dos Santos:

Observando a ameaça de seus lucros com o contrabando e a livre exploração dos minérios, Portugal resolveu implementar uma série de tributações a serem aplicadas sob a região das Minas Gerais. Em 1719, ainda buscando garantir uma ampla margem de lucro, os portugueses instituíram as chamadas Casas de Fundição, que funcionariam como centros de cobrança e controle sobre as riquezas extraídas do solo. Paralelamente à tributação dos minérios, a formação de diversos centros urbanos trouxe outra notável fonte de renda à metrópole. Graças às amarras econômicas estabelecidas pelo pacto colonial, os colonos ainda eram obrigados a pagar os altos valores cobrados sob os gêneros manufaturados oferecidos por Portugal.

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