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Rosa Luxemburg E Lênin

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Por:   •  19/9/2013  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  426 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

HISTÓRIA – BACHARELADO

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II

A Acumulação do Capital

e

A Concentração da Produção dos Monopólios

JOSAINE GOMES DELILO LUCAS SILVEIRA

Prof: David Maciel

A Acumulação do Capital e A Concentração da Produção dos Monopólios

Como se pode acumular capital?

Falar de sistema econômico é falar de como se organiza a produção e a distribuição. É, portanto, como essa necessidade histórica da sociedade se manifesta num determinado período histórico. O sistema de produção capitalista caracteriza-se pelo facto de a produção ser regida pelo interesse, pela obtenção de lucro ou, nas palavras de Rosa Luxemburgo, “os capitalistas buscam encher os bolsos de ‘renda líquida’, ou seja, lucro sobre o investimento do seu capital”. Buscam também a capitalização da maior parcela possível desse lucro, no sentido da sua acumulação.

O Militarismo

Rosa Luxemburgo faz notar o papel central que o militarismo cumpre na acumulação burguesa. Rosa refere-se ao papel que cumprem os funcionários do Estado enquanto consumidores que partilham ou o consumo da mais-valia ou dos salários que entram nos cofres do Estado através dos impostos. Mas não é só isso. Para além dos gastos com funcionários, o Estado tem outros gastos, como os gastos em infraestruturas e militares. Olhando estes gastos de perto, do ponto de vista dos trabalhadores, das duas uma: ou eles se convertem em algo necessário à sua vida, como hospitais, escolas, etc., e neste sentido são parte do seu salário; ou se convertem em algo alheio às suas vidas, como os gastos militares, e nesse sentido o que temos na prática é um corte salarial, a diminuição de um custo de produção, ou uma diminuição do consumo operário em prol dos capitalistas. Ou melhor, o que dantes era um custo de produção a ser abatido passa a ser o seu contrário, dinheiro “novo” para realizar a mais-valia.

Ainda que nesse processo um sector dos capitalistas, os que produzem bens para a “vida”, percam em detrimento dos que produzem bens para a “morte”, vista como um todo, a classe capitalista ganha uma nova fonte de realização da mais-valia capitalizada. E isso com pelo menos três vantagens claras: transferência para o Estado do papel de corte salarial, o que se revela mais eficaz; transporta para os ombros dos trabalhadores o custo de manter o seu aparelho de repressão que se tem revelado a máquina mais eficaz da burguesia desde a origem do capitalismo na sua acumulação primitiva; finalmente, centraliza o consumo que dantes era disperso.

"O imperialismo, fase superior do capitalismo"

O desenvolvimento do capitalismo e sua tendência para a concentração da produção e do capital em grandes empresas que engolem as menores, engendrou na segunda metade do séc. XIX, sua fase mais avançada e superior: o Imperialismo, que tem como características principais a formação dos monopólios nos diversos ramos da economia, a dominação da oligarquia financeira (bancos e capital industrial), o acirramento de uma disputa entre os países imperialistas pela hegemonia na Europa, a partilha do mundo entra as associações de capitalistas, e a partilha do mundo entre as grandes potências (neocolonialismo).

Lenin analisa que o modo de produção capitalista passou por importantes transformações no final do século XIX, primeiro desenvolveu-se sob as determinações do desenvolvimento dos cartéis, depois os cartéis passaram a fazer parte da economia, como elementos inelimináveis que estruturavam a base econômica da sociedade. Os cartéis seguram ainda para uma nova fase, que era a fase dos monopólios:

Durante as primeiras fases de desenvolvimento dos cartéis, ao mesmo tempo em que se desenvolvia a partilha do mundo entre as potencias, os atritos mesclavam-se com períodos de possíveis equilíbrios temporários. A primeira fase do imperialismo é uma corrida de velocidades. A determinação era instalar-se no máximo de territórios possíveis para conseguir mercados e vantagens comerciais. A segunda fase é quando o mundo já foi partilhado. A partilha reflete equilíbrio conjuntural de forças, mudando-se as relações políticas e o equilíbrio econômico-politico, muda-se a distribuição das colônias. Muda-se os donos. (ligar com a relação entre os bancos e as industriais.) A segunda fase, determinadas por nichos de colonização, combina-se com a fusão do capital industrial com o capital bancário, que forma o capital financeiro e o imperialismo propriamente dito, que busca sempre invadir novos nichos de mercados, destruindo frações mais fracas do capitalismo.

Com o desenvolvimento da indústria desenvolve-se também

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