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TOMÁS DE AQUINO-OS NOMES DIVINOS/MEIRINALVAJS

Por:   •  23/9/2016  •  Resenha  •  2.506 Palavras (11 Páginas)  •  378 Visualizações

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BETEL BRASILEIRO – EXTENSÃO SÃO PAULO

MEIRINALVA DE JESUS SIMÕES

HISTORIA DO CRISTIANISMO II

SÃO PAULO - SP

2016

MEIRINALVA DE JESUS SIMÕES

Suma Teológica de Tomás de Aquino: Dos nomes Divinos – questão 13.

Trabalho dissertativo apresentado à disciplina de História do Cristianismo II, em cumprimento das exigências e obtenção de titulo de grau em Bacharel em Teologia, período noturno, no Seminário Teológico Evangélico Betel Brasileiro - Extensão São Paulo.

Professor: Emmanuel Athayde.

SÃO PAULO - SP

2016 

Aquino, Tomás de. Seleções de Textos da Suma Teológica – 1ª parte, questões XIII. São Paulo. Trad. Alexandre Correia. Bauru – SP. Nova Cultural, 1996, p.283 – 314.

São Tomás de Aquino, considerado o “Príncipe da Escolástica”, foi um importante filósofo e padre italiano da Idade Média, intitulado Doutor da Igreja Católica, em 1567. Inspirado nas ideias do filósofo grego Aristóteles (384 a.C. -322 a.C.), o trabalho de São Tomás de Aquino esteve pautado no realismo aristotélico, em detrimento dos seguidores de Santo Agostinho, inspirados no de Platão.

Por isso, Aquino foi um dos pensadores mais destacados desse período, defensor da filosofia escolástica, método cristão e filosófico, pautado na união entre a razão e a fé. Assim, Tomás de Aquino escreveu inúmeras obras, donde privilegiou a razão e a vontade humana formulando assim, um novo pensamento filosófico cristão.

O tema dos nomes de Deus ou os nomes atribuídos à divindade, ou seja, os nomes divinos não são muitos explorados pela filosofia contemporânea. Em grande medida, a filosofia contemporânea está preocupada em investigar questões, como, por exemplo, a linguagem, a vida prática, a ciência e a política. Os nomes divinos é um tema colocado à margem da discussão filosófica atual. Entretanto, esse tema foi de suma importância na Antiguidade e na Idade Média.

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1. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg7fEAB/09-tomas-aquino-dante

2. https://www.todamateria.com.br/sao-tomas-de-aquino/

Na primeira parte do livro – questão treze, abordaremos discussões que o autor descreve no livro e, que estão divididos por doze artigos. Onde o próprio autor cita algumas opiniões, e o modo de pensar de cada autores, não deixando de expor a sua opinião – onde o livro nos descreve como “solução” e, ante mesmo de dar sua opinião, contraria a tese dos autores, fazendo comparativos com a Escrituras, e até mesmo com outros autores teólogos e/ou filósofos (ex. Dionísio, Ambrósio, Aristóteles, Damasceno, Agostinho e, etc.).

Para Tomás de Aquino deve-se sempre ser afirmado que não podemos nesta vida conhecer a essência divina como existe em si mesma, mas conhecemos representada nas perfeições das criaturas, ou seja, não se vê e se conhece Deus de forma direta, mas por meio de um espelho, o qual são as diversas criaturas presentes na natureza, incluindo o próprio homem. Ao olhar-se para as criaturas, especialmente para o homem – imagem e semelhança de Deus se observa o ser divino.

É justamente por meio dessa observação que são “tomados os nomes divinos” [ST, q.13, art. 2, r. 2]. Para o autor, os “nomes” significam Deus de acordo com o que nosso intelecto conhece dele. Ora, nosso intelecto conhece Deus a partir das criaturas, assim, ele o conhece como estas o representam [ST, q.13, art. 2, r. 3]. Por esse motivo quando se diz, por exemplo, “Deus é bom” isso implica que, o que o homem entende por bondade preexiste e, é advindo de Deus.

Neste caso, não significa que Deus seja de fato “bom”. Por que na verdade, Ele está acima da bondade. Ele é a causa da bondade existente na sua imagem e semelhança, ou seja, no homem. E por existir bondade no homem, então é possível atribuir o nome de “bom” a Deus e, por conseguinte, dizer: “Deus é bom”. Por analogia deve-se aplicar o mesmo raciocínio a outros nomes que são atribuídos a Deus, como, por exemplo, pai, perfeito, amoroso, amigo e outros.

Em Tomás de Aquino [ST, q. 13, art. 1, r. 1], o homem só pode nomear algo se for conhecido pelo intelecto. Dessa forma, a nomeação direta e absoluta de Deus é impossível, pelo fato do homem não conhecer diretamente a Deus. O homem conhece a Deus por meio das criaturas existentes na natureza, segundo a relação de princípios, e pelo modo da excelência e da negação que cada criatura possui. Por exemplo, as criaturas possuem altura, no entanto não conhecemos a altura de Deus. Além disso, a princípio, Deus não tem altura. Por esse motivo podemos nomeá-lo de “altíssimo”.

Para o Aquino [ST, q. 13, art. 1, r. 2] atribuímos nomes abstratos para significar a singularidade de Deus, como, por exemplo, “pai” e “bom”, e nomes concretos para significar sua substância e perfeição, como, por exemplo, “perfeito”, “criador” e “único”. No entanto, todos esses nomes são falhos e incompletos quanto ao modo de Deus ser em si mesmo, pois são produto do intelecto humano e, por sua vez, esse intelecto não conhece a Deus, tal como ele é.

O que o intelecto faz é perceber que há certo grau de perfeição nas coisas e no próprio homem. Por meio do princípio de participação, ou seja, o homem é coparticipante da perfeição de Cristo (Romanos 8, 17; Efésios 3, 6), é possível ao intelecto humano inferir que existe em Deus um grau de perfeição muito superior ao existente no ser humano. Por exemplo, se há coisas boas e doces na realidade, então em Deus há um grau muito superior de bondade e de doçura. Com isso, é possível dizer, por exemplo, que Deus é “bom”, “doce” ou ainda “boníssimo” e “docíssimo”.

De acordo com Tomás de Aquino, pelo fato de “Deus ser incorpóreo” [ST, q. 13, art. 3, a. 3], ou seja, o homem só ter acesso a ele “mediante a fé” (I Pedro 1, 5), a qual é o firme fundamento das “coisas invisíveis” (Romanos 1, 20), só é possível

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