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TRAJETORIA HISTÓRIA BRASILEIRA NA FACES DO PERÍODO DE 1960A 1980

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Por:   •  11/5/2014  •  1.837 Palavras (8 Páginas)  •  484 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO 9

REFERÊNCIAS 10

1 INTRODUÇÃO

O Serviço Social é uma profissão que surgiu no Brasil em 1930 e cujo exercício visa à melhoria das condições de vida da população através da implementação de políticas e programas sociais.

Durante o período compreendido entre o início da década de 1960 ao final dos anos 1980, o Serviço Social passou por inúmeros embates uma vez que foi nesse período que se deu a aproximação da profissão com a teoria marxista, em busca da legitimação e almejando agregar o caráter cientifico à assistência social.

Além da aproximação marxista, a Psicologia Social influenciou o comportamento do Serviço Social nos anos seguintes ao Movimento de Reconceituação, pois permitiu aos Assistentes Sociais um maior conhecimento dos comportamentos dos grupos sociais à época.

O objetivo deste trabalho é elencaras as características das políticas sociais entre os anos de 1960 e 1980, as posturas do Serviço Social frente as estas políticas no mesmo período, além de demonstrar a relação da profissão com a Psicologia Social.

2 DESENVOLVIMENTO

O surgimento do Serviço Social no Brasil ocorreu em 1930 tendo a Igreja Católica como influência direta. Além disso, o crescimento da industrialização e das populações urbanas demandou a necessidade de controlar a massa operária, incumbência esta dos Assistentes Sociais, que tem na questão social a base de sua fundação enquanto particularização do trabalho.

Desse modo, a questão social é tida como o conjunto das manifestações das desigualdades da sociedade capitalista, cuja produção social é cada vez mais social e, no entanto, a apropriação de seus frutos é digna de apenas uma parte da sociedade.

O exercício profissional do assistente social está direcionado à melhoria das condições de vida da população, tanto pela oferta de bens, recursos e serviços, principalmente no que refere a educação, a qual consiste em um meio de defesa, preservação, ampliação e efetivação dos direitos sociais, inerentes aos cidadãos.

No período compreendido entre os anos de 1960 e 1980, o Serviço Social passou por inúmeras modificações. A partir da segunda metade de 1960, sob a influência da perspectiva modernizadora se buscou reestruturar o Serviço Social com a finalidade de adequá-lo ao padrão capitalista e ao cenário sócio-político estabelecido com a ditadura militar. Na década de 1970, tendo como base a perspectiva da reatualização do conservadorismo, procurou-se reatualizar o exercício do Assistente Social até então tradicional. E no final dos anos de 1970 e início de 1980, sob a perspectiva de intenção de ruptura, se objetivava o rompimento do exercício do Serviço Social subordinado ao capital e o estabelecimento de lutas para a reabertura do processo democrático brasileiro.

A partir dos anos de 1960, o Serviço Social busca desenvolver-se teoricamente. Neste momento o Brasil vivia um momento conturbado, onde a luta de classe ganhava as ruas com o concomitante crescimento dos movimentos das massas populares. Com o intuito de reprimir esses movimentos, foi implantada a Ditadura Militar no ano de 1964, o que acarretou o recuo de todos os movimentos sociais.

Neste contexto, até 1960 as funções desempenhadas pelos Assistentes Sociais deixavam evidente a preocupação com a integração dos indivíduos e a normalização de suas condutas. As políticas sócias, à época não eram igualmente tratadas, atendendo desse modo a apenas uma parcela populacional, a classe operária.

Com a instauração da Ditadura, o Serviço Social passou a implementar políticas sociais com o objetivo de induzir o desenvolvimento da população através de medidas políticas, sociais e econômicas, e neste contexto os Assistentes Sociais eram os agentes responsáveis por tal desenvolvimento. Apesar disto, não possuíam um referencial teórico próprio o que dificultava a leitura das questões sociais da época.

Diante do cenário da Ditadura Militar, um amplo número de estudantes e profissionais do Serviço Social, aliou-se a corrente marxista por meio dos movimentos sociais. Essa aproximação foi determinada pelo fato de que a teoria marxista impulsionou o Serviço Social ao rompimento com o tradicionalismo, além de contribuir para a superação das complexas relações entre capital e trabalho que são o fruto das desigualdades sociais, cedendo espaço a uma prática que priorizasse a população excluída dos benefícios do sistema capitalista vigente.

Neste momento, a classe trabalhadora passou a ter um crescente descontentamento com o modelo de poder que vigorada à época e a lutar pelo fim da ditadura e pela democratização do país. Com isso o Serviço Social aliou-se a classe operária, constituindo desse modo, um novo projeto profissional, o qual tinha por objetivo lutar contra as desigualdades e injustiças que recaiam sobre esses operários.

As políticas sociais durante os anos de 1960 eram marcadas pela privatização, seletividade e pelo seu caráter corporativo. Ou seja, eram articuladas em pequenos centros de poder, implementadas para atender aos anseios e necessidades da classe trabalhadora além de possuírem traços de desigualdade de direitos e alcançabilidade.

Os Assistentes Sociais, por sua vez, não possuíam um pensamento critico quanto ao seu exercício profissional. Desse modo, frente a um cenário de transformações econômicas, políticas e socioculturais, o Serviço Social passou a questionar suas bases profissionais, visando um aperfeiçoamento, a busca de um referencial teórico próprio e de uma adaptação técnica e científica.

Neste contexto, eclodiu o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, cujo objetivo era permitir que os Assistentes Sociais repensassem sua atuação profissional e buscassem novos paradigmas, através da sistematização do Serviço Social como forma de intervenção na realidade humano-social por meio da organização das funções da profissão, seja em seu nível teórico, metodológico e/ou político.

Além disso, o Movimento de Reconceituação versou a introdução do caráter científico ao Serviço Social, colocando de lado a formação

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