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Theodoro Sampaio Na Chapada Diamantina

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Por:   •  4/10/2013  •  680 Palavras (3 Páginas)  •  479 Visualizações

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Entre os principais autores que escreveram sobre a “região” estava o engenheiro baiano Theodoro Sampaio. Assim, como ele, alguns estudos geográficos e geológicos se dedicaram, ainda no século XIX, a oferecer relatos da geografia de todo o território nacional. No seu livro O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina, resultado de uma viagem feita a região entre 1878 e 1880. Ele apresenta uma das primeiras descrições sobre aquele espaço. A viagem, por ele realizada, tinha a intenção de produzir conhecimentos que pudessem levar o desenvolvimento para o interior do Brasil, como destaca o próprio autor abaixo:

Em 1878-1880, o país atravessava uma crise prolongada, devida à seca dos sertões do Nordeste, e urgia socorrer aos flagelados e nenhum remédio se deparava então mais adequado às circunstâncias do que empreender grandes obras que moralizam, estimulam, suavizam, o viver das populações que o flagelo desequilibrou. O governo voltou as suas vistas para o Rio São Francisco, que, como uma “terra de promissão”, servia então de refúgio às multidões deslocadas do Nordeste. Fizeram-se estradas de ferro para ligar o baixo do alto São Francisco; empreenderam-se estudos para promover a navegação interior em grande escala. (...) A região diamantina, boa parte dela dentro da bacia do São Francisco, vai aqui tratada como um acessório. A riqueza latente que ela encerra basta para lhe garantir a atenção dos estudiosos e dos homens de iniciativa; creio que de mais não precisa. (SAMPAIO, 2002, p. 53)

Para Josildete Gomes (1952), Sampaio foi um autor que teve um papel decisivo no processo de delimitação regional da Chapada Diamantina. Como podemos perceber na intenção da obra, o Rio São Francisco foi o principal objetivo de sua viagem de estudos geográficos e geológicos. Entretanto, a Chapada Diamantina figurou na segunda etapa de sua obra, embora não menos importante, já que todos os autores que pesquisaram a Chapada Diamantina, posteriormente, recorreram a sua obra.

Para Sampaio não era possível limitar a área diamantina na Bahia “pelos limites do que se chama comumente de chapada” (SAMPAIO, 2002, p. 244). Todavia destaca que “se, porém, quisermos determinar com mais precisão a zona diamantífera, no interior da Bahia, teríamos de destacar, entre os onze graus e os catorze graus de latitude sul” (IBIDEM, 2002, p. 245). Nesse sentido, a definição geográfica realizada por Sampaio delimita que as vilas diamantinas se localizam no centro da Chapada Diamantina. Sobre a geografia da região Sampaio descreveu:

O aspecto da zona diamantina é o de uma região alta, com largos trechos planos nos intervalos se serranias ásperas, abundantemente irrigados na metade sul. Os rios e ribeiros são ai numerosos, e os que são propriamente diamantinos trazem em suas águas escuras, ou amarelo-topázio, quando tomadas em pouca quantidade. (IBIDEM, 2002, p. 249).

Após fazer uma detalhada apresentação dos rios e serras da região, Sampaio parte para as riquezas mineralógicas. É possível perceber que desde o primeiro momento em suas descrições, compreendia que alguns rios e serras, onde se encontravam os diamantes, se diferenciavam dos demais por algumas características especificas. Destaca também que, em diversas regiões do Brasil nas quais se encontraram os aluviões de diamante, aconteceram também descobertas de aluviões

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